Guilherme pegou às pressas o relatório, virando até a última página.Ao ver que a relação genética começava com 0 no relatório, suas sobrancelhas se franziram de repente.- Como isso é possível? – Exclamou Guilherme.O médico também estava intrigado. Afinal, duas pessoas tão parecidas deveriam ser pai e filho, não é mesmo? No entanto, ele não conseguia encontrar nenhum erro em sua análise. Ele fez o teste e recebeu o relatório de imediato. A realidade provava que o Sr. William da família Gabaldo não era realmente o pai desse garoto.- Pode ser apenas uma semelhança física. – Respondeu o médico, tímido.- Não precisa dizer mais nada! – Interrompeu Guilherme, com raiva. – Guardas, venham! Os seguranças à porta entraram.- Levem essas duas crianças de volta! – Ordenou Guilherme, com raiva e relutância.- Sr. Guilherme, se você gosta tanto dessas crianças, por que não deixa que fiquem um pouco mais? – Comentou o mordomo ao lado.- Deixar o quê? – Gritou Guilherme. – Eu pareço ser o ti
Na noite passada, Guilherme disse que os filhos de William passariam a noite ali. Então, essas manchas de sangue deviam ser dele. Miguel caminhava em direção ao banheiro. A cada passo, o coração de Breno batia como um tambor. Ele não queria que descobrissem sobre o sangramento nasal! O papai dele estava ocupado, ele não queria que ele se preocupasse com ele. Mas quanto mais temia algo, mais provável era que acontecesse.Em breve, a figura de Miguel apareceu na porta do banheiro. Ele viu a poça de sangue e o rosto pálido de Breno, manchado e desbotado pelo sangue. Antes mesmo de dizer uma palavra, Breno levantou a cabeça, assustado.Breno, ao ver Miguel, por instinto, cobriu o nariz e deu um passo para trás, tentando manter a calma.- Quem é você? – Perguntou Breno, fingindo surpresa.Miguel piscou os olhos, o olhar frio desapareceu como por encanto, substituído por uma expressão de preocupação.- Você é o filho de William, certo? O que aconteceu com você? – Perguntou Miguel, Bre
O vice-diretor da fábrica, que estava envolvido na demissão dos trabalhadores, também sofreu queimaduras. Ao ver Liliane, ele rapidamente se levantou da cama.- Sra. Liliane, você veio. – Cumprimentou ele. A esposa do vice-diretor também se levantou, cedendo a cadeira.- Sra. Liliane, por favor, sente-se. – Disse a esposa do vice-diretor.Liliane sorriu, olhou para os seguranças atrás dela, indicando que colocassem as frutas. - Vice-diretor, embora a polícia já tenha feito o registro, gostaria de esclarecer alguns detalhes. – Disse Liliane, se sentando.- Claro, entendemos que nossa gestão falhou e isso resultou em prejuízos para você. – Respondeu o vice-diretor.- Dinheiro não é o problema. O mais importante é que ninguém saiu gravemente ferido. – Respondeu Liliane, com um sorriso suave.- Sra. Liliane, você está sempre pensando no bem de todos. Para ser honesto, não temos ideia de como o incêndio começou. O fogo se espalhou do depósito de tecidos, mas verificamos minuciosamente to
- Claro que posso! Se você não gosta, vou te chamar de Vini! O que acha, soa bem? – Disse Marcela.Vinícius do outro lado da ligação esboçou um leve sorriso irônico. - Prefiro que continue me chamando de Vinícius. Mas fala, o que você precisa? – Respondeu Vinícius.- Quero que você me ajude a analisar uma situação, minha CPU deu tilt. – Disse Marcela.- Você me convida para tomar uma bebida? – Perguntou Vinícius.- Sem problemas! Mas, por causa do aniversário da Lili, estou quase falida, então escolhe um lugar não muito caro, tá bom? – Disse Marcela.- Ah, então vou ter que caprichar nesse apelido que você me deu. – Disse Vinícius, com um sorriso suave.- Vai se catar! – Xingou Marcela.À tarde, Liliane e Nanda visitaram diversas confecções em busca de uma que pudesse realizar a produção a tempo. Depois de cinco tentativas, nenhuma delas atendeu às expectativas de Liliane. Devido à demanda por suas roupas, pelo menos levaria alguns meses para ficar pronta.- Sra. Liliane, ainda há d
