Bruno desabafou mais um pouco, eu apenas deixei que ele falasse tudo o que tivesse vontade e caso ele quisesse guardar um pouco eu respeitaria. Quero esperar ele estar confortável o suficiente para contar tudo.
Às vezes nem precisa ser uma perda para traumatizar uma pessoa, uma negligência é o suficiente. Só espero que ele supere tudo isso e siga em frente, estarei sempre ao seu lado para ajudá-lo.Depois de tudo ele me beijou. Um beijo quente mas ao mesmo tempo gentil. Nos beijamos no carro, depois fiquei ao seu lado fazendo carinho e nem pensei para onde estávamos indo.- Chegamos – ele disse após um tempinho.- Na sua casa? Achei que iríamos jantar fora.- Você quer sair? Pensei em tomarmos um vinho em casa... — olhou-me pedindo indiretamente minha concordância. - Curti um pouquinho da gente- Não, não faço questão de sair — falei enquanto já nos dirigíamos para o elevador.- Dorme comigo hoje? - pediu manhoso- Nem trouxe minhas coisas – expliqueiHá meses venho tentando encontrar Patrícia, mesmo ela sendo minha funcionária, eu não tinha suas informações de endereço, ela não tinha carteira assinada. Por estar sempre tão perto, eu acreditei fielmente que não seria necessário esse tipo de informação. Acreditei que ela jamais pediria para ir embora, afinal ela adorava meus filhos e eu sempre fiz questão de pagar seu salário corretamente para mantê-la ligada a mim a qualquer custo.Era Patrícia a babá dos meus gêmeos Antony e Antônia. Mas eu não poderia estar mais enganado.Eu quis aquela mulher desde a primeira vez que há vi, desde que ela foi recomendada para cuidar dos meus gêmeos.Sonhei com o momento em que finalmente poderia tomar posso de tudo, aquele corpo gostoso, com aquela pele levemente bronzeada, aqueles cabelos longos e macios, aquela boca carnuda e sorriso perfeito, aqueles peitos redondos e bunda empinada. Antes que desse por mim já estava apaixonado, apaixonado não, obcecado. Eu a
Mais uma semana passou voando, acabamos dormindo todos os dias juntos, às vezes em sua casa e às vezes na minha. Mamãe reagiu melhor do que eu esperava e confesso que isso me deixou aliviada.O final de semana chegou e o tão esperado encontro com os pais de Bruno aconteceu.- Acorda minha dorminhoca, esqueci de avisar, mas hoje vamos almoçar com meus pais.- Sério? - Quase me levantei em um pulo. - Preciso me arrumar! - disse apavorada.- Calma, ainda são nove horas. Minha mãe queria fazer um jantar, mas achei que era muito formal, então a convenci de fazer um almoço, ela está ansiosa para te conhecer - me abraçou e beijou minha cabeça.- Eles sabem que eu sou sua assistente?- Não, isso é um detalhe sem importância – disse, jogando as mãos no ar. Não achava que era. Senti um frio na barriga e um incômodo, não falei mais nada porque Bruno estava bem animado.Chegamos para o almoço na bela mansão de seus pais, dentro de um condomínio de luxo. Logo que
Nesse momento fomos interrompidos pela governanta que informou que o almoço estava servido, o que me deixou mais aliviada.O almoço estava delicioso, o pai de Bruno começou a falar sobre investimento, e, embora eu tivesse conhecimento para falar sobre o assunto, me mantive calada.Após o almoço, fomos para varanda tomar um café e comer a sobremesa. Pedi licença e fui ao banheiro. Quando estava saindo, dei de cara com o pai do Bruno, ele nem disfarçou que estava me aguardando sair.- Senhor Rogério – disse erguendo a cabeça – quer falar comigo?- Essa sua pose de santinha não me engana, quando te vi na empresa sabia que isso aconteceria, uma mulher bonita trabalhando com ele nunca daria certo – falou com ar superior como se eu fosse uma aproveitadora.- Como nunca deu com o senhor? – perguntei com raiva.- Olha aqui – falou pegando no meu braço – vou repetir, não pense que me engana, conheço tipos como você, você é só mais uma atrás do nosso dinheiro. Vou revi
