O dia na cafeteria foi bastante agitado, sorte que Carol levou seu irmão Vinícius para ajudar. Ele tinha por volta de vinte e cinco anos, era alto, moreno e tinha os olhos mais escuros que já vi, era muito bonito. Ele já tinha trabalhado como garçom, sabia como uma cafeteria funcionava, então não precisou de muitas orientações. Percebi que as meninas mais novas que foram comprar doces ficaram babando nele, comecei a pensar em como era gostosa essa fase de se conhecer, se apaixonar. - Patrícia, Patrícia... – ouvi Carol me chamar. - Oi? – respondi. - Nossa, você estava distante! – falou rindo. - Gostou do meu irmão? - Sim, ele é muito dedicado, por mim está contratado! - Ah! Que bom! – disse dando pulos de alegria, dei um sorriso fraco. – O que foi? - Estava olhando para Vinícius, ele é muito bonito, fez sucesso com as meninas, estava pensando em como é gostosa essa fase de conquista, em como é bom se apaixonar... – disse cada vez mais baixo. - E... – Carol me incentivou a conti
O vestido era vermelho vivo, curto, possuía duas alças finas que se cruzavam na frente e atrás, um franzido que dava realce às curvas e no decote, dando a impressão de que os meus seios eram maiores.Era um vestido realmente perfeito, que abraçava todas as curvas do meu corpo, eu me sentia linda com ele.- Uau! Você vai deixar os homens babando! – Carol exclamou com um gritou. - Será? Não é muito? – perguntei, sentindo insegurança, nunca gostei de chamar atenção de qualquer homem aquilo me deixava insegura.- Sabe que vestido vermelho mexe com o imaginário masculino, fizeram até uma pesquisa sobre isso e constataram que os homens consideram que as mulheres vestidas de vermelho estão mais interessadas em sexo. Acho até que foi por isso que atiçou tanto o seu ex – explicou, rindo.- Realmente Isso explica porque o Bruno me agarrou daquela forma – respondi, com as bochechas vermelhas. – Mas, não gostaria de chamar tanta atenção, não gosto disso – falei, encabulada.- Está perfeito! Você
Voltei de viagem renovado, esses dias longe participei de diversas reuniões, jantares, consegui desligar, até cogitei encontrar alguma mulher para esquentar minha cama, mas algo dentro de mim impediu.No escritório tudo se mantinha da mesma forma, trabalho e mais trabalho, que ocupava todo o meu tempo.No sábado acordei cedo, tomei um café rápido, conferi alguns e-mails e subi na minha academia para me exercitar.Fiquei quase duas horas lá, tentando manter minha mente e meu corpo ocupados, quando enfim terminei minha camisa estava colada ao peito de tanto suor.No banheiro, resolvi encher a banheira, entrei e depois de alguns minutos a cena minha e de Patrícia na banheira transbordando de espuma tomou meus pensamentos, acabei sorrindo do momento hilário que vivemos.Percebi que estava sorrindo, lembrando dela e tentei mudar o rumo dos pensamentos. No entanto, não consegui, logo estava recordando do depois, do sexo maravilhoso que fizemos, dos seus gemidos, da sua entrega.Claro que me
Como fiquei sozinho, resolvi levantar também, e olhar para a pista de dança à procura de alguma mulher que pudesse me atrair.De repente meus olhos pararam sobre uma mulher que rebolava de forma tímida, mas sensual, seus cabelos pretos e longos caíam em cascatas nas costas, seriam perfeitos para puxar, pensei.A bunda empinada era um espetáculo, minha mente ficou motivada e passou a imaginar se a calcinha era vermelha como o vestido, tal pensamento me deixou animado.Finalmente meu corpo estava reagindo, pensei novamente.Fixei meu olhar pronto para ver o rosto da mulher que tinha escolhido para passar a noite. Percebi que alguns homens tentaram se aproximar, mas ela os dispensava ou fingia que não via e continuava dançando com a amiga.Fiquei umas duas músicas vidrado e nada dela se virar. Resolvi agir, estufei o peito e desci confiante, afinal se tinha uma coisa na vida que eu sabia fazer era conquistar uma mulher.Andei entre as pessoas até encontrar a dama de vermelho que me atrai