À noite. Vinícius atendeu a ligação de Jorge, entendendo a intenção de William, se dirigiu ao bar.Ao entrar, viu Marcela sentada no lugar reservado.Ao se aproximar de Marcela, ela começou a xingar sem cerimônia.- Vinícius, você é mesmo atrasado! – Repreendeu Marcela.Vinícius ficou surpreso, tirou o casaco com um sorriso. - Você ficou brava por ter te feito esperar meia hora? Isso te deixou tão furiosa? – Disse Vinícius.- Eu odeio gente que não tem noção de tempo! – Disse Marcela, encarando ele.- Está bem, se acalme. Hoje à noite, é por minha conta, ok? – Disse Vinícius, tentando acalmar a situação.- Ótimo! – Concordou Marcela, mudou completamente de atitude, rindo enquanto aceitava.- Falando sério, o que você quer saber? – Perguntou Vinícius.Marcela pegou um copo e serviu vinho. - É sobre a fábrica da Lili. Sinto que tem algo errado, você sabe. Vamos excluir Kerry por enquanto, e focar em... – Disse Marcela.- Espera! – Interrompeu Vinícius. – O que quer dizer com excluir K
- Eu tenho uma pergunta. – Disse Vinícius, mudando o assunto.- O que é? – Perguntou Marcela, dando um gole na bebida.- Liliane está procurando parcerias para a fábrica? – Perguntou Vinícius.- Mesmo que eu não pergunte, isso é óbvio. Ela precisa acelerar a produção! – Respondeu Marcela.- Me ajuda a marcar um horário com ela. – Pediu Vinícius.Marcela, desconfiada, olhou para ele. - Por que não fala logo o que quer? Por que ficar enrolando? – Perguntou Marcela.- Eu vou emprestar minha fábrica para ela usar. – Respondeu Vinícius.- Ah, deveria ter dito antes! – Resmungou Marcela. – Amanhã eu marco para você!À noite, 20h.Liliane abriu os olhos fracos e viu Eduardo falando ao celular em voz baixa.Ao ver Liliane, Eduardo ficou surpreso por um momento e depois disse ao celular. - Sua mãe chegou, deixo ela falar com vocês. – Disse Eduardo. Dito isso, ele colocou o celular perto do ouvido de Liliane. – As crianças estão te ligando.- Alô? - Liliane, surpresa, pegou o celular.- Mamãe!
No dia seguinte. Liliane deixou as crianças na escola e recebeu uma ligação de Marcela. Marcela foi direta ao ponto, dizendo que Vinícius queria encontrar ela para discutir sobre a fábrica de roupas. Liliane concordou, marcando o encontro para as dez da manhã em frente à empresa.Chegando à empresa, Liliane teve uma breve reunião com o departamento pós-venda e depois chamou Nanda para ir ao café. Ao entrar no local, Marcela e Vinícius já estavam sentados, esperando. Quando eles viram Nanda, trocaram olhares significativos.- Você pode suspeitar dela, mas não seja óbvia. Se ela desconfiar, será difícil conseguir informações dela. - Falou Vinícius, baixinho, se aproximando de Marcela.- Acha que sou burra? - Perguntou Marcela, entre dentes, com raiva.- Você tem um pouco de autoconhecimento afinal! - Comentou Vinícius, olhando para Marcela com surpresa.Marcela ficou boquiaberta. Ela adoraria morder a língua afiada desse homem!No entanto, ao ver que Liliane e Nanda se aproximavam, M
- Está bem. - Respondeu Nanda, mantendo sua expressão inalterada.Marcela ficou sem palavras.Por que não continuava? Só um “está bem” e acabou?! Ela queria ouvir mais para encontrar alguma falha!Uau, ela escondia bem!Vinícius ficou sem palavras. Ele acabava de alertar para não falar mais sobre isso e agora ela estava falando de novo. Essa mulher não aprendia com os erros?Aproveitando as palavras de Marcela, Liliane olhou para Nanda. - Você conseguiu contato com Kerry? - Perguntou Liliane.- Não. - Respondeu Nanda.- O que aconteceu com Kerry? - Perguntou Marcela, surpresa.- Ele desligou a chamada naquele dia e ainda não deu notícias. - Explicou Liliane. Marcela arregalou os olhos!Caramba! Será que seria mesmo Kerry?Senão, por que ele desligaria a chamada?Vinícius deu um sorr irônico para Marcela, olhando para ela com um olhar sarcástico.Essa tola não ia suspeitar do Kerry de novo?Mesmo Liliane claramente perguntando de propósito, como ela não entendeu?Vinícius seguiu as p