A marca estava levemente vermelha, se destacando na pele lisa.Parecia uma marca de algo que foi agarrado, como uma impressão digital.Ela se lembrava de que ontem não tinha essa marca.Ao lembrar do sonho, a mão grande de Mateus, Valentina não pôde deixar de sorrir. Mas era só um sonho, como poderia deixar um vestígio na realidade?Talvez a marca tenha sido causada por ela mesma ontem, sem perceber.Valentina caminhou em direção ao banheiro.Durante todo o percurso, não houve nada de anormal, mas ao ver a enorme banheira do banheiro, uma imagem passou pela sua mente.Instantaneamente, seu rosto ficou ainda mais vermelho.Quando Henrique Castro e Henrique Coelho tocaram a campainha, o rubor no rosto de Valentina ainda não havia desaparecido.Ela abriu a porta, e os dois logo perceberam a expressão em seu rosto.— O que aconteceu? Por que seu rosto está tão vermelho? Está com febre? — Henrique Castro, visivelmente preocupado, colocou a mão na testa dela. — Está um pouco quente. Vamos ao
Rafaella deu um pequeno sobressalto, e o medo que surgiu repentinamente em seu coração a deixou inquieta, como se toda a força tivesse sido drenada de seu corpo. "O que fazer? O que devo fazer?" Ela não podia deixar Mateus se afastar dela, não podia deixá-lo para Valentina. "Mas e se, ontem à noite, a Valentina e o Mateus realmente se encontraram? Isso não significaria que ele não voltaria mais?!" Rafaella se arrependeu. Ela se arrependeu de ter vindo para a cidade HC, e mais ainda, de não ter insistido para que o Sr. Baltazar agisse imediatamente naquela noite em que decidiu apagar as memórias de Mateus. "E se ele se tornar um louco, o que importa?" Ela o amava, e mesmo que ele se tornasse um louco, ela ainda o amaria, ainda ficaria ao seu lado. Mas agora... Ela ainda teria uma chance? Quando ela achava que não teria mais oportunidade, a voz do Sr. Baltazar veio de baixo: — Caetano, você voltou. Voltou... Rafaella sentiu como se tivesse sido injetada com uma
Mateus passou a manhã inteira sem sair do quarto. Ao meio-dia, Rafaella trouxe o almoço para ele, e Mateus estava preparando seu projeto para o concurso de design de joias. Se fosse antes, Rafaella ficaria nervosa. Mas, naquele momento, ela sabia que, mesmo que ele terminasse o design, depois de hoje à noite, ele não participaria da final do concurso. Pensando sobre a noite de hoje, Rafaella sorriu levemente, com um interesse travesso, e se aproximou para dar uma olhada no design. Quando viu uma corrente desenhada no papel, Rafaella parou por um momento, surpresa. — Isso... Foi você quem desenhou? — Rafaella perguntou, e percebeu que sua voz estava um pouco trêmula. Ela se deu conta de algo e, tentando disfarçar, se sentiu desconfortável, mas Mateus logo percebeu sua reação. — Sim, tem algum problema? — Mateus parou de desenhar e olhou para Rafaella. — Não, nenhum problema. — Rafaella forçou um sorriso, tentando parecer natural. — Eu só acho que você desenhou muito be
No desenho, um colar, vívido e realista.Na peça principal, um padrão, complexo e misterioso, que ele desenhou de forma completamente espontânea.Quando o desenhou, foi feito sem qualquer intenção, mas, ao vê-lo, ele inexplicavelmente gostou.Ele nem sabia qual era o significado desse padrão, mas estava satisfeito.Muito satisfeito!Satisfeito a ponto de mal conseguir esperar para transformá-lo em um objeto real.Ele olhou para o desenho, que claramente era de um colar, mas, de repente, parecia ver um par de alianças.Mateus tentou capturar algo, mas a imagem desapareceu em um instante.Quanto mais ele tentava "lembrar", mais nada conseguia segurar.Mateus respirou fundo."Relaxe", pensou ele, e continuou com o próximo passo.O que ele deveria fazer agora?Na memória, ele não tinha experiência em fazer joias, mas, de alguma forma, estava seguindo os passos, como se algo mágico o guiasse, mostrando a ele o que fazer e como fazer...Era como se ele soubesse!Ele estava cada vez mais conv
