- Sra. Liliane, estou apenas analisando objetivamente os fatos. – Continuou Nanda, imperturbável.- Isso depende das pessoas! – Disse Liliane, irritada. – Eu conheço Kerry, como você acha que eu não saberia? Nanda permaneceu em silêncio, encarando diretamente Liliane. Depois que o ambiente ficou mais calmo, Liliane percebeu que havia reagido rápido demais.- Desculpe, Nanda. – Desculpou Liliane, se sentindo culpada. – Aconteceu muita coisa hoje. Eu sei que você estava tentando me ajudar com uma análise. Mas Kerry não é assim. Espero que você também possa confiar nele tanto quanto eu.- Sim, eu entendi, Sra. Liliane. Vou tentar entrar em contato com ele. – Respondeu Nanda.- Você pode ir para casa agora. – Disse Liliane.- Está bem. – Concordou Nanda.Assistindo Nanda sair do escritório, Liliane levou a mão à testa.O temperamento de Nanda sempre foi assim, como ela poderia ter perdido a paciência tão facilmente?O tempo voou e logo era de madrugada.Liliane, debruçada sobre a mesa, a
Guilherme pegou às pressas o relatório, virando até a última página.Ao ver que a relação genética começava com 0 no relatório, suas sobrancelhas se franziram de repente.- Como isso é possível? – Exclamou Guilherme.O médico também estava intrigado. Afinal, duas pessoas tão parecidas deveriam ser pai e filho, não é mesmo? No entanto, ele não conseguia encontrar nenhum erro em sua análise. Ele fez o teste e recebeu o relatório de imediato. A realidade provava que o Sr. William da família Gabaldo não era realmente o pai desse garoto.- Pode ser apenas uma semelhança física. – Respondeu o médico, tímido.- Não precisa dizer mais nada! – Interrompeu Guilherme, com raiva. – Guardas, venham! Os seguranças à porta entraram.- Levem essas duas crianças de volta! – Ordenou Guilherme, com raiva e relutância.- Sr. Guilherme, se você gosta tanto dessas crianças, por que não deixa que fiquem um pouco mais? – Comentou o mordomo ao lado.- Deixar o quê? – Gritou Guilherme. – Eu pareço ser o ti
Na noite passada, Guilherme disse que os filhos de William passariam a noite ali. Então, essas manchas de sangue deviam ser dele. Miguel caminhava em direção ao banheiro. A cada passo, o coração de Breno batia como um tambor. Ele não queria que descobrissem sobre o sangramento nasal! O papai dele estava ocupado, ele não queria que ele se preocupasse com ele. Mas quanto mais temia algo, mais provável era que acontecesse.Em breve, a figura de Miguel apareceu na porta do banheiro. Ele viu a poça de sangue e o rosto pálido de Breno, manchado e desbotado pelo sangue. Antes mesmo de dizer uma palavra, Breno levantou a cabeça, assustado.Breno, ao ver Miguel, por instinto, cobriu o nariz e deu um passo para trás, tentando manter a calma.- Quem é você? – Perguntou Breno, fingindo surpresa.Miguel piscou os olhos, o olhar frio desapareceu como por encanto, substituído por uma expressão de preocupação.- Você é o filho de William, certo? O que aconteceu com você? – Perguntou Miguel, Bre
O vice-diretor da fábrica, que estava envolvido na demissão dos trabalhadores, também sofreu queimaduras. Ao ver Liliane, ele rapidamente se levantou da cama.- Sra. Liliane, você veio. – Cumprimentou ele. A esposa do vice-diretor também se levantou, cedendo a cadeira.- Sra. Liliane, por favor, sente-se. – Disse a esposa do vice-diretor.Liliane sorriu, olhou para os seguranças atrás dela, indicando que colocassem as frutas. - Vice-diretor, embora a polícia já tenha feito o registro, gostaria de esclarecer alguns detalhes. – Disse Liliane, se sentando.- Claro, entendemos que nossa gestão falhou e isso resultou em prejuízos para você. – Respondeu o vice-diretor.- Dinheiro não é o problema. O mais importante é que ninguém saiu gravemente ferido. – Respondeu Liliane, com um sorriso suave.- Sra. Liliane, você está sempre pensando no bem de todos. Para ser honesto, não temos ideia de como o incêndio começou. O fogo se espalhou do depósito de tecidos, mas verificamos minuciosamente to
