LeonardoUma semana se passou desde que comecei a clinicar na comunidade e em poucos dias, conheci tantas pessoas e histórias que em anos de profissão nunca tinha sequer imaginado. Muitas mulheres com filhos que se perderam para as drogas e o crime. Me impressionou descobrir que Pedro apesar de ser um bandido, era alguém que cuidava dos moradores com mãos de ferro. Depois que assumiu de vez a comunidade, fez mudanças tentando pacificar o lugar, feito que conseguiu com ajuda de pessoas importantes. Como já tinham me dito era proibido bocas de fumo, Pedro tinha grande amizade com pessoas da política e com isso conseguia verbas para que os mais novos pudessem ter um bom futuro. Era irônico ao menos para uma pessoa como eu, que cresceu ouvindo sobre o mundo do crime, saber que o dono do morro em que eu atendia não aceitava drogas e vivia do tráfico de armas e mercadorias ilegais vindo de fora.Esperava a próxima paciente, até que Lucia entrou me avisando que a senhora que atenderia naquel
VivianeVi a hora no relógio e passava das nove da noite e nada do Pedro chegar. O jantar esfriou na mesa e pelo jeito a minha receita daquele dia acabaria indo para outras pessoas. Cansada de esperar, sem contar o calor infernal que fazia, decidi tomar outro banho e ir dormir, já que pelo que notei ele deveria chegar de madrugada. Vovó estava na casa da dona Florentina e as duas iriam até o bingo que ficava pertinho da casa da amiga dela.Tirei minha roupa, deixando no cesto de roupa, aproveitei para trazer algumas peças de casa, assim não teria que voltar até lá para buscar nada.Abri o box de vidro, entrei regulando a temperatura no gelado, assim eu me refrescaria melhor. Enquanto tirava o xampu do cabelo, ouvi sons vindo do quarto e Pedro deveria ter retornado. Pouco depois sinto ele me abraçando por trás, fazendo carinho em meus seios e um sorriso veio ao meu rosto. Nem eu mesma entendia minha relação com aquele homem, que, ao mesmo tempo que era bom, tinha outro lado que eu prec
PedroViviane ainda estava dormindo, e minha vontade era retornar para nossa cama, permanecer lá o dia todo, esquecendo os problemas que teria que enfrentar. Sempre que volto de uma viagem, surge uma nova dor de cabeça para resolver, e hoje não seria diferente. Bigode me enviou uma mensagem cedo, relatando o barraco que Jéssica fez ao retornar. Pedi a ele que resolvesse para mim, já que tinha preocupações mais importantes em mente. Deitei ao lado dela na cama, afastei o cabelo de suas costas nuas e depositei um beijo em sua nuca. Viviane sorriu ao sentir meus lábios em sua pele. Decidi deixá-la descansar após a noite que tivemos e administrar as questões de casa para não ficar longe dela por muito tempo. Levantei-me da cama, saí cuidadosamente do quarto e fui para a cozinha, onde encontrei Maria organizando as coisas para o café.— Bom dia, Pedro. Já preparei seu café e vou arrumar seu quarto agora mesmo.Ela disse enquanto se dirigia ao meu quarto.— Não arruma nada agora, pois a Viv
VivianeDepois da discussão com Maria, tomei meu café e decidi passar o dia no salão com a Vitória. Nada melhor do que umas horas se embelezando para esquecer os problemas. Dizia a mim mesma que não era ciúmes ou pra impressionar o Pedro, eu queria ficar bonita por mim.Cheguei em casa depois da hora que eu sabia que a bruxa da Maria não estaria, mas assim teria tempo suficiente para descansar antes de tentar uma nova receita. Me sentia bem quando cozinhava e assim esquecia um poucos os meus problemas. Sabia que durante os dias que ficaria com Pedro não poderia ir ao curso então era melhor continuar praticando na casa dele.Passei pelo corredor que dava para o quarto dele, a casa estava silenciosa e só os seguranças que estavam do lado de fora na entrada. Entrei no quarto largando minha bolsa em cima do sofá me assustando ao encontrar Pedro deitado na cama com as mãos por trás da cabeça e provavelmente esperando por mim.—Já chegou em casa?Pergunto- me aproximando dele, dando um beij
