Mais uma semana passou voando, acabamos dormindo todos os dias juntos, às vezes em sua casa e às vezes na minha. Mamãe reagiu melhor do que eu esperava e confesso que isso me deixou aliviada.
O final de semana chegou e o tão esperado encontro com os pais de Bruno aconteceu.- Acorda minha dorminhoca, esqueci de avisar, mas hoje vamos almoçar com meus pais.- Sério? - Quase me levantei em um pulo. - Preciso me arrumar! - disse apavorada.- Calma, ainda são nove horas. Minha mãe queria fazer um jantar, mas achei que era muito formal, então a convenci de fazer um almoço, ela está ansiosa para te conhecer - me abraçou e beijou minha cabeça.- Eles sabem que eu sou sua assistente?- Não, isso é um detalhe sem importância – disse, jogando as mãos no ar.Não achava que era. Senti um frio na barriga e um incômodo, não falei mais nada porque Bruno estava bem animado.Chegamos para o almoço na bela mansão de seus pais, dentro de um condomínio de luxo. Logo queNesse momento fomos interrompidos pela governanta que informou que o almoço estava servido, o que me deixou mais aliviada.O almoço estava delicioso, o pai de Bruno começou a falar sobre investimento, e, embora eu tivesse conhecimento para falar sobre o assunto, me mantive calada.Após o almoço, fomos para varanda tomar um café e comer a sobremesa. Pedi licença e fui ao banheiro. Quando estava saindo, dei de cara com o pai do Bruno, ele nem disfarçou que estava me aguardando sair.- Senhor Rogério – disse erguendo a cabeça – quer falar comigo?- Essa sua pose de santinha não me engana, quando te vi na empresa sabia que isso aconteceria, uma mulher bonita trabalhando com ele nunca daria certo – falou com ar superior como se eu fosse uma aproveitadora.- Como nunca deu com o senhor? – perguntei com raiva.- Olha aqui – falou pegando no meu braço – vou repetir, não pense que me engana, conheço tipos como você, você é só mais uma atrás do nosso dinheiro. Vou revi
- Seu pai... - sentei e limpei a garganta para falar. - O seu pai, bem... ele me abordou na saída do banheiro. - Bruno se mantinha calado, mas já mostrava uma raiva crescendo em seu olhar. - Resumindo, ele falou que sou uma aproveitadora, que reviraria minha vida, e que você logo cansaria de mim – omiti a parte dele se oferecer para ficar comigo, porque era muito pesado e não conseguiria dizer em voz alta.- Desgraçado! - Ele se levantou irritado, passando as mãos nos cabelos.- Bruno, calma, não fica assim, já passou... - disse levantando também.- Passou? Olha como você ficou chateada, vou falar com ele!- Não, por favor não, na frente dele eu me fiz de durona, deixa que pense que nem te contei, por favor... - pedi praticamente me pendurando nele, o abraçando, mas ele não me abraçou, seu corpo tremia de raiva e eu tinha medo dele brigar feio com o pai.Não queria ser o motivo de mais um desentendimento entre os dois, pelo que sei eles nunca foram exatamente pró
Segunda-feira passamos na minha casa antes de ir à empresa, minha mãe fez um drama porque eu estava passando tanto tempo na casa do Bruno, mas sei que no fundo ela está feliz por mim.Estava bem animada porque Sara voltaria hoje, ia ficar uns dias com ela até fazer a transição para outro cargo. Bruno cogitou contratar uma pessoa para ajudar Sara, eu já fiquei insegura, falei que conversaria com ela.- Meus amores! - Fomos recepcionados com um abraço apertado.- Que saudades! - disse a esmagando em um abraço.- Agora vocês dois não se desgrudam e esqueceram de mim - falou fazendo drama. Desde quando ela é assim?- Jamais esqueceríamos de você - Bruno disse dando um beijo na sua testa.- Sei, você – disse apontando para Bruno - já está me traindo, vai me tirar a Patrícia - disse chateada.- Ah, quanto drama! Você deveria estar feliz que finalmente sosseguei! Não era o milagre que você sempre pediu a Deus? - Bruno perguntou rindo.- É, acho que minha cot
