Capítulo 122O dia do aniversário de Clara finalmente chegou, e a família Monteiro estava se preparando para o grande evento. Até as babás foram convocadas para cuidar das crianças, algo que Gabriel insistiu ser essencial.- E se as crianças se cansarem, meu filho? Elas ainda são tão novinhas - perguntou Dona Amélia, com um olhar preocupado.Gabriel, sempre cuidadoso, sorriu e respondeu com confiança:- Elas poderão voltar com o motorista, mas quero que conheçam meus bebês. É importante para mim que estejam lá.Dona Amélia, entendendo o desejo do filho, assentiu com um sorriso afetuoso.- Eu te entendo, querido - disse ela, carinhosa.Ao chegarem no evento, a família Monteiro ficou maravilhada com o cenário. A mansão estava iluminada com milhares de luzes brilhantes por fora e, por dentro, o ambiente era aconchegante e acolhedor, perfeito para a grande celebração. A decoração foi pensada nos mínimos detalhes, com diferentes espaços para atender às várias faixas etárias dos convidados.
Capítulo 123No dia seguinte, pela manhã, Gabriel escutou alguém bater e pediu para entrar. Ele terminou de digitar algo no computador e finalmente desviou o olhar para Francisco, que estava sentado à sua frente com uma expressão que misturava cansaço e confusão.— Então, como estão as coisas com Ana? Vocês estão mais calmos?Francisco suspirou profundamente, passando a mão pelos cabelos como quem tenta encontrar as palavras certas.— Mais calmos? Eu diria que estou confuso. Para ser honesto, estou começando a me sentir... usado.Gabriel franziu o cenho, intrigado.— Usado? Como assim?Francisco cruzou os braços, claramente incomodado.— Faz uma semana desde a última vez que... você sabe, transamos. E, desde então, ela simplesmente sumiu. Foi embora antes de eu acordar, sem dizer nada. Se eu não a visse na empresa, juraria que ela tinha desaparecido.Gabriel tentou conter um sorriso divertido diante da frustração do amigo, mas não conseguiu. O som agradável de seu sorriso ecoou pelo a
Capítulo 124No final do dia, Gabriel recebeu uma excelente notícia que o fez sorrir satisfeito. Depois de dias de negociações intensas, os clientes do Japão finalmente aceitaram o contrato. Ele sabia que isso significaria uma semana corrida e desgastante, com horas extras e pouco tempo para descansar, mas o esforço valeria a pena. Fechar com um cliente tão importante abriria portas para mais oportunidades internacionais.Ainda absorvendo a notícia, Gabriel chamou sua secretária, Ana, pelo interfone.- Ana, pode vir aqui, por favor?Poucos minutos depois, ela entrou na sala com seu bloco de notas em mãos.- Parabéns pelo contrato, senhor Monteiro. Soube que o cliente finalmente aceitou as diretrizes da empresa.- Obrigado, Ana. Foi um trabalho em equipe, mas ainda temos muito pela frente. Preciso que organize algumas coisas para mim.- Claro, o que precisa?- Primeiro, quero uma reunião com toda a equipe amanhã cedo. Vamos precisar ajustar os cronogramas de produção para atender à dem
Capítulo 125Na manhã seguinte, Gabriel chegou cedo à empresa, determinado a trabalhar o quanto fosse necessário para adiantar seus compromissos. Sabia que os próximos dias seriam exaustivos, mas valeria a pena.Enquanto ele revisava a papelada, a equipe de produção já estava a todo vapor. Supervisores coordenavam o trabalho com precisão, garantindo que os produtos fossem produzidos, separados, embalados e despachados dentro do cronograma apertado. O ambiente era organizado e eficiente, o que deixava Gabriel tranquilo para focar nas exigências contratuais que precisava revisar. Ele decidiu fazer tudo pessoalmente, sem delegar essa parte, para garantir que nenhum detalhe fosse negligenciado.O dia transcorria com fluidez. No horário do almoço, Ana, sua secretária, entrou no escritório com um sorriso e um tom prático.— Senhor, vai almoçar ou prefere que eu peça algo?Ele ergueu os olhos dos documentos, cansado, mas agradecido pela atenção.— Vou ficar por aqui mesmo, Ana. Preciso adian