Por exemplo, a Srta. Valentina era a neta legítima do Sr. Jorge, herdeira do Grupo Freitas. Por exemplo, a Srta. Valentina encontrou seu pai biológico, e ela era filha da família Castro, do Grupo LT. E, por exemplo... O Sr. Mateus... — Não tome muito do tempo da Presidente Valentina, ou o Sr. Mateus vai ficar com ciúmes. Aposto que não levará nem uma hora. Não, meia hora, e você será mandado embora.Bryan estava ainda mais certo de que a pessoa que viu mais cedo era o Sr. Mateus. Ele estava com tanta pressa que, sem dúvidas, ia buscar a Presidente Valentina. — Como é que você sabe disso? Isabel não via a Presidente Valentina há muito tempo e tinha muitas coisas para conversar com ela. Assim que ouviu do outro lado da linha a frase: — O Sr. Mateus com certeza foi buscar a Presidente Valentina. — Isabel não conseguiu conter a ansiedade e desligou o telefone. Ela queria contar à Presidente Valentina que, depois que ela entregou a Estrela Luminosa Joalheria para eles, ele
— Eu vi. — Bryan assentiu com firmeza. Depois de falar, como se quisesse provar que não havia se enganado, ele chamou o segurança. Valentina pegou o celular e mostrou uma foto de Mateus. O segurança olhou para a imagem e acenou repetidamente com a cabeça: — É ele, é ele mesmo! Valentina suspirou longamente, aliviada. "É ele! Ele está na cidade HC, ele está vivo! Contanto que ele esteja vivo, isso é suficiente." De repente, uma ideia lhe ocorreu: — As câmeras... O que ele estava fazendo agora há pouco? Quero ver as imagens das câmeras! Assim que ouviu isso, Bryan imediatamente foi providenciar. Logo, eles chegaram à sala de monitoramento. O segurança começou a explicar como aquele homem tinha chegado ali: — Ele veio para fazer um acessório. Ah, sim, um colar. Eu o levei para... Aqui, exatamente aqui. Seguindo a direção que o segurança apontava, Valentina fixou seu olhar em uma das telas de monitoramento. Bryan ajustou o horário da gravação e, finalmente, uma fi
A tontura veio imediatamente. Antes de perder a consciência, ele ouviu a voz cheia de pesar de Baltazar: — Foi minha culpa, Caetano... Caetano... Não, ele não se chamava Caetano! Mas, se não era Caetano, qual era o seu nome? Ele tentou pensar, como se estivesse preso por correntes que não conseguia romper. De repente, uma voz surgiu em sua mente. Era a voz de uma mulher. Essa voz repetia um nome, uma e outra vez. No início, ele não conseguiu entender claramente. Mas se esforçou, e finalmente ouviu nitidamente o nome: — Mateus... A voz da mulher o chamava incessantemente: Mateus. "Quem é Mateus?" — Caetano, Caetano, você é Caetano. Você e Rafaella cresceram juntos. Rafaella te ama, e você a ama. Vocês estão prestes a viajar para o exterior juntos, depois irão se casar e viverão felizes para sempre. Tudo que há em suas lembranças, além disso, é apenas um sonho. Quando acordar, o sonho terá terminado e não restará nenhum vestígio... A voz de um homem idoso soav
— Você se lembra de algo estranho? "Algo estranho?" As sobrancelhas de Mateus se franziram enquanto ele pensava seriamente por alguns segundos, o olhar ainda carregado de dúvida. — O que há de estranho? "Essa confusão mental... Ele não se lembra! Ótimo!" Rafaella se sentiu extremamente satisfeita por dentro. Ela inventou uma desculpa qualquer para dissipar a curiosidade dele: — Ah, não é nada, só que ontem você teve febre e acabou falando algumas coisas sem sentido. Achei que talvez fosse algum pesadelo. Mas agora que você está bem, isso é o que importa. Finalmente, Rafaella relaxou completamente. De repente, Mateus tirou algo do bolso. Quando Rafaella viu a corrente nas mãos dele, seu rosto congelou por um instante. Ela havia estudado design de joias antes. Durante todos esses anos, nunca deixou de prestar atenção no Grupo Freitas, muito menos na marca Joias Freitas. Ela reconheceu imediatamente que o colar era o produto final do desenho que Mateus havia feito