Minha vida mudou nas últimas semanas, namorar era muito bom, ficava me questionando porque fugi tanto tempo de compromisso. Patrícia era diferente, ela me deixava em paz, sentia-me amado e a sensação era maravilhosa. Além disso, acordar ao seu lado fazia meu dia já começar bem. Patrícia estava ficando na minha casa direto, embora sempre desse uma reclamada, sabia que ela também adorava nosso sexo matinal.Sentia que no trabalho estava menos estressado, a demanda continuava a mesma, problemas tinha para resolver todos os dias, mas tudo parecia fluir com mais tranquilidade.Estava tomando uma xícara de café, sentia-me um pouco cansado, a reunião com os estrangeiros franceses fora exaustiva. Quando estava prestes a pegar o telefone e pedir para Patrícia subir, o telefone tocou. Sara - percebi pelo ramal que era ela.- Bruno, seu pai está subindo com uma moça – Sara avisou.- Que moça? - deixei a xícara repousando sobre o pires.- Não sei – senti irritação
- Esqueci de mencionar - Marcela disse - tenho disponibilidade para acompanhá-lo em viagens caso seja necessário - fez menção em me tocar, mas dei um passo para trás.- Anotado – disse - Agora preciso ir - falei apontando para fora do elevador.Eles ficaram na recepção e eu desci no andar de Carlos, cheguei à sala dele e joguei-me na cadeira.- Cara, o que foi para você invadir minha sala assim? - questionou.- Temos uma reunião.- Temos? - ele perguntou rindo.- Sim, daquelas bem longas - disse, levantei e peguei um copo de whisky.- Pelo visto a coisa é séria - ele ergueu as sobrancelhas.- Apresentei Patrícia aos meus pais, eles não gostaram. Agora meu pai apareceu com uma nova assistente aqui - dei de ombros e tomei um gole.- E aí?- Cara a mulher... - não queria falar porque parecia desrespeito com a Patrícia.- Gostosa? – questionou rindo.- Sim, com vestido e corpo pronto para me atacar - passei as mãos pelos cabelos que a esta
O porteiro me reconheceu e abriu para mim, dei uma nota de cem dólares pedindo para não avisar que estava subindo, ele viu as rosas e aceitou.Toquei a campainha, Patrícia abriu uma pequena fresta na porta, quando me viu não me deu seu sorriso habitual, virou-se de costas e saiu rumo à cozinha. Deixei os bombons em um suporte perto da porta e fui até ela, a abracei pelas costas, e dei um cheiro no seu cabelo.- Que saudades da minha namorada, por que foi embora sem mim?- Você sumiu! - disse irritada.- Eu estava na sala do Carlos - quando falei isso senti que um pouco da sua irritação foi embora.- Olhe para mim - disse a virando e peguei as flores - trouxe para você.- São lindas – um sorriso discreto brotou dos seus lábios enquanto ela abraçava o buquê e cheirava as flores. — Como você, meu anjo...- Isso foi tão clichê – disse revirando os olhos.- Não era isso que você queria? Um romance como aqueles que você lê? Espere aí - a cortei antes dela r
Depois de nos entregarmos um ao outro, ficamos deitados no chão do quarto, estava acariciando seus cabelos e Patrícia quase dormiu, até que sua barriga roncou.- Tem alguém com fome!- Sim – disse se levantando rindo e indo em direção a cozinha novamente – estava preparando uma macarronada quando você chegou – quer?- Quero! - disse rapidamente, também sentia fome.- Mas é simples Bruno, receita da minha mãe – Patrícia falou.- Hum, tenho certeza de que é muito gostoso.- É simplesmente macarrão com atum enlatado, mas claro que eu sempre dou uma incrementada - falou acendendo a boca do fogão.- Estou ansioso para provar seu macarrão, chef – disse rindo – vou te ajudar!Depois de jantarmos e comermos os bombons que trouxe de sobremesa, a convidei para dormir na minha casa, o que ela negou. Peguei meu celular e liguei para um dos meus seguranças.- Vocês estão dispensados. Amanhã venham me buscar às sete horas e tragam uma troca de roupa completa.
Pela primeira vez em meses estava indo passar uma noite das "garotas" com a Beatriz, a gente está um pouco afastada por conta da nossa demanda no trabalho. Como se estivéssemos sincronizadas as coisas na vida da minha melhor amiga, também havia melhorado bastante, ela em um novo patamar assim como na minha.Beatriz e Carlos estão melhores do que nunca, sinto até um casamento a caminho, quem sabe. Ela também acaba de ser promovida a gerente da boate em que trabalha, um dos principais motivos para fazer essa comemoração.Os rapazes foram contra principalmente Bruno, mas precisava de um tempo com ela, assim como ela comigo.Era fundamental ter esse momento.Marcamos em um restaurante singelo que sempre íamos, o intuito é relembrar um pouco os velhos tempos, era simples mas era tudo que podíamos pagar na época.Bruno disponibilizou seu motorista, claro não recusei.Beatriz deixou uma mensagem avisando que já havia chegado e que ia me esperar lá dentro do restaura