No entanto, na sexta-feira, estava saindo quando passei pela sala de Sara, ela e Julie estavam comendo donuts, imediatamente vi uma caixa com o nome Doces da Patrícia.A secretária nova ficou constrangida e engoliu rapidamente o último pedaço, ao contrário, Sara para me provocar disse:- Precisa de alguma coisa? Estamos fazendo um lanche, aceita? – disse estendendo a caixa com donuts.- Não, obrigado – falei sisudo.- Estão deliciosos, sei que você gosta de donuts – ela disse e deu uma piscadinha.- Estão muito gostosos mesmo, essa nova cafeteria vai ser um sucesso – Julie falou.- Sim, ainda mais estando perto do centro da cidade – Sara deu a informação sem que eu perguntasse e sorri de canto.- Estou de saída, até amanhã. Vocês deveriam ir também já está tarde – disse indo embora.Fui até a garagem e me senti um idiota, caí como um patinho no plano da Sara, mas a curiosidade de saber onde ficava a cafeteria de Patrícia era maior do que qualquer outro sentimento.- Tomas – falei.- S
Nem nos negócios vi Carlos falando sem fazer piadinhas, mas hoje a forma como ele falou sério me acendeu uma luz amarela, afinal ele era muito inteligente e navegava fora do olho do furacão em que eu me encontrava.- O sentimento de ser traído não me abandona. Você sabe que nunca quis me envolver com nenhuma mulher e quando dei chance a uma fui traído.- Você acha que foi traído, não temos certeza – Carlos enfatizou. – Desculpa, mas seu pai não é o homem mais correto que existe, será que você pode mesmo confiar nele?- Vou pensar, agora chega dessa conversa...Fiquei por mais um tempo no bar, como estava acontecendo com frequência, tinha escolhido sem perceber aquela mesa para ser o meu refúgio, onde lavava minha alma com whisky.Não tive vontade de terminar a noite acompanhado, na saída ainda fui provocado pelo Carlos que saía de lá com uma bela ruiva enrolada no seu pescoço.- Isso é mais um sinal – disse e piscou para mim.Como estava levemente embriagado, cheguei em casa e tomei u
Os dias passavam e a conversa com Carlos ainda martelava na minha cabeça. Em uma tarde, precisei ir ao banco conversar com o gerente geral e o gerente da minha conta. Não estava satisfeito com o rendimento de alguns investimentos e pensava em retirar os valores do banco. O gerente geral imediatamente entendeu que precisava melhorar seus serviços, o que fez com que o tratamento comigo fosse diferenciado, afinal eu tinha milhões investido lá.Ao final da reunião passamos a conversar sobre assuntos mais amenos.- E seu pai Bruno, como está? – Um dos gerentes me abordou.- Está bem.- A última vez que o vi por aqui ele estava bem agitado – comentou.- Quando foi isso? – A luz amarela que Carlos acendera na minha cabeça piscou.- Não me recordo ao certo...- declarou pensativo.- Com quem ele conversou? - Cruzei os braços enquanto observava suas reações ao falar.- O encontrei por acaso, eu cuido da conta dele, mas ele queria conversar com o Augusto.
- Continue, o que você falou para ela? - Meu estômago estava revirado, mas eu conversava em absoluto modo CEO bem-sucedido.- Eu inventei, falei sobre investimento, ela não entendeu nada, mas ficou pouco tempo, disse que precisava voltar ao trabalho. - Ele passou o mesmo lenço amassado pelo rosto para limpar gotas de suor que escorriam pela sua testa.- Nunca mais a viu?- Vi sim, há poucas semanas ela veio e sacou parte do dinheiro, falou que abriria um café, ainda sinto que estou mentindo. Ela não confia mais no meu trabalho e pediu para mudar de gerente.- Patrícia já sabe que é filha de Otávio.- Quem contou? Como ela descobriu? - ele perguntou demonstrando claramente estar atônito.- Rogério - Me recostei na cadeira e passei as mãos no cabelo.- Como assim, se ele não podia contar? - ele tomou um pouco da água que estava em uma garrafinha sobre sua mesa. - Achei estranho ele ter esse documento, porque paternidade é coisa séria, a moça tem garantia po