— Eu vi. — Bryan assentiu com firmeza. Depois de falar, como se quisesse provar que não havia se enganado, ele chamou o segurança. Valentina pegou o celular e mostrou uma foto de Mateus. O segurança olhou para a imagem e acenou repetidamente com a cabeça: — É ele, é ele mesmo! Valentina suspirou longamente, aliviada. "É ele! Ele está na cidade HC, ele está vivo! Contanto que ele esteja vivo, isso é suficiente." De repente, uma ideia lhe ocorreu: — As câmeras... O que ele estava fazendo agora há pouco? Quero ver as imagens das câmeras! Assim que ouviu isso, Bryan imediatamente foi providenciar. Logo, eles chegaram à sala de monitoramento. O segurança começou a explicar como aquele homem tinha chegado ali: — Ele veio para fazer um acessório. Ah, sim, um colar. Eu o levei para... Aqui, exatamente aqui. Seguindo a direção que o segurança apontava, Valentina fixou seu olhar em uma das telas de monitoramento. Bryan ajustou o horário da gravação e, finalmente, uma fi
A tontura veio imediatamente. Antes de perder a consciência, ele ouviu a voz cheia de pesar de Baltazar: — Foi minha culpa, Caetano... Caetano... Não, ele não se chamava Caetano! Mas, se não era Caetano, qual era o seu nome? Ele tentou pensar, como se estivesse preso por correntes que não conseguia romper. De repente, uma voz surgiu em sua mente. Era a voz de uma mulher. Essa voz repetia um nome, uma e outra vez. No início, ele não conseguiu entender claramente. Mas se esforçou, e finalmente ouviu nitidamente o nome: — Mateus... A voz da mulher o chamava incessantemente: Mateus. "Quem é Mateus?" — Caetano, Caetano, você é Caetano. Você e Rafaella cresceram juntos. Rafaella te ama, e você a ama. Vocês estão prestes a viajar para o exterior juntos, depois irão se casar e viverão felizes para sempre. Tudo que há em suas lembranças, além disso, é apenas um sonho. Quando acordar, o sonho terá terminado e não restará nenhum vestígio... A voz de um homem idoso soav
— Você se lembra de algo estranho? "Algo estranho?" As sobrancelhas de Mateus se franziram enquanto ele pensava seriamente por alguns segundos, o olhar ainda carregado de dúvida. — O que há de estranho? "Essa confusão mental... Ele não se lembra! Ótimo!" Rafaella se sentiu extremamente satisfeita por dentro. Ela inventou uma desculpa qualquer para dissipar a curiosidade dele: — Ah, não é nada, só que ontem você teve febre e acabou falando algumas coisas sem sentido. Achei que talvez fosse algum pesadelo. Mas agora que você está bem, isso é o que importa. Finalmente, Rafaella relaxou completamente. De repente, Mateus tirou algo do bolso. Quando Rafaella viu a corrente nas mãos dele, seu rosto congelou por um instante. Ela havia estudado design de joias antes. Durante todos esses anos, nunca deixou de prestar atenção no Grupo Freitas, muito menos na marca Joias Freitas. Ela reconheceu imediatamente que o colar era o produto final do desenho que Mateus havia feito
Paulo inspecionava a área, composta por inúmeros pequenos quintais. Sem câmeras de vigilância por perto, só podiam perguntar de porta em porta. Assim que Valentina desceu do carro, guiada por sua intuição, caminhou até parar diante de um pequeno quintal. De repente, seus pés pareceram incapazes de se mover. — Vali, o que foi? — Henrique Castro a seguiu, preocupado. Henrique Coelho, que conversava com Paulo sobre o progresso das inspeções, notou o que acontecia e se apressou a ir até eles. — Cunhada, o que houve? Ambos demonstravam preocupação em seus rostos. Valentina olhou para o pequeno quintal à sua frente. — Ele... Está aqui. A voz de Valentina era firme e carregada de convicção. Henrique Castro e Henrique Coelho trocaram olhares, depois seguiram instintivamente o olhar de Valentina em direção ao pequeno quintal. Eles acreditavam na intuição de Valentina. Henrique Coelho chamou Paulo imediatamente. — Este lugar já foi inspecionado? — Passamos por aqui ao
