Capítulo 5

Capítulo 5

Gabriel afastou seus lábios dos dela, deslizando os dedos suavemente pelo rosto delicado.

— Você vai ser minha.

Jussara sentiu o corpo inteiro em chamas ao ouvir as palavras dele e, quase sem pensar, murmurou:

— Vou...

Para Gabriel, isso só confirmava o que ele já imaginava: Jussara era uma acompanhante. Se ela era uma profissional, certamente não se importaria em estar no controle. Apenas a ideia de tê-la despertava nele sensações intensas, algo que o surpreendia, pois, dias atrás, ele achava que o acidente e a quantidade de remédios que tomava impediriam qualquer desejo.

No entanto, após a consulta médica de dois dias atrás, as doses foram reduzidas, e o corte no abdômen estava completamente cicatrizado. O maior obstáculo agora era ainda depender da cadeira de rodas. Apesar de já sentir alguma resposta nas pernas, ainda não conseguia movê-las como desejava, efeito do trauma. Mas o médico garantira que, em breve, ele voltaria ao normal.

Enquanto isso, iria se satisfazer no corpo de Jussara. Pensando bem, gostou da atitude da mãe, irá aproveitar as semanas que a mãe vai ficar fora e vai se satisfazer no corpo da jovem que foi contratada para seu puro prazer.

— Ótimo… — murmurou Gabriel com um sorriso provocador, seus olhos brilhando com intensidade.

Com movimentos decididos, desabotoou o jaleco dela, os dedos ágeis deslizando com firmeza pelos botões, enquanto seus lábios encontravam os dela em um beijo profundo e arrebatador. A proximidade entre os dois fez o coração dela disparar, e cada toque parecia incendiar sua pele. Gabriel avançou com delicadeza, abrindo a camisa dela até expor o tecido delicado do sutiã.

Ele deslizou a mão pelo contorno suave do seio dela, apertando de leve a pele delicada e soltando um suspiro desejoso. Sentia o próprio corpo pulsar de desejo, inflamado pela beleza natural dela. Gabriel não sabia exatamente o que o atraía tanto nela, mas gostava de tudo: o jeito como ela tentava manter a compostura, o olhar que evitava encará-lo diretamente, e, sobretudo, a doçura de sua voz que escapava, mesmo na situação tensa entre eles.

Ele deslizou os lábios pelo pescoço dela, sentindo o toque macio de sua pele. A suavidade, o cheiro, o gosto… tudo nela o seduzia e ele sabia que, ao menos naquele momento, nenhum deles resistiria ao desejo.

Jussara mordeu o lábio, os olhos semicerrados, enquanto sentia o toque firme dos dedos de Gabriel em seu seio. O coração batia rápido, os sentidos todos focados nele.

— Por favor… — sussurrou, quase sem fôlego, mais uma rendição do que um pedido.

Gabriel segurou sua mão e a ajudou a se levantar. Ele a observava, o olhar intenso e atento. Devagar, com dedos habilidosos, começou a tirar a roupa dela peça por peça, sempre mantendo o contato visual, como se quisesse absorver cada detalhe, cada sensação.

Quando a última camada caiu e ela ficou ali, vulnerável e exposta diante dele, Gabriel sentiu o ar faltar. A visão do corpo dela era avassaladora, uma perfeição que ele não esperava, e que o deixava à beira de perder o controle. Coisa que na idade dele era difícil, pois se gabava por ser extremamente controlado em todas as suas ações. Mas, pelo visto isso está indo por água abaixo.

Ele engoliu seco, controlando-se para não suspirar alto, embora cada fibra de seu corpo gritasse por ela. Não queria que ela soubesse o quanto mexia com ele, o quanto o desafiava a ultrapassar limites. E, enquanto a envolvia de novo com as mãos, trazendo-a para perto, sentiu um calor inexplicável preencher o ambiente, como se nada mais existisse além dos dois, ali, entregues um ao outro.

