Na foto, havia uma pintura. O homem levantou os olhos, e a cena da pintura se sobrepôs à paisagem à sua frente. Ele tinha certeza de que era aqui! Mateus ainda lembrava da primeira vez que viu essa pintura, e a sensação estranha que sentiu em seu coração, como se houvesse uma ligação que o impedia de se afastar. Na sua mente, uma imagem vaga, a cena da pintura, parecia algo que ele já havia visto com seus próprios olhos. Depois disso, ele passou a sonhar todas as noites. No sonho, ele não conseguia ver nada claramente, e a cada manhã, ao acordar, tentava lembrar, mas sempre que tentava, uma dor de cabeça intensa o invadia. A única coisa clara, porém, era aquela cena da pintura. Ele procurou por todos os lugares possíveis, tentando encontrar o local da paisagem da pintura, até que finalmente confirmou que era na cidade HC. Sem hesitar, ele voltou. Queria encontrar algo na pintura, mas não tinha certeza do que exatamente estava procurando. No entanto, uma coisa ele sabi
— Como podemos saber os passos da Sra. Gomes? "Além disso, dentro da organização, quantas pessoas seriam capazes de investigar os passos dela? Acho que quem tentar não vai querer continuar vivo." Rafaella compreendeu tudo em sua mente, mas... Ela não conseguia entender, por mais que pensasse, por que a Sra. Gomes estaria criando problemas para ela. Tinha certeza de que nunca a tinha ofendido. Após um momento de reflexão, Rafaella tomou uma decisão: — Me ajude a divulgar a mensagem, dizendo que sempre admirei a Sra. Gomes, e que, se tivesse a oportunidade de visitá-la pessoalmente, seria maravilhoso. O assistente imediatamente entendeu a intenção de Rafaella. Mesmo sem conseguir localizar a Sra. Gomes, ela queria fazer as pazes com ela. Ela estava se humilhando diante da Sra. Gomes, mas também estava se rendendo e pedindo perdão. Quando o assistente se foi, Rafaella ainda segurava o celular, se sentindo derrotada. Já fazia muitos anos que não se sentia assim. Mas, p
Selene demorou um bom tempo para reagir e, aos poucos, voltou a si. Olhou para Valentina, e um sentimento de compaixão foi crescendo em seu coração. Se lembrou de alguns rumores sobre a Sra. Mello.Se dizia que, na cidade HC, só se via a Sra. Mello, mas nunca mais apareceu o Sr. Mateus. Talvez o Sr. Mateus tivesse perdido o interesse pela Sra. Mello.Outros comentavam que, sendo o Sr. Mateus quem era, com toda a responsabilidade que tinha por trás de si no Grupo Mello, ele estava sempre ocupado, não podendo dar atenção à Sra. Mello nem ao bebê que esperava.Mas ninguém imaginava que a verdade fosse...O Sr. Mateus havia desaparecido!Por isso, todos viam apenas a Sra. Mello esperando o bebê na cidade HC, mas nunca o Sr. Mateus estava ao seu lado.Ela pensou: "Uma mulher tão encantadora como a Vali, se o Sr. Mateus não tivesse desaparecido, ele certamente não a deixaria sozinha. Ele estaria sempre ao lado dela, não importa o quê."E então... O Sr. Mateus tinha desaparecido.— Vali, fiqu
Mateus pensou por um momento e, instintivamente, olhou na direção de onde veio o som. No entanto, naquela noite estrelada, não havia lua. Ao olhar, ele viu apenas uma silhueta vaga, sentada a uma certa distância. Era tão tarde, e ela, grávida, sozinha ali... Ao pensar nisso, Mateus sentiu uma onda de preocupação. Pensou consigo mesmo: "Se ela for embora agora, talvez eu possa segui-la discretamente, acompanhando ela até em casa, garantindo que ela e o bebê estejam seguros." Mal teve esse pensamento, quando de repente ouviu um grito de surpresa da mulher. Mateus imediatamente se levantou. Achou que algo poderia ter acontecido com ela, mas logo depois ouviu uma risada, como se a surpresa tivesse sido substituída por uma reação descontraída. — Como você é travesso... — Valentina disse, se apoiando na barriga, pois o bebê dentro dela a havia dado um chute. A força foi muito mais intensa do que nas outras vezes. E não apenas isso, o bebê ainda se mexia. Ela sentiu como se