Valentina olhava fixamente para o número de telefone, o coração apertado de nervosismo. Ela sabia exatamente o que estava esperando. Mas quanto mais o tempo passava, mais inquieta ela ficava. As dúvidas em sua mente se acumulavam, uma após a outra, e ela queria esclarecê-las. Respirando fundo, Valentina finalmente discou o número de "Caetano". Enquanto aguardava o telefone chamar, seu coração parecia querer saltar do peito, deixando ela ainda mais ansiosa. O que ela diria quando a ligação fosse atendida? E se o tal "Caetano" não fosse quem ela imaginava...? Pensamentos se entrelaçavam caoticamente em sua mente. Finalmente, o toque do telefone cessou, e o primeiro som que ouviu foi uma respiração. — Alô? Era a voz de uma mulher. Valentina ficou momentaneamente atônita; todo o nervosismo e os pensamentos que a atormentavam pareciam congelar naquele instante. — Quem está falando? A voz feminina do outro lado da linha trouxe Valentina de volta à realidade. Ela
Nos últimos dois meses, ela teve muitos sonhos com Mateus. Mas, na maioria desses sonhos, ele era apenas uma silhueta vaga; não importava o quanto ela gritasse ou corresse atrás dele, nunca conseguia alcançá-lo. Exceto naquela vez. Ela sonhou com ele, viu claramente o seu rosto. Sentiu o seu toque, até mesmo as batidas do coração e a respiração dele. Tudo era tão real, como se não fosse um sonho, mas algo que realmente estivesse acontecendo. Não era um sonho... Valentina ficou chocada com essa suposição. Naquele momento, era como se ela tivesse agarrado algo, assim como antes ela havia esperado que "Caetano" talvez fosse Mateus. Embora aquela ligação de minutos atrás tivesse provado que Caetano não era Mateus, qualquer fio de esperança ou pista era algo que Valentina não hesitaria em tentar agarrar. E o sonho daquela noite, bem como o local onde aconteceu, era no Mar Grande Hotel. — Vamos para o hotel, para o Mar Grande Hotel. — Valentina se levantou apressada. Se
Rafaella estava muito satisfeita com o presente que estava prestes a dar para Valentina. Ainda mais satisfeita ao ter o perfil perfeito de Mateus diante de seus olhos. A uma distância tão curta, ela não conseguiu esconder a satisfação que sentia no coração. — Mat... — Rafaella de repente se aproximou dele. Seu movimento para mais perto, no entanto, fez Mateus dar um pequeno passo para trás. Esse recuo foi quase instintivo. Desde que Mateus despertou, não importava quantas vezes Baltazar lhe fizesse sugestões psicológicas, ou quantas vezes Baltazar repetisse para ele que Rafaella era sua noiva, que os dois tinham um relacionamento muito íntimo. Mas toda vez que Rafaella tentava se aproximar dele, a reação que recebia era sempre de rejeição, sem exceção. O sorriso no rosto de Rafaella congelou por um breve instante, mas logo voltou ao normal. — Mat, amanhã partiremos, e, no futuro, nossa casa será lá. Quando chegarmos, você poderá continuar seus estudos, e eu cuidarei bem
Sim, contanto que conseguissem encontrá-lo, tudo valeria a pena. Do outro lado da linha, os dois se encorajavam mutuamente. Ao desligar o telefone, Valentina olhou para o horário no celular e, de repente, se lembrou de que dia era hoje. A final do concurso de design de joias era hoje. Nos últimos dias, sua mente estava completamente ocupada com a busca por Mateus, e ela já havia deixado o assunto da final completamente de lado. Solange não a havia lembrado disso. Ela sabia que tinha sido Daniel, que estava na cidade JC, quem havia dado instruções para que ela não se preocupasse com o concurso de joias. Mas hoje, ela sabia que deveria ir. Valentina reuniu forças. Depois de se lavar e se arrumar, trocou de roupa e, antes de sair, colocou o anel que Mateus lhe havia dado. O local da final do concurso de design de joias era o mesmo do ano passado. Logo cedo, muitos repórteres já haviam se reunido ali. Além dos participantes, algumas figuras influentes da alta socied