Sílvio segurou o rosto dela com força e a beijou intensamente, interrompendo as palavras que Lúcia ainda não havia terminado de dizer.Um sentimento de humilhação rapidamente tomou conta de todo o corpo de Lúcia, que empurrou o homem com força.Ela deu um tapa no rosto dele, que estava de perfil: - Sílvio, não seja tão abusivo!Depois do tapa, Lúcia se arrependeu imediatamente, sentindo um medo profundo. Aquele homem era um perverso, um verdadeiro monstro, e certamente não a deixaria em paz. Mas ela estava tão furiosa que não conseguiu se conter.Imediatamente, uma mão áspera segurou sua cintura delgada.Antes que pudesse reagir, Sílvio a puxou para junto de seu corpo, pressionando-a contra seu abdômen firme, coberto pela camisa cinza.Mesmo através do tecido, ela sentia o calor do corpo dele.Ela tentou se soltar, mas a mão dele, como aço, a segurava cada vez mais firme.- O que você está fazendo?Lúcia tentou se afastar, pressionando as mãos contra o peito dele, olhando-o nos olhos
Lúcia mordeu os lábios, tremendo de raiva: - Você precisa mesmo me humilhar assim?- Dormir com o marido, o prazer entre um casal, não era isso que você sempre desejou? Ou será que aquele policial já te satisfez tanto que você nem quer mais dormir com o próprio marido? - Sílvio riu levemente.As palavras dele eram como facas, cortando o coração de Lúcia em pedaços, deixando-o em carne viva.- Sílvio, eu não sou como você, eu não dependo de um homem para viver! - Lúcia gritou, com os dentes cerrados.Sílvio sorriu com desprezo e se virou para sair.Quando estava prestes a sair pela porta da Mansão do Baptista, ouviu um choro trêmulo atrás de si: - Eu aceito! Sílvio, eu aceito...O corpo de Sílvio ficou tenso por um momento.Ele conhecia Lúcia, sabia que ela era orgulhosa e que se rebaixar para agradar um homem era pior que morrer para ela.Mas ela aceitou, para conseguir o divórcio, ela aceitou.Sílvio não se virou, ficou parado.Aquilo ele não esperava.Lúcia se aproximou, forçando a
Sílvio pegouas duas caixas de preservativos, deu uma olhada e jogou no lixo: - Não gosto dessa marca, vá comprar de novo.- Sílvio, você está procurando problema? A marca não afeta sua performance. - Lúcia estava furiosa.Sílvio levantou-se do sofá, olhou para o relógio de pulso, pegou o paletó e começou a vesti-lo, como se fosse embora.Lúcia cerrou os dentes, tentando controlar a raiva: - Qual é a marca que você gosta, então?- Eu não sei, só sei que não gostei do que você comprou. - Sílvio olhou para Lúcia e viu que ela estava tão irritada que chegou a rir. Ele zombou. - Sra. Lúcia, você não disse que faria qualquer coisa para conseguir o divórcio? Se nem comprar preservativos você consegue, começo a duvidar se realmente quer se divorciar. Não tenho tempo para seus joguinhos.Lúcia voltou ao supermercado e comprou todas as marcas de preservativos que encontrou.A caixa ficou perplexa ao ver a montanha de preservativos: - Senhora, não precisa comprar tanto assim. Pode voltar e com
Ela fixou o olhar na gravata preta de Sílvio, um modelo simples, mas elegante.Lúcia já havia comprado gravatas dessa marca antes, mas claramente não foi ela que escolheu essa.Enquanto desfazia o nó da gravata, Lúcia perguntou casualmente: - Foi a Giovana que escolheu essa gravata para você, não foi?Sílvio sentiu um frio na espinha, percebendo imediatamente o que tinha acontecido.Leopoldo o enganou, dizendo que essa gravata foi um presente de Lúcia.- Não está bonita? - Sílvio respondeu com a voz rouca, o tom frio e cortante.- Essa gravata é horrível.- Não tanto quanto você.- Se me acha tão feia, por que se casou comigo? Estava cego?- Você é como chiclete, grudou em mim e não soltou. Eu tinha escolha?- Sílvio, quando nos casamos e fizemos a cerimônia, você estava com a cara fechada, sem esboçar um sorriso. Foi porque você se sentiu obrigado a se casar comigo, não foi? Naquela época, você pensava na morte trágica dos seus pais, né? Você me viu sorrindo tão feliz, como uma boba,
