Patrícia Brandão

Quando voltamos do almoço, Bruno me ignorou até chegarmos a empresa. Ele parecia muito irritado e eu não entendi o por que, queria saber sobre minha pequena "interação" com aquele monstro. Eu fiquei indecisa se deveria contar, não somos amigos ele é meu chefe e ao que parece é bem íntimo com o Rafael, não tinha certeza se ele acreditaria em mim. De qualquer forma eu sairia como a culpada da situação, precisava lidar com julgamentos, talvez até mesmo uma demissão, então o melhor a se fazer era guardar isso para mim.

Depois de nosso embate, ele subiu para a sala dele visivelmente furioso.

Aquele almoço me deixou apreensiva e desligada das minhas funções, para minha sorte Bruno não retornou ao andar de baixo e nem solicitou minha presença em seu andar, achei que teria um ataque de fúria quando recusei falar sobre o almoço porque me olhou com raiva. A tarde toda ele me evitou, não pediu nada e nem me ligou, manteve-se enclausurado em sua sala.

Resolvi ligar para Beatriz e pedir orientação
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