Capítulo 126Francisco estava sentado no sofá do hall, tamborilando os dedos na perna. O cansaço o estava vencendo, mas ele não conseguia sair sem Ana. Depois de uma longa espera, decidiu ligar para Gabriel.— Alô? — atendeu Gabriel, a voz carregada de cansaço, mas profissional.— Boa noite, Gabriel. É o Francisco.— Boa noite, Francisco. O que aconteceu?— Estou esperando a Ana aqui embaixo, queria saber se você vai liberá-la muito tarde. Ela está grávida, e não quero que fique sobrecarregada.Houve uma pausa do outro lado da linha.— Francisco, Ana ainda está aqui? Eu não sabia. Já era para ela ter saído há horas. Vou chamá-la agora mesmo.— Obrigado, Gabriel. Desculpe atrapalhar sua noite.— Não tem problema. Cuide bem dela. Até amanhã.Francisco desligou o telefone e respirou fundo, sentindo-se impaciente e preocupado. Ele sabia que Ana precisava descansar, então decidiu resolver a situação ele mesmo. Com passos firmes, entrou no elevador e apertou o botão para o andar da presidên
Capítulo 127Jussara sentia que algo não estava certo. Um incômodo inexplicável a consumia, e sua mente não conseguia descansar. Pensava constantemente em Gabriel e sua inquietação parecia crescer a cada minuto. Decidida a fazer algo, foi até Dona Amélia para desabafar.— Dona Amélia, estou agoniada. Não consigo tirar o Gabriel da cabeça. Parece que algo está errado.Dona Amélia sorriu de leve, tentando tranquilizá-la.— Minha filha, talvez você só esteja cansada. Com os bebês pequenos, é natural se sentir assim.Jussara balançou a cabeça, recusando a ideia.— Não é cansaço. É diferente... É como se eu precisasse estar perto dele agora.Dona Amélia a observou por um momento e então assentiu com compreensão.— Então vá, Jussara. Eu e as babás cuidaremos dos bebês. Colocaremos os dois para dormir direitinho, pode ficar tranquila.— Tem certeza?— Absoluta. Seu coração está pedindo isso. Vai lá e fique ao lado do seu marido.Jussara sorriu agradecida, abraçou Dona Amélia rapidamente e fo
Capítulo 128Cecília já estava longe quando Jussara chegou ao estacionamento subterrâneo da empresa, estacionando o carro de qualquer jeito. Ela saiu do veículo apressada, sem nem se preocupar em trancar as portas, e entrou no elevador que levava ao andar da presidência. Seu coração batia descontroladamente, e o ar parecia faltar enquanto suas emoções oscilavam entre a raiva e a dor. Na sua mente, a imagem das fotos que recebera no celular se repetia como um pesadelo. Não conseguia reconhecer a mulher, mas sabia que o ambiente era a sala de Gabriel. "Como ele pôde fazer isso comigo?", pensava, tentando encontrar alguma lógica para o que via. Quando o elevador finalmente chegou ao andar da presidência, Jussara sentiu as pernas fraquejarem. Mesmo assim, caminhou decidida em direção à sala do marido. Cada passo parecia pesar uma tonelada. Ao alcançar a porta, parou por um momento, respirando fundo enquanto segurava a maçaneta. — É agora... — sussurrou para si mesma, tentando reunir
Capítulo 129Jussara saiu da delegacia com passos firmes, sentindo-se mais leve depois de prestar queixa. Entrou no carro e ouviu o celular tocando. Respirou fundo, colocou no viva-voz enquanto ajustava o cinto e ligava o veículo. Em seguida, começou a dirigir em direção à empresa.— Amor, onde você está? — A voz de Gabriel soava preocupada do outro lado da linha.— Estou voltando para a empresa — respondeu ela, tentando manter a calma na voz.— O que aconteceu? — insistiu ele, claramente inquieto.Jussara suspirou, mas manteve o tom tranquilo.— Não se preocupe, está tudo resolvido.— Tem certeza? Sua voz parece cansada...— Estou bem, Gabriel. Só quero chegar aí para ter certeza de que você está melhor.Ele hesitou por um momento, mas acabou concordando:— Tudo bem, eu vou te esperar.Jussara desligou o telefone e apertou o volante com mais força. Apesar de suas palavras tranquilizadoras, seu coração ainda estava acelerado com tudo o que tinha acontecido. Porém, ela sabia que precis