- Valentina!

A voz de Mateus estava trêmula.

Do outro lado da linha, Heitor deliberadamente colocou o telefone no viva-voz para que Mateus pudesse ouvir a voz de Valentina.

Só com aquele "Valentina", Heitor pôde sentir a tensão de Mateus.

Heitor olhou friamente para Valentina.

Naquele momento, Valentina estava encostada na cabine do barco, com o olhar vazio e uma ferida na cabeça que sangrava devido à resistência que ofereceu ao Heitor. Anteriormente, estava sem forças, e agora, uma tontura tomou conta dela.

Ela parecia ouvir a voz de Mateus.

A cabeça ficava cada vez mais pesada, e em meio à névoa, instintivamente chamou por seu "marido". Sua consciência estava quase desvanecendo, e até mesmo a figura de Heitor, que estava diante dela, começou a se desfocar, sua visão se tornando embaçada.

Mas ela sabia claramente que não podia adormecer.

Se adormecesse, estaria à mercê de Heitor.

No meio da névoa, Valentina apertou com força a carne de sua coxa, tentando se manter acordada através da