Mateus passou a manhã inteira sem sair do quarto. Ao meio-dia, Rafaella trouxe o almoço para ele, e Mateus estava preparando seu projeto para o concurso de design de joias. Se fosse antes, Rafaella ficaria nervosa. Mas, naquele momento, ela sabia que, mesmo que ele terminasse o design, depois de hoje à noite, ele não participaria da final do concurso. Pensando sobre a noite de hoje, Rafaella sorriu levemente, com um interesse travesso, e se aproximou para dar uma olhada no design. Quando viu uma corrente desenhada no papel, Rafaella parou por um momento, surpresa. — Isso... Foi você quem desenhou? — Rafaella perguntou, e percebeu que sua voz estava um pouco trêmula. Ela se deu conta de algo e, tentando disfarçar, se sentiu desconfortável, mas Mateus logo percebeu sua reação. — Sim, tem algum problema? — Mateus parou de desenhar e olhou para Rafaella. — Não, nenhum problema. — Rafaella forçou um sorriso, tentando parecer natural. — Eu só acho que você desenhou muito be
No desenho, um colar, vívido e realista.Na peça principal, um padrão, complexo e misterioso, que ele desenhou de forma completamente espontânea.Quando o desenhou, foi feito sem qualquer intenção, mas, ao vê-lo, ele inexplicavelmente gostou.Ele nem sabia qual era o significado desse padrão, mas estava satisfeito.Muito satisfeito!Satisfeito a ponto de mal conseguir esperar para transformá-lo em um objeto real.Ele olhou para o desenho, que claramente era de um colar, mas, de repente, parecia ver um par de alianças.Mateus tentou capturar algo, mas a imagem desapareceu em um instante.Quanto mais ele tentava "lembrar", mais nada conseguia segurar.Mateus respirou fundo."Relaxe", pensou ele, e continuou com o próximo passo.O que ele deveria fazer agora?Na memória, ele não tinha experiência em fazer joias, mas, de alguma forma, estava seguindo os passos, como se algo mágico o guiasse, mostrando a ele o que fazer e como fazer...Era como se ele soubesse!Ele estava cada vez mais conv
Por exemplo, a Srta. Valentina era a neta legítima do Sr. Jorge, herdeira do Grupo Freitas. Por exemplo, a Srta. Valentina encontrou seu pai biológico, e ela era filha da família Castro, do Grupo LT. E, por exemplo... O Sr. Mateus... — Não tome muito do tempo da Presidente Valentina, ou o Sr. Mateus vai ficar com ciúmes. Aposto que não levará nem uma hora. Não, meia hora, e você será mandado embora.Bryan estava ainda mais certo de que a pessoa que viu mais cedo era o Sr. Mateus. Ele estava com tanta pressa que, sem dúvidas, ia buscar a Presidente Valentina. — Como é que você sabe disso? Isabel não via a Presidente Valentina há muito tempo e tinha muitas coisas para conversar com ela. Assim que ouviu do outro lado da linha a frase: — O Sr. Mateus com certeza foi buscar a Presidente Valentina. — Isabel não conseguiu conter a ansiedade e desligou o telefone. Ela queria contar à Presidente Valentina que, depois que ela entregou a Estrela Luminosa Joalheria para eles, ele
— Eu vi. — Bryan assentiu com firmeza. Depois de falar, como se quisesse provar que não havia se enganado, ele chamou o segurança. Valentina pegou o celular e mostrou uma foto de Mateus. O segurança olhou para a imagem e acenou repetidamente com a cabeça: — É ele, é ele mesmo! Valentina suspirou longamente, aliviada. "É ele! Ele está na cidade HC, ele está vivo! Contanto que ele esteja vivo, isso é suficiente." De repente, uma ideia lhe ocorreu: — As câmeras... O que ele estava fazendo agora há pouco? Quero ver as imagens das câmeras! Assim que ouviu isso, Bryan imediatamente foi providenciar. Logo, eles chegaram à sala de monitoramento. O segurança começou a explicar como aquele homem tinha chegado ali: — Ele veio para fazer um acessório. Ah, sim, um colar. Eu o levei para... Aqui, exatamente aqui. Seguindo a direção que o segurança apontava, Valentina fixou seu olhar em uma das telas de monitoramento. Bryan ajustou o horário da gravação e, finalmente, uma fi