- Claro que posso! Se você não gosta, vou te chamar de Vini! O que acha, soa bem? – Disse Marcela.Vinícius do outro lado da ligação esboçou um leve sorriso irônico. - Prefiro que continue me chamando de Vinícius. Mas fala, o que você precisa? – Respondeu Vinícius.- Quero que você me ajude a analisar uma situação, minha CPU deu tilt. – Disse Marcela.- Você me convida para tomar uma bebida? – Perguntou Vinícius.- Sem problemas! Mas, por causa do aniversário da Lili, estou quase falida, então escolhe um lugar não muito caro, tá bom? – Disse Marcela.- Ah, então vou ter que caprichar nesse apelido que você me deu. – Disse Vinícius, com um sorriso suave.- Vai se catar! – Xingou Marcela.À tarde, Liliane e Nanda visitaram diversas confecções em busca de uma que pudesse realizar a produção a tempo. Depois de cinco tentativas, nenhuma delas atendeu às expectativas de Liliane. Devido à demanda por suas roupas, pelo menos levaria alguns meses para ficar pronta.- Sra. Liliane, ainda há d
À noite. Vinícius atendeu a ligação de Jorge, entendendo a intenção de William, se dirigiu ao bar.Ao entrar, viu Marcela sentada no lugar reservado.Ao se aproximar de Marcela, ela começou a xingar sem cerimônia.- Vinícius, você é mesmo atrasado! – Repreendeu Marcela.Vinícius ficou surpreso, tirou o casaco com um sorriso. - Você ficou brava por ter te feito esperar meia hora? Isso te deixou tão furiosa? – Disse Vinícius.- Eu odeio gente que não tem noção de tempo! – Disse Marcela, encarando ele.- Está bem, se acalme. Hoje à noite, é por minha conta, ok? – Disse Vinícius, tentando acalmar a situação.- Ótimo! – Concordou Marcela, mudou completamente de atitude, rindo enquanto aceitava.- Falando sério, o que você quer saber? – Perguntou Vinícius.Marcela pegou um copo e serviu vinho. - É sobre a fábrica da Lili. Sinto que tem algo errado, você sabe. Vamos excluir Kerry por enquanto, e focar em... – Disse Marcela.- Espera! – Interrompeu Vinícius. – O que quer dizer com excluir K
- Eu tenho uma pergunta. – Disse Vinícius, mudando o assunto.- O que é? – Perguntou Marcela, dando um gole na bebida.- Liliane está procurando parcerias para a fábrica? – Perguntou Vinícius.- Mesmo que eu não pergunte, isso é óbvio. Ela precisa acelerar a produção! – Respondeu Marcela.- Me ajuda a marcar um horário com ela. – Pediu Vinícius.Marcela, desconfiada, olhou para ele. - Por que não fala logo o que quer? Por que ficar enrolando? – Perguntou Marcela.- Eu vou emprestar minha fábrica para ela usar. – Respondeu Vinícius.- Ah, deveria ter dito antes! – Resmungou Marcela. – Amanhã eu marco para você!À noite, 20h.Liliane abriu os olhos fracos e viu Eduardo falando ao celular em voz baixa.Ao ver Liliane, Eduardo ficou surpreso por um momento e depois disse ao celular. - Sua mãe chegou, deixo ela falar com vocês. – Disse Eduardo. Dito isso, ele colocou o celular perto do ouvido de Liliane. – As crianças estão te ligando.- Alô? - Liliane, surpresa, pegou o celular.- Mamãe!
No dia seguinte. Liliane deixou as crianças na escola e recebeu uma ligação de Marcela. Marcela foi direta ao ponto, dizendo que Vinícius queria encontrar ela para discutir sobre a fábrica de roupas. Liliane concordou, marcando o encontro para as dez da manhã em frente à empresa.Chegando à empresa, Liliane teve uma breve reunião com o departamento pós-venda e depois chamou Nanda para ir ao café. Ao entrar no local, Marcela e Vinícius já estavam sentados, esperando. Quando eles viram Nanda, trocaram olhares significativos.- Você pode suspeitar dela, mas não seja óbvia. Se ela desconfiar, será difícil conseguir informações dela. - Falou Vinícius, baixinho, se aproximando de Marcela.- Acha que sou burra? - Perguntou Marcela, entre dentes, com raiva.- Você tem um pouco de autoconhecimento afinal! - Comentou Vinícius, olhando para Marcela com surpresa.Marcela ficou boquiaberta. Ela adoraria morder a língua afiada desse homem!No entanto, ao ver que Liliane e Nanda se aproximavam, M