Capítulo 682
“Abelardo, Lúcia perdeu a memória. Ela é sua filha, sua filha amada, seu maior tesouro. Se você ainda está olhando por nós, peço que proteja a cirurgia dela. Faça com que tudo corra bem. Minha vida, se precisar, pode levar.” Sílvio pensou, em uma prece silenciosa.

Ao terminar, ele colocou a vela acesa diante do túmulo, observando a cera quente escorrer lentamente. Uma gota caiu inesperadamente no dorso de sua mão, queimando a pele. Ele deu um leve suspiro de dor e sacudiu a mão para aliviar o ardor.

Quando começaram a descer a montanha, o vento soprava forte, ecoando pelo vale. Os galhos dos pinheiros nas margens da estrada balançavam, produzindo um som contínuo e sibilante.

Lúcia, com o rosto pálido como papel, lutava contra o vento, que bagunçava seus cabelos negros e os fazia grudar em suas bochechas. Com dedos compridos e frios, ela afastava os fios que insistiam em cobrir seu rosto. Tossiu algumas vezes, e sua expressão cansada só deixava ainda mais evidente a fragilidade do
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