A tontura veio imediatamente. Antes de perder a consciência, ele ouviu a voz cheia de pesar de Baltazar: — Foi minha culpa, Caetano... Caetano... Não, ele não se chamava Caetano! Mas, se não era Caetano, qual era o seu nome? Ele tentou pensar, como se estivesse preso por correntes que não conseguia romper. De repente, uma voz surgiu em sua mente. Era a voz de uma mulher. Essa voz repetia um nome, uma e outra vez. No início, ele não conseguiu entender claramente. Mas se esforçou, e finalmente ouviu nitidamente o nome: — Mateus... A voz da mulher o chamava incessantemente: Mateus. "Quem é Mateus?" — Caetano, Caetano, você é Caetano. Você e Rafaella cresceram juntos. Rafaella te ama, e você a ama. Vocês estão prestes a viajar para o exterior juntos, depois irão se casar e viverão felizes para sempre. Tudo que há em suas lembranças, além disso, é apenas um sonho. Quando acordar, o sonho terá terminado e não restará nenhum vestígio... A voz de um homem idoso soav
— Você se lembra de algo estranho? "Algo estranho?" As sobrancelhas de Mateus se franziram enquanto ele pensava seriamente por alguns segundos, o olhar ainda carregado de dúvida. — O que há de estranho? "Essa confusão mental... Ele não se lembra! Ótimo!" Rafaella se sentiu extremamente satisfeita por dentro. Ela inventou uma desculpa qualquer para dissipar a curiosidade dele: — Ah, não é nada, só que ontem você teve febre e acabou falando algumas coisas sem sentido. Achei que talvez fosse algum pesadelo. Mas agora que você está bem, isso é o que importa. Finalmente, Rafaella relaxou completamente. De repente, Mateus tirou algo do bolso. Quando Rafaella viu a corrente nas mãos dele, seu rosto congelou por um instante. Ela havia estudado design de joias antes. Durante todos esses anos, nunca deixou de prestar atenção no Grupo Freitas, muito menos na marca Joias Freitas. Ela reconheceu imediatamente que o colar era o produto final do desenho que Mateus havia feito
Paulo inspecionava a área, composta por inúmeros pequenos quintais. Sem câmeras de vigilância por perto, só podiam perguntar de porta em porta. Assim que Valentina desceu do carro, guiada por sua intuição, caminhou até parar diante de um pequeno quintal. De repente, seus pés pareceram incapazes de se mover. — Vali, o que foi? — Henrique Castro a seguiu, preocupado. Henrique Coelho, que conversava com Paulo sobre o progresso das inspeções, notou o que acontecia e se apressou a ir até eles. — Cunhada, o que houve? Ambos demonstravam preocupação em seus rostos. Valentina olhou para o pequeno quintal à sua frente. — Ele... Está aqui. A voz de Valentina era firme e carregada de convicção. Henrique Castro e Henrique Coelho trocaram olhares, depois seguiram instintivamente o olhar de Valentina em direção ao pequeno quintal. Eles acreditavam na intuição de Valentina. Henrique Coelho chamou Paulo imediatamente. — Este lugar já foi inspecionado? — Passamos por aqui ao
Valentina olhava fixamente para o número de telefone, o coração apertado de nervosismo. Ela sabia exatamente o que estava esperando. Mas quanto mais o tempo passava, mais inquieta ela ficava. As dúvidas em sua mente se acumulavam, uma após a outra, e ela queria esclarecê-las. Respirando fundo, Valentina finalmente discou o número de "Caetano". Enquanto aguardava o telefone chamar, seu coração parecia querer saltar do peito, deixando ela ainda mais ansiosa. O que ela diria quando a ligação fosse atendida? E se o tal "Caetano" não fosse quem ela imaginava...? Pensamentos se entrelaçavam caoticamente em sua mente. Finalmente, o toque do telefone cessou, e o primeiro som que ouviu foi uma respiração. — Alô? Era a voz de uma mulher. Valentina ficou momentaneamente atônita; todo o nervosismo e os pensamentos que a atormentavam pareciam congelar naquele instante. — Quem está falando? A voz feminina do outro lado da linha trouxe Valentina de volta à realidade. Ela