- Entendi. – Respondeu a mulher.- Tenha cuidado para não ser pega. – Lembrou Mavis, com um tom leve.- Eu sei me cuidar. – Disse a mulher.Após a conversa, a pessoa do outro lado encerrou a ligação. Mavis, com uma expressão de desprezo, jogou o celular na mesa. Para ela, era apenas um lembrete casual. Quanto à possibilidade de ser pega, isso tem a ver com ela?Se Liliane não conseguisse encontrar nada comprometedor sobre ela, pouco importava se os outros seriam pegos ou não.Ela tinha outras coisas a fazer.Miguel...Pensando nele, um toque de timidez apareceu no rosto de Mavis. Ele era muito melhor que William, apesar de já ter passado dos quarenta, não ficava devendo aos jovens astros do entretenimento. Se ela conseguisse conquistar ele, ela precisaria de William?Miguel era o filho que Guilherme mais mimava!Desde que ela estivesse ao lado de Miguel, uma simples Liliane não seria um problema, certo?Mavis sorriu de forma maliciosa, estendendo a mão para mexer nas notícias sobre
- Sra. Liliane, estou apenas analisando objetivamente os fatos. – Continuou Nanda, imperturbável.- Isso depende das pessoas! – Disse Liliane, irritada. – Eu conheço Kerry, como você acha que eu não saberia? Nanda permaneceu em silêncio, encarando diretamente Liliane. Depois que o ambiente ficou mais calmo, Liliane percebeu que havia reagido rápido demais.- Desculpe, Nanda. – Desculpou Liliane, se sentindo culpada. – Aconteceu muita coisa hoje. Eu sei que você estava tentando me ajudar com uma análise. Mas Kerry não é assim. Espero que você também possa confiar nele tanto quanto eu.- Sim, eu entendi, Sra. Liliane. Vou tentar entrar em contato com ele. – Respondeu Nanda.- Você pode ir para casa agora. – Disse Liliane.- Está bem. – Concordou Nanda.Assistindo Nanda sair do escritório, Liliane levou a mão à testa.O temperamento de Nanda sempre foi assim, como ela poderia ter perdido a paciência tão facilmente?O tempo voou e logo era de madrugada.Liliane, debruçada sobre a mesa, a
Guilherme pegou às pressas o relatório, virando até a última página.Ao ver que a relação genética começava com 0 no relatório, suas sobrancelhas se franziram de repente.- Como isso é possível? – Exclamou Guilherme.O médico também estava intrigado. Afinal, duas pessoas tão parecidas deveriam ser pai e filho, não é mesmo? No entanto, ele não conseguia encontrar nenhum erro em sua análise. Ele fez o teste e recebeu o relatório de imediato. A realidade provava que o Sr. William da família Gabaldo não era realmente o pai desse garoto.- Pode ser apenas uma semelhança física. – Respondeu o médico, tímido.- Não precisa dizer mais nada! – Interrompeu Guilherme, com raiva. – Guardas, venham! Os seguranças à porta entraram.- Levem essas duas crianças de volta! – Ordenou Guilherme, com raiva e relutância.- Sr. Guilherme, se você gosta tanto dessas crianças, por que não deixa que fiquem um pouco mais? – Comentou o mordomo ao lado.- Deixar o quê? – Gritou Guilherme. – Eu pareço ser o ti
Na noite passada, Guilherme disse que os filhos de William passariam a noite ali. Então, essas manchas de sangue deviam ser dele. Miguel caminhava em direção ao banheiro. A cada passo, o coração de Breno batia como um tambor. Ele não queria que descobrissem sobre o sangramento nasal! O papai dele estava ocupado, ele não queria que ele se preocupasse com ele. Mas quanto mais temia algo, mais provável era que acontecesse.Em breve, a figura de Miguel apareceu na porta do banheiro. Ele viu a poça de sangue e o rosto pálido de Breno, manchado e desbotado pelo sangue. Antes mesmo de dizer uma palavra, Breno levantou a cabeça, assustado.Breno, ao ver Miguel, por instinto, cobriu o nariz e deu um passo para trás, tentando manter a calma.- Quem é você? – Perguntou Breno, fingindo surpresa.Miguel piscou os olhos, o olhar frio desapareceu como por encanto, substituído por uma expressão de preocupação.- Você é o filho de William, certo? O que aconteceu com você? – Perguntou Miguel, Bre
