Saí da casa de Patrícia rapidamente, precisava organizar tudo para nosso final de semana juntos. Eu poderia convencê-la a passar a noite comigo de novo ou simplesmente transar com ela no banco de trás do meu carro. Mas havia algo que me impedia, não sei exatamente o que, senti que não seria justo com ela, eu queria fazer diferente do jeito que fosse digno da sua pessoa, Patrícia merecia isso.O seu pedido foi como um alerta de seu romantismo. Sabia que o que ela sentia por mim não era só atração, isso me dava um certo receio, porém o que me movia era esse desejo que não me abandonava cada vez que ela chegava perto de mim ou eu pensava nela. Depois da nossa primeira vez juntos, nunca mais fui o mesmo.Disse que não iria ao bar, porém eu fui, não com a ideia de encontrar outra mulher, mas porque precisava conversar com Carlos e tomar um whisky para me acalmar.Meu melhor amigo ainda frequentava o bar mesmo estando namorando com a Beatriz, as vezes só ia beber ou me acompanhar, nunca mai
Segui seu olhar e vi Carla. Ela veio direto na minha direção, estava com uma roupa muito sexy, um vestido vermelho curto, grudado ao corpo.Vestida como quem quer dizer “quero transar”. Ia ser difícil resistir, o nível de álcool no meu sangue estava alto, e meu pau imediatamente acordou ao vê-la vestida especialmente para me provocar, ela sabia que eu adorava uma mulher de vestido vermelho.- Carlos – disse - quase pedindo que ficasse ali para me segurar.- Cara, se vira - saiu rindo.- Bruno, que surpresa – falou dando um beijo no canto da boca.- Surpresa? Você sabe que sempre venho aqui - disse passando as mãos nos meus cabelos e sentindo que já estavam bem desalinhados.- Touché! - respondeu sorrindo.- Carla, estou de saída, tenho um compromissoamanhã cedo.- No final de semana seguido de feriado? - questionou, passando a mão no meio peito.- Exato.- Eu me arrumei especialmente para você - sussurrou no meu ouvido – não imagina o que tem, ou melhor, o que não tem por baixo desse
A viagem foi tranquila e rápida. Havia uma pista de pouso próximo à casa, que era isolada de toda a ilha. O meu hotel, que era o mais próximo, ficava a dois quilômetros.Fora minha casa e o hotel, residiam na ilha somente os funcionários do resort em uma pequena vila, que eu construí com o necessário para essas pessoas terem uma vida digna.Patrícia estava deslumbrada. O lugar era muito bonito, o mar de um azul cristalino, a minha casa fora construída de frente para o mar, ela era feita toda de madeira e vidro para combinar com o local. No segundo andar tinha uma piscina com borda infinita que parecia se comunicar com o mar.- Nossa, isso é lindo demais! - exclamou, varrendo o lugar com o olhar.- É todo seu! - disse rindo. - Vem, vamos conhecer a suíte. - A puxei pela mão e ela me seguiu sorrindo, feliz como uma criança em um parque de diversões.Mostrei a ela o quarto, que possuía paredes de vidro e uma grande sacada com banheira de hidromassagem dupla, e que também dava acesso à pi
Depois de uns vinte minutos acordei, não consegui dormir muito, esse tempo foi suficiente para mim, então fui para a academia treinar. Voltei depois de uma hora e Patrícia ainda estava acordando.- Dorminhoca - disse dando-lhe um beijo.- Você sumiu...- falou fazendo biquinho.-Durmo pouco, fui treinar enquanto você descansava – expliquei enquanto retirava a camisa que estava molhada de suor.- Nossa, que disposição – falou olhando meu o peito nu.- Você não imagina quanto – disse rindo. – Levanta, coloca um biquíni, vou tomar um banho rápido e já nos encontramos, vou te levar em um lugar que gosto muito.- Onde? – perguntou pegando na minha mão.- Vamos dar uma caminhada, agora o sol está mais fraco e não vai queimar sua pele – expliquei enquanto entrávamos no quarto.- Ok, já volto – ela seguiu em direção ao closet onde suas coisas foram arrumadas.Fui tomar banho pensativo, nunca trouxera nenhuma mulher aqui, comprei como uma ideia de refúgio para fugir da rotina, talvez até meu in