Lúcia, por instinto, tentou mudar a posição da mão para continuar a lavagem.Uma grande mão agarrou a dela com força, pressionando-a contra a parte íntima do homem.- O que foi? Está nervosa?Sílvio falou, encurralando-a contra a parede da banheira.Ela mordeu os lábios: - Não estou nervosa. Sílvio, vamos sair daqui. Eu já terminei de te dar banho.Logo em seguida, uma mão firme apertou a sua cintura, acariciando-a.Ela soltou um grito, pronta para falar.Seus lábios foram selados pelos dele.Com os olhos fechados, Sílvio a beijou de maneira dominadora e intensa, sugando profundamente seus lábios.Lúcia cerrou os dentes, mantendo a boca bem fechada.Esse canalha, o que ele queria agora...Mas ele mudou a intensidade, tornando-se gentil e prolongado.Ele beijou o lóbulo da orelha dela, mordiscando levemente, sua voz suave e carregada de desejo: - Lúcia, obedeça.Embora fizesse um ano desde a última vez que foram tão íntimos, ele ainda a conhecia muito bem.Lúcia, visivelmente, amolece
- Vou acabar logo. - A voz chorosa da mulher soou.Ela chorava.Com uma cena tão embaraçosa e humilhante, era normal que ela chorasse.Mas isso era algo que ela deveria suportar. Comparado à perda dos pais dele, ser humilhada verbalmente não era nada.Sílvio voltou a exibir uma expressão indiferente.Dois minutos depois, Lúcia saiu do banheiro vestindo um roupão, pegou o secador de cabelo e começou a secar o cabelo de Sílvio.Desde que começaram a namorar, toda vez que ele lavava o cabelo, ela insistia em secá-lo para ele.Mas agora, depois de um ano, era a primeira vez que ela fazia isso novamente, e ainda por uma exigência dele.No rosto de Lúcia, havia uma expressão de desagrado. Ela estava de boca fechada, secando rapidamente o cabelo dele, como se não quisesse passar mais um segundo ao lado dele.Sílvio pensou na expressão tímida dela há pouco, sabendo que nunca mais a veria assim.No futuro, ela faria cara de tímida para outro homem, dormiria com outro homem.Depois de secar o ca
Anteriormente, ela podia sentar em suas pernas quando quisesse, mas agora precisava observar suas reações.Ele não afastou a mulher, apenas a observou friamente.Mesmo sendo tão frio, mesmo a machucando e destruindo a família Baptista, ela ainda não conseguia evitar gostar dele.Ela ainda não queria se separar dele, mas agora não havia mais jeito. Chegaram a esse ponto, o que mais poderia fazer?Sentimentos de tristeza, mágoa, injustiça e ressentimento inundaram o coração de Lúcia como uma enchente, camada após camada.Lúcia se aproximou de Sílvio. Ele estava impassível, como uma escultura bela e gelada.O nariz da mulher começou a arder. Gostar de um homem por tantos anos, e agora estava prestes a se separar dele.Quando estava prestes a tocar seus lábios finos, Lúcia viu seus olhos ficarem vermelhos, e grandes lágrimas caíram de seus olhos e molharam o dorso da mão de Sílvio.Lúcia cobriu a boca com a mão, abafando os soluços.Como chegaram a esse ponto?Ela havia prometido a si mesm
- Está me ameaçando? - Sílvio riu, voltando a sentar no sofá.Lúcia também riu: - Não se trata de ameaça, apenas estou ajudando você a entender as vantagens e desvantagens, Presidente Sílvio.- Por que você quer se divorciar de repente?Sílvio abriu novamente o acordo de divórcio e começou a folheá-lo casualmente.Lúcia não respondeu.- Quero ouvir a verdade.Sílvio não olhou para ela, continuando a folhear o acordo de divórcio com indiferença.Lúcia olhou para ele com um tom de sarcasmo: - Eu não tenho a intenção de mentir. A verdade é que não gosto mais de você, estou cansada de você, não te quero mais. Você pode ser um tesouro para Giovana, mas para mim você não é nada. Desde o momento em que te vi pela primeira vez, você não passava de um órfão. Mesmo agora, sendo o presidente do Grupo Baptista e controlando o destino da família Baptista, aos meus olhos, você continua sendo o mesmo ninguém de antes.Os dedos de Sílvio apertaram a caneta instantaneamente. Ele levantou os olhos e f