VivianePedro depois que saiu do banho, mas calmo, me chamou para sairmos um pouco até um dos bares da comunidade. Aceitei de primeira, precisávamos de um pouco de diversão e eu gostava de ir até o lugar, mesmo o Pedro não gostando muito que eu dançasse para que nenhum outro se aproximasse de mim. Ao chegarmos até o bar, várias pessoas já estavam ali e mesmo dia de semana o local ficava repleto de moradores e até gente vindo de outros bairros. —Tá tão cheirosa — Pedro me puxou para os seus braços me ajudou a descer do carro. Naquela noite escolhi uma saia preta de couro, uma blusinha de alças vermelhas e nos pés um salto Anabella já que o Pedro era bem mais alto do que eu.—Gostou? Perguntei e ele me beijou respondendo à pergunta, esfregando sua ereção na minha bunda ao me virar de costas para ele.—Nada de show em público que não estamos no morro que você me levou quando nos conhecemos.Respondo me virando para beijar seus lábios, limpando o canto da boca removendo o batom vermelho
Pedro— Mulher, você viu o que me fez fazer — falo ao tentar se aproximar dela que me afasta indo sentar-se na cama reclamando de— Fiz.— Fiz você fazer o quê? Te disse que eu iria dormir na sala, bastava aceitar e pronto.Ela olha com raiva para mim, mas Viviane me fez empurrar ela daquela forma bruta. Custava obedecer o que eu mando.— Engraçado que lá no bar te pedi para ir embora, mas você mandou eu ficar me distraindo no celular enquanto se divertia. Eu não quero dormir ao seu lado essa noite e não posso porque você não aceita.Viviane fala eu respiro fundo tentando manter a calma antes que acabe fazendo mais uma besteira do que já fiz. Eu nunca tinha feito aquilo com ela em dois anos, mas o chilique dela me fez tomar aquela atitude.— Viviane te chamei para a gente sair e se divertir um pouco. Eu estou com a cabeça cheia de problemas que aconteceram na minha ausência e não estou com paciência para chilique seus por conta de ciúmes da Jéssica.Falo tirando a camisa e jogando no c
VivianePedro estava dormindo e aproveitei quando ele se virou de costas na cama, para sair e ficar um tempo sozinha na sala. Após discutir com ele, exigindo que Pedro ficasse apenas comigo, ele conseguiu me levar para cama e acabamos transando como dois animais e agora eu notava as marcas roxas que ele havia deixado em meu corpo. Um arroxeado também se formou nas minhas costas, reparei quando fui ao banheiro e me olhei no espelho.Sentada no sofá lembrei do empurrão e do pedido de desculpas do Pedro, quando me teve em seus braços me fazendo gemer aos carinhos dele. Me sentia tão fraca e inútil por permitir tudo aquilo depois do que ele me fez. Fechei os olhos e a cena da nossa primeira vez ali mesmo naquela sala veio à mente.Após conversamos um pouco e das perguntas que o Pedro me fez sobre onde eu aprendi a cozinhar e essas coisas, me senti relaxada e até o medo que senti ao chegar a casa já tinha sumido. Ele era educado, me tratou bem e a cada oportunidade tocava meu braço e minha
LeonardoDescemos do carro e Sofia acenou para alguns clientes, notei que ela conseguiu o respeito daquelas pessoas em tão pouco tempo. —Vem Leonardo, vem sentar-se aqui nessa mesa que é uma boa visão da rua.Me acomodo ao seu lado, quando a garçonete sorridente anota os nossos pedidos.—Trás pra gente dois chopps e uma travessa de tira-gostos mistos.Sofia fez o pedido e desabotoou os dois primeiros botões da minha camisa. Tirei o terno antes de descer do carro e me senti melhor mesmo com um calor horrível que fazia na cidade.—Você vai gostar daqui e vai querer voltar outras vezes.Sofia me fala como se prevendo que eu realmente teria boas surpresas ali naquele bar. Os pedidos chegaram poucos minutos depois de serem feitos e provei a calabresa frita bem temperada e sem muita gordura.—Ao menos me trouxe onde a comida é um pouco saudável.Falo para Sofia que confirma que a comida ali era caseira e a cozinheira uma senhora com bastante experiência.Seguimos nosso encontro entre coleg