Juro que tentei, tentei ser racional, tentei ser pé no chão, tentei fingir que não estava apaixonada, ou melhor, que não estava completa e perdidamente apaixonada, mas falhei miseravelmente. Na verdade, estou desde a primeira vez que o vi, as coisas aumentaram depois da nossa primeira vez juntos e tomaram proporções que nem mesmo sei o tamanho agora. Sim, Bruno percebeu e como sempre recuou. Depois dos nossos momentos juntos desde que chegamos aqui, à cabana no meio do nada em um lugar paradisíaco, com o homem dos meus sonhos, tendo me tratado com cuidado e carinho, como não me entregar completamente? Como poderia disfarçar meus sentimentos? Senti Bruno me olhar com paixão quando fazíamos amor, amor para mim pelo menos, eu não posso estar tão enganada ou posso? Ele dizia que eu era linda, perfeita, gostosa. Admito que depois de insinuar que estava apaixonada e ele pedir para não fazer isso nem comigo nem com ele, me afastei. Sentir a água fria do mar sob meus pés fez com que a rea
Troquei apenas algumas poucas palavras com mamãe e fui direto para meu quarto Joguei tudo no chão e deitei. Minha mente ainda trabalhava em grande velocidade. Pensava que podíamos nos encontrar e combinar de continuarmos juntos, ou Bruno podia se manter firme na decisão de que fomos um final de semana e nada mais. Acabei adormecendo e tendo sonhos confusos.Mal sabia que eu não receberia sequer uma resposta...Acordei cedo, perto das cinco e meia da manhã, afinal ontem, depois da viagem, desmaiei. Fiquei feliz porque tinha muitas coisas para fazer. Tomei um banho com calma, depois fui até a cozinha e preparei um café da manhã gostoso e reforçado, tentando não pensar em Bruno e na conversa que teríamos, fui fazendo tudo no automático.Escolhi uma roupa que me fazia sentir confortável, calça justa preta, camisa de seda lilás e coloquei meu sapato de salto alto, mas também confortável. Sequei os cabelos e os deixei solto, como sabia que Bruno gostava, fiz maquiagem e consegui até arrumar
Fiquei ansiosa esperando e torcendo para que ela não fosse embora, mas logo ela desligou frustrada. Como a ligação foi rápida imaginei que o telefone estivesse desligado. - Gostaria de deixar algum recado? – perguntei. - Não - ela respondeu ríspida.Nesse momento Carlos chegou, o ambiente mudou totalmente, ele era um homem alegre e bem-humorado.- Nossa, quantas mulheres bonitas! – exclamou galante.- Boa tarde, Carla – disse e deu um beijo na bochecha dela.- Boa tarde, Patrícia – veio na minha direção e fez o mesmo.Vejo que Carla fez uma careta quando ele me cumprimentou com um beijo, como se eu fosse um ser inferior e não merecesse tal cumprimento. A questão é que ela ocupa a mesma posição que eu, de assistente. Já me falaram que ela se acha a dona desse lugar só porque foi amante do Bruno.- Carlos, sabe do Bruno? — Carla questionou.- Não, por quê? Ele não está? – perguntou se dirigindo a mim.- Ainda não veio para a empresa hoje – respondi. - Que estranho, vou ligar para el
Fomos em um restaurante muito bom. Tinha música ao vivo, conversamos um pouco, desabafei, tomamos umas bebidas e quando vi estava sorrindo novamente e cantando alto, espantando a tristeza.Ela era uma ótima companhia, em nenhum momento defendeu Bruno, nem mesmo quando contei o que Carlos disse, ela reforçou que eu devia me valorizar e que logo meu coração estaria curado.Decidi que iria pedir para mudar de setor e pediria para que Sara voltasse, talvez eu até ocupasse a atual função dela, e se Bruno não aceitasse ia procurar outro emprego.Cheguei em casa mais de meia-noite, olhei meu celular e vi que tinha uma chamada perdida de Bruno perto das dez horas, ignorei totalmente e fui dormir, não queria falar com ele, minha raiva ainda borbulhava em mim como um vulcão em erupção.No outro dia acordei com uma dor de cabeça que me fez lembrar imediatamente do drink da noite passada, ri sozinha, isso nunca tinha acontecido, sair pra beber dia de semana! Tomei um café forte somente não conse