- Seu pai... - sentei e limpei a garganta para falar. - O seu pai, bem... ele me abordou na saída do banheiro. - Bruno se mantinha calado, mas já mostrava uma raiva crescendo em seu olhar. - Resumindo, ele falou que sou uma aproveitadora, que reviraria minha vida, e que você logo cansaria de mim – omiti a parte dele se oferecer para ficar comigo, porque era muito pesado e não conseguiria dizer em voz alta.- Desgraçado! - Ele se levantou irritado, passando as mãos nos cabelos.- Bruno, calma, não fica assim, já passou... - disse levantando também.- Passou? Olha como você ficou chateada, vou falar com ele!- Não, por favor não, na frente dele eu me fiz de durona, deixa que pense que nem te contei, por favor... - pedi praticamente me pendurando nele, o abraçando, mas ele não me abraçou, seu corpo tremia de raiva e eu tinha medo dele brigar feio com o pai.Não queria ser o motivo de mais um desentendimento entre os dois, pelo que sei eles nunca foram exatamente pró
Segunda-feira passamos na minha casa antes de ir à empresa, minha mãe fez um drama porque eu estava passando tanto tempo na casa do Bruno, mas sei que no fundo ela está feliz por mim.Estava bem animada porque Sara voltaria hoje, ia ficar uns dias com ela até fazer a transição para outro cargo. Bruno cogitou contratar uma pessoa para ajudar Sara, eu já fiquei insegura, falei que conversaria com ela.- Meus amores! - Fomos recepcionados com um abraço apertado.- Que saudades! - disse a esmagando em um abraço.- Agora vocês dois não se desgrudam e esqueceram de mim - falou fazendo drama. Desde quando ela é assim?- Jamais esqueceríamos de você - Bruno disse dando um beijo na sua testa.- Sei, você – disse apontando para Bruno - já está me traindo, vai me tirar a Patrícia - disse chateada.- Ah, quanto drama! Você deveria estar feliz que finalmente sosseguei! Não era o milagre que você sempre pediu a Deus? - Bruno perguntou rindo.- É, acho que minha cot
Minha vida mudou nas últimas semanas, namorar era muito bom, ficava me questionando porque fugi tanto tempo de compromisso. Patrícia era diferente, ela me deixava em paz, sentia-me amado e a sensação era maravilhosa. Além disso, acordar ao seu lado fazia meu dia já começar bem. Patrícia estava ficando na minha casa direto, embora sempre desse uma reclamada, sabia que ela também adorava nosso sexo matinal.Sentia que no trabalho estava menos estressado, a demanda continuava a mesma, problemas tinha para resolver todos os dias, mas tudo parecia fluir com mais tranquilidade.Estava tomando uma xícara de café, sentia-me um pouco cansado, a reunião com os estrangeiros franceses fora exaustiva. Quando estava prestes a pegar o telefone e pedir para Patrícia subir, o telefone tocou. Sara - percebi pelo ramal que era ela.- Bruno, seu pai está subindo com uma moça – Sara avisou.- Que moça? - deixei a xícara repousando sobre o pires.- Não sei – senti irritação
- Esqueci de mencionar - Marcela disse - tenho disponibilidade para acompanhá-lo em viagens caso seja necessário - fez menção em me tocar, mas dei um passo para trás.- Anotado – disse - Agora preciso ir - falei apontando para fora do elevador.Eles ficaram na recepção e eu desci no andar de Carlos, cheguei à sala dele e joguei-me na cadeira.- Cara, o que foi para você invadir minha sala assim? - questionou.- Temos uma reunião.- Temos? - ele perguntou rindo.- Sim, daquelas bem longas - disse, levantei e peguei um copo de whisky.- Pelo visto a coisa é séria - ele ergueu as sobrancelhas.- Apresentei Patrícia aos meus pais, eles não gostaram. Agora meu pai apareceu com uma nova assistente aqui - dei de ombros e tomei um gole.- E aí?- Cara a mulher... - não queria falar porque parecia desrespeito com a Patrícia.- Gostosa? – questionou rindo.- Sim, com vestido e corpo pronto para me atacar - passei as mãos pelos cabelos que a esta
O porteiro me reconheceu e abriu para mim, dei uma nota de cem dólares pedindo para não avisar que estava subindo, ele viu as rosas e aceitou.Toquei a campainha, Patrícia abriu uma pequena fresta na porta, quando me viu não me deu seu sorriso habitual, virou-se de costas e saiu rumo à cozinha. Deixei os bombons em um suporte perto da porta e fui até ela, a abracei pelas costas, e dei um cheiro no seu cabelo.- Que saudades da minha namorada, por que foi embora sem mim?- Você sumiu! - disse irritada.- Eu estava na sala do Carlos - quando falei isso senti que um pouco da sua irritação foi embora.- Olhe para mim - disse a virando e peguei as flores - trouxe para você.- São lindas – um sorriso discreto brotou dos seus lábios enquanto ela abraçava o buquê e cheirava as flores. — Como você, meu anjo...- Isso foi tão clichê – disse revirando os olhos.- Não era isso que você queria? Um romance como aqueles que você lê? Espere aí - a cortei antes dela r