— Que tal... Deixá-lo assim? — Valentina sugeriu em um tom hesitante, demonstrando um pouco de compaixão.Mateus não respondeu, mas a expressão em seu rosto claramente transmitia um "não" categórico."Deixá-lo assim? Como assim deixar assim?" Se não jogasse Henrique Coelho para fora do carro, então ele o levaria de volta ao ninho de amor que compartilhava com Valentina? De jeito nenhum, absolutamente não! Ele já estava atrapalhando o momento dos dois, e Mateus não tinha mais paciência.Mateus deu um tapinha na mão de Valentina, tranquilizando ela de que estava tudo bem. Logo em seguida, suas longas pernas saíram do carro com agilidade. Ele abriu a porta traseira e segurou o braço de Henrique Coelho, tentando puxá-lo para fora.Pesado como uma pedra, e sem dar o menor sinal de acordar.Mateus franziu a testa. Nesse caso, não poderia culpá-lo por ser rude. Mesmo que tivesse que arrastá-lo para fora, ele iria tirá-lo do carro!— Mateus, o Henrique... Ele parece tão vulnerável... —
Valentina ficou um pouco atordoada.Ela comparava secretamente os dois rostos em sua mente e teve que admitir que o rosto de Henrique era admirável e impressionante, mas o de Mateus fazia seu coração bater de maneira inexplicável.Nesse momento, o coração de Valentina descompassou novamente, e suas bochechas começaram a esquentar.Ela estava corada.Mateus sabia que Valentina gostava de seu rosto e ficou muito feliz por isso, especialmente ao ver que ela corava ao olhar para ele.Seu olhar ficou ainda mais ardente.Valentina parecia ter se queimado, desviou o olhar de repente e sentiu um desejo incontrolável de fugir.Mas como Mateus permitiria que ela escapasse?Ele já não queria mais continuar apresentando a casa que havia preparado para ela. Agora, ele só queria abraçar Valentina.Sem hesitar, Mateus a pegou no colo.— Ah...Valentina levou um susto e soltou um grito, mas logo percebeu que, além deles dois, Henrique também estava na casa. Imediatamente, cobriu a boca em pânico.Ao l
Isso... Não se podia negar, é um tanto surreal!Olhando para aquela figura ocupada por tanto tempo, como se estivesse tendo um embate com um ovo, Henrique finalmente confirmou: era Mateus!"Ele está preparando o café da manhã para a Valentina?"Henrique Coelho sentiu um pouco de ciúmes.Em toda a sua vida, ele nunca havia comido um café da manhã preparado por ele.Henrique observou Mateus na cozinha, examinando aquele café da manhã de todos os ângulos. Incapaz de se conter, finalmente se levantou e foi até lá."É só um café da manhã, ele vai esculpir alguma flor?"Henrique bufou em silêncio e, com passos largos, se sentou diretamente em frente ao café da manhã que Mateus tratava como um verdadeiro tesouro.Mateus parou por um momento."De onde ele saiu?"Não é possível...— Por que você ainda não foi embora? — O tom de Mateus era ríspido. — Eu te dei a chave do carro ontem à noite. Se não quer dirigir, posso ligar para o Délcio vir te buscar.Em resumo, o melhor seria que ele saísse im
Mateus entendeu o que ele queria dizer. — Qualquer tipo de assistência que precisar, pode contar com o Paulo para te ajudar. Quando Valentina desceu as escadas, os dois mudaram imediatamente a expressão séria de antes e rapidamente exibiram um sorriso. Mateus estava pronto para levar Valentina ao Grupo Freitas. Ao sair, viu um carro de luxo estacionado do lado de fora, com Afonso ao lado. Apesar da distância, os dois homens se encararam. Foi só por um instante, e o olhar de surpresa de Mateus logo desapareceu. Afonso provavelmente já tinha investigado tudo sobre ele, sabia que ele estava preparando a nova casa ali, então não era algo surpreendente. Mateus soube ser discreto. Entregou Valentina para Afonso. Quando Valentina chegou à empresa, as pessoas que encontrou pelo caminho a olhavam de um jeito... Bem estranho! — Presidente Valentina, parabéns, parabéns... — Presidente Valentina, muito obrigado! As pessoas na empresa sempre a chamavam de Presidente Valentina;