O mordomo fez várias ligações consecutivas, uma por uma, para os celulares de Daniel, Henrique Castro e Afonso. Por fim, ligou para Henrique Coelho. Todos tiveram a mesma reação ao receberem a ligação. Mesmo através do telefone, o mordomo podia imaginar a expressão deles, primeiro atordoados, depois tomados por uma mistura de pânico e impotência. Nenhum deles disse uma única palavra antes de desligar. O mordomo sabia que, dado o quanto se importavam com a senhora, naquela mesma noite, sem dúvida alguma, eles partiriam imediatamente para a cidade HC. Após terminar as ligações, o carro já estava pronto. Antes de sair apressada e entrar no veículo, a Sra. Nina fez questão de pedir que preparassem uma variedade de refeições pós-parto para levar até a casa na montanha. Na mansão na montanha. As contrações de Valentina ficavam cada vez mais fortes. A mansão havia sido temporariamente transformada em um pequeno hospital improvisado, onde tudo estava sendo conduzido de maneir
Antes que o assistente pudesse terminar a frase, Alice abriu a porta do carro e desceu.O assistente imediatamente desceu também, seguindo ela.— Senhora...— Fique aqui e espere. — Alice falou, interrompendo ele.Dizendo isso, ela começou a andar pela estrada, passo a passo, indo em direção ao caminho de volta. Estava usando saltos altos, e o som de seus passos ecoava na noite, parecendo ainda mais vazio no silêncio da escuridão.O assistente observava sua figura, sabendo exatamente o que ela faria.No caminho até ali, haviam recebido a notícia de que a Sra. Nina estava indo rapidamente até a montanha, com urgência.O que isso significava era óbvio.Quando passaram pela mansão, ela estava toda iluminada, o que confirmou as suspeitas delas."A Vali... Está prestes a dar à luz!"Durante todo o trajeto, a sua senhora não disse uma palavra, mas até o assistente conseguia sentir a tensão no ar. Era a primeira vez, depois de tanto tempo trabalhando com ela, que a senhora demonstrava um sina
— Sim. — O assistente respondeu com uma voz firme, mas reconfortante. Alice suspirou, e o assistente imediatamente acrescentou: — Você tem que tentar. Vocês, eventualmente, terão que se encontrar. A senhora não pode continuar observando a Srta. Valentina às escondidas. Ela nem sabe o quanto a senhora se importa com ela. Uma sensação repentina de expectativa surgiu no coração de Alice. O céu começou a clarear, e Alice pareceu se lembrar de algo. — E ele?O assistente hesitou um pouco. — O Sr. Afonso? — Não, o Mateus! O Sr. Mateus! O assistente logo entendeu e imediatamente reportou as novidades sobre ele para Alice: — Como a senhora pediu, mandei alguém dar algumas pistas para ele. A última informação é que ele voltou para a cidade HC. — O assistente observava cuidadosamente a expressão de Alice, tentando compreender seus pensamentos. — Será que... A senhora quer que o Sr. Mateus volte? Alice franziu a testa. "Devo trazê-lo de volta?" Ela ficou pensativa por um
Apesar dessas palavras, quase todos acreditavam firmemente que Mateus voltaria. Foi nesse momento que o bebê no colo soltou um som suave. Aquele som delicado surpreendeu os três homens. Como se não esperassem que sua voz fosse tão macia e adorável, eles se entreolharam, incrédulos, e, no final, sorriram ao mesmo tempo. — Você também acha que devemos dar uma boa lição nele? — Henrique Castro parecia mais animado do que quando fechava um negócio bilionário. — Dizem que os sobrinhos puxam os tios. Eu e o Amado realmente pensamos da mesma forma. Ele se parece comigo, comigo! Assim que Henrique Castro terminou de falar, a expressão de alguém ao seu lado ficou visivelmente menos contente. — O que isso tem a ver com você? — Daniel perguntou, ainda com a voz gentil. Ele detestava o jeito bruto de Henrique Castro e ele nem se preocupava se aquilo poderia assustar Amado. O Amado era tão pequeno, tão obediente e adorável. Se fosse parecido com um tio, então, certamente, seria com