O toque se tornou mais firme, e ele deslizou a mão pela curva de sua cintura, puxando-a para si. Gabriel a beijou de forma intensa, sem pressa, sentindo cada segundo como se fosse o único.

Jussara deixou escapar um suspiro alto quando os dedos de Gabriel deslizaram até encontrar sua intimidade, o toque ousado a fez arquear as costas involuntariamente, os lábios entreabertos soltando um suave gemido.

— Ah...

Por um instante, Gabriel interrompeu o toque, afastando-se para se despir. Não queria mais nada, atrapalhando esse momento maravilhoso entre eles. Seus olhos não se desviaram dela enquanto tirava as roupas e, com esforço, saiu da cadeira para se acomodar na cama, encostando-se na cabeceira. Ele estendeu a mão para ela, o olhar convidativo e seguro.

— Vem aqui — disse ele, com um tom rouco e baixo.

Jussara hesitou por um segundo, mas a atração entre eles parecia impossível de ignorar. Ela se aproximou devagar, sentindo o coração disparar e o corpo aquecer a cada passo. Gabriel a puxou gentilmente para seu colo, e eles se perderam em um beijo intenso, cheio de uma paixão que parecia acumulada. Cada toque, cada movimento, trazia uma nova onda de calor, enquanto se entregavam um ao outro, completamente envolvidos naquele momento.

Jussara estava entregue, não sabia se isso seria ruim ou bom depois, mas não conseguia resistir a esse homem bruto e charmoso. Os beijos são os melhores, as mãos passeiam por seu corpo como se o conhecesse bem. Impossível resistir.

Enquanto os lábios de Gabriel exploravam os dela, ele discretamente estendeu a mão até a gaveta da mesa de cabeceira e pegou um preservativo. Jussara, perdida no calor do momento, mal notou o movimento. Ele a empurrou com delicadeza, fazendo-a ficar de joelhos diante dele, o olhar fixo em seus olhos.

Com um movimento firme, Gabriel abriu o preservativo, e, ao mesmo tempo, abaixou a cabeça, seus lábios encontrando o seio de Jussara. Ele o sugou com uma intensidade que fez o corpo dela inteiro estremecer. Ela sentiu um arrepio percorrer a espinha, deixando escapar um gemido suave e involuntário.

Gabriel vestiu a camisinha, seus olhos fixos nela. Com um gesto suave e firme, pediu que ela se sentasse, e ela o fez, sentindo o corpo inteiro estremecer enquanto cada centímetro dele preenchia o seu interior desejoso. O desejo refletia-se em seus rostos, em cada suspiro e olhar trocado.

Ele se controlou como pôde, tentando prolongar o momento, e a guiou com cuidado, ajudando-a a se movimentar. A intensidade entre eles era quase palpável; Jussara, tão entregue, tão quente, chegou ao auge mais rápido do que ele esperava. E, logo, ele também se deixou levar, liberando-se enquanto um suspiro final tomava conta de ambos.

Exausta e satisfeita, Jussara inclinou-se para abraçá-lo, seus braços envolvendo Gabriel enquanto ele a segurava com firmeza. Ali, juntos, sentiram seus corações e suas respirações voltarem ao ritmo natural, criando um instante de paz que parecia eterno. Ele deslizou os dedos grandes e grossos pelas costas dela num carinho contínuo.

Para Gabriel, fazia muito tempo que não se entregava assim, e ter Jussara em seus braços foi o melhor momento que experimentou em anos. Mas, essa relação não era um namoro ou algo mais sério. Era apenas sexo. Ao final, ele pediu que ela se levantasse, retirou a camisinha e, com um olhar firme, disse:

— Foi muito bom. Pode se retirar. Vou querer de novo mais tarde, agora preciso trabalhar.

Ela piscou algumas vezes, tentando processar as palavras frias, que ecoavam em sua mente. Foi nesse instante que entendeu: para ele, havia sido apenas sexo.

Ela sentiu-se envergonhada, apanhou as roupas com as mãos trêmulas. Deixou o quarto com o coração apertado e lágrimas silenciosas que ele não chegou a ver.

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