Houve um momento de silêncio do outro lado da linha, e Kayra não respondeu à pergunta de Rafaella. — Sra. Kayra? — Rafaella chamou, hesitante. Esse chamado parecia ter acionado uma válvula, pois o que veio em seguida foi uma pergunta afiada de Kayra: — Você já sabia que a Valentina e o Mateus tinham se casado? — Mesmo pelo telefone, Rafaella sentiu uma inexplicável inquietação em seu coração. — Estou perguntando! Você já sabia, não é? Kayra elevou o tom de voz. Rafaella engoliu em seco. — Eu só descobri depois que o Sr. Mateus era o marido da Valentina, Sra. Kayra. Eu não estava escondendo de propósito, eu só... — Só o quê...? — Kayra não acreditava que ela não estivesse escondendo de propósito. Se fosse antes, Kayra certamente a teria punido por esconder isso, mas agora, diante da situação, a prioridade não era essa. Kayra reprimiu a raiva em seu coração. Na noite anterior, depois de sair da antiga mansão da família Mello, ela não voltou para a residência que divid
Ela se referia a ele, Sadi. Daniel imediatamente franziu a testa, preocupado que ela fosse machucada novamente. Rafaella o tranquilizou: — Irmão, não se preocupe, com você por perto, ele não terá mais chance de me machucar. Daniel pensou por um momento antes de sua expressão suavizar gradualmente. — Está bem. — Ele finalmente concordou que Rafaella se encontrasse com Sadi. — Se cuide. Vou ver como está a Vali. Ela também ficou muito assustada ontem à noite, mas, felizmente, está tudo bem. Caso contrário, o destino dela, do Mateus e do irmão dele teria sido completamente diferente. Na frente de Rafaella, Daniel não escondeu sua preocupação com Valentina. — Irmão, pode ir. Mais tarde também irei visitá-la. — Rafaella disse carinhosamente. Assim que Daniel saiu do escritório, o sorriso no rosto de Rafaella desapareceu instantaneamente. — Que pena... — Ela lamentou novamente a sorte de Valentina na noite passada. "Como teria sido bom se algo realmente tivesse acontecid
Ela estava avisando: se se metesse onde não devia, ela iria "cuidar" dela direitinho! Rafaela estremeceu levemente e rapidamente desviou o olhar. Depois disso, se comportou e seguiu as duas ao sair do aeroporto. No caminho de volta à empresa, Rafaella fez questão de que Rafaela e as outras duas fossem em carros separados: Rafaela foi sozinha, e Rafaella e Valentina foram juntas. No carro, Valentina ficou absorta, pensando no olhar que Rafaela lhe lançou instantes atrás. Ela sentiu que Rafaela parecia ter algo a dizer. Valentina podia perceber que, desde que Rafaella voltou para a família Freitas, Rafaela havia mudado completamente, não era mais tão agressiva quanto antes. Mas, mesmo com essa mudança, elas ainda tinham muito pouco em comum. O que Rafaela teria para lhe dizer? — Vali? Vali? — Rafaella a chamou duas vezes antes que Valentina se desse conta e se virasse para encarar seu olhar de falsa insatisfação. — Vali, no que você estava pensando? Você claramente não
Valentina parou de andar e se virou para olhar a pessoa atrás dela, com uma expressão de surpresa. — Rafaela? — Não... — Rafaela parecia aflita. Mas ela não teve tempo de dizer mais nada. Alguém esbarrou nela por trás e, com o impacto, Rafaela soltou a mão de Valentina. A pessoa se desculpou apressadamente: — Desculpa, desculpa, eu... Estou com pressa. A pessoa parecia nervosa, mas entrou no elevador mesmo assim. As portas do elevador estavam prestes a se fechar, e Valentina, ainda atônita, foi olhada por alguém dentro do elevador. — Presidente Valentina, não vai entrar? Quase sem pensar, Valentina deu um passo e entrou no elevador. — Valentina... — Rafaela tentou impedir, mas a mão que estendeu novamente ficou suspensa no ar, pois as portas do elevador já haviam se fechado, deixando ela sozinha parada ali. Ela tentou impedir! Não conseguiu... O que mais poderia fazer? Valentina... "Desde que o Daniel deixou a cidade JC, a Rafaella sempre se comportou bem, m