O vice-diretor da fábrica, que estava envolvido na demissão dos trabalhadores, também sofreu queimaduras. Ao ver Liliane, ele rapidamente se levantou da cama.- Sra. Liliane, você veio. – Cumprimentou ele. A esposa do vice-diretor também se levantou, cedendo a cadeira.- Sra. Liliane, por favor, sente-se. – Disse a esposa do vice-diretor.Liliane sorriu, olhou para os seguranças atrás dela, indicando que colocassem as frutas. - Vice-diretor, embora a polícia já tenha feito o registro, gostaria de esclarecer alguns detalhes. – Disse Liliane, se sentando.- Claro, entendemos que nossa gestão falhou e isso resultou em prejuízos para você. – Respondeu o vice-diretor.- Dinheiro não é o problema. O mais importante é que ninguém saiu gravemente ferido. – Respondeu Liliane, com um sorriso suave.- Sra. Liliane, você está sempre pensando no bem de todos. Para ser honesto, não temos ideia de como o incêndio começou. O fogo se espalhou do depósito de tecidos, mas verificamos minuciosamente to
- Claro que posso! Se você não gosta, vou te chamar de Vini! O que acha, soa bem? – Disse Marcela.Vinícius do outro lado da ligação esboçou um leve sorriso irônico. - Prefiro que continue me chamando de Vinícius. Mas fala, o que você precisa? – Respondeu Vinícius.- Quero que você me ajude a analisar uma situação, minha CPU deu tilt. – Disse Marcela.- Você me convida para tomar uma bebida? – Perguntou Vinícius.- Sem problemas! Mas, por causa do aniversário da Lili, estou quase falida, então escolhe um lugar não muito caro, tá bom? – Disse Marcela.- Ah, então vou ter que caprichar nesse apelido que você me deu. – Disse Vinícius, com um sorriso suave.- Vai se catar! – Xingou Marcela.À tarde, Liliane e Nanda visitaram diversas confecções em busca de uma que pudesse realizar a produção a tempo. Depois de cinco tentativas, nenhuma delas atendeu às expectativas de Liliane. Devido à demanda por suas roupas, pelo menos levaria alguns meses para ficar pronta.- Sra. Liliane, ainda há d
À noite. Vinícius atendeu a ligação de Jorge, entendendo a intenção de William, se dirigiu ao bar.Ao entrar, viu Marcela sentada no lugar reservado.Ao se aproximar de Marcela, ela começou a xingar sem cerimônia.- Vinícius, você é mesmo atrasado! – Repreendeu Marcela.Vinícius ficou surpreso, tirou o casaco com um sorriso. - Você ficou brava por ter te feito esperar meia hora? Isso te deixou tão furiosa? – Disse Vinícius.- Eu odeio gente que não tem noção de tempo! – Disse Marcela, encarando ele.- Está bem, se acalme. Hoje à noite, é por minha conta, ok? – Disse Vinícius, tentando acalmar a situação.- Ótimo! – Concordou Marcela, mudou completamente de atitude, rindo enquanto aceitava.- Falando sério, o que você quer saber? – Perguntou Vinícius.Marcela pegou um copo e serviu vinho. - É sobre a fábrica da Lili. Sinto que tem algo errado, você sabe. Vamos excluir Kerry por enquanto, e focar em... – Disse Marcela.- Espera! – Interrompeu Vinícius. – O que quer dizer com excluir K
- Eu tenho uma pergunta. – Disse Vinícius, mudando o assunto.- O que é? – Perguntou Marcela, dando um gole na bebida.- Liliane está procurando parcerias para a fábrica? – Perguntou Vinícius.- Mesmo que eu não pergunte, isso é óbvio. Ela precisa acelerar a produção! – Respondeu Marcela.- Me ajuda a marcar um horário com ela. – Pediu Vinícius.Marcela, desconfiada, olhou para ele. - Por que não fala logo o que quer? Por que ficar enrolando? – Perguntou Marcela.- Eu vou emprestar minha fábrica para ela usar. – Respondeu Vinícius.- Ah, deveria ter dito antes! – Resmungou Marcela. – Amanhã eu marco para você!À noite, 20h.Liliane abriu os olhos fracos e viu Eduardo falando ao celular em voz baixa.Ao ver Liliane, Eduardo ficou surpreso por um momento e depois disse ao celular. - Sua mãe chegou, deixo ela falar com vocês. – Disse Eduardo. Dito isso, ele colocou o celular perto do ouvido de Liliane. – As crianças estão te ligando.- Alô? - Liliane, surpresa, pegou o celular.- Mamãe!