Capítulo 587
Sílvio não deu mais atenção às palavras de Leopoldo. Sentado na cadeira, com o rosto inexpressivo, seus olhos não se desviavam da mulher deitada na cama, conectada aos aparelhos que a mantinham viva.

Leopoldo, percebendo que não conseguiria convencê-lo, achou melhor sair discretamente do quarto, deixando Sílvio e Lúcia a sós.

Ele conhecia bem o temperamento de Sílvio. Quanto mais ele parecia calmo, mais profundo era o sofrimento que escondia.

Sílvio ouviu o som suave da porta se fechando e esboçou um sorriso amargo. Ele sabia muito bem que sua presença ali não fazia diferença alguma.

Se fosse antes, ele jamais perderia tempo com algo que não pudesse controlar. Mas agora, tudo parecia diferente. Estava apreensivo, dividido entre a preocupação com a saúde de Lúcia e a culpa de ter passado tanto tempo imerso em trabalho, em vingança, esquecendo-se de estar ao lado dela.

Quando se casaram, Lúcia ainda reclamava, fazia carinho, e costumava se aninhar em seu peito, dizendo:

— Sílvio, o traba
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