Depois disso, fiquei as próximas duas horas sem fazer nada, havia um computador que precisava de senha de acesso, a qual eu ainda não tinha. Fiquei tentanda a procurar um dos meus livros de romance online para ler, mas achei que não seria apropriado para o momento. Levei um susto quando a porta da sala de reunião abriu bruscamente, Bruno saiu de lá raivoso com Carlos no seu encalço, passou pelo corredor e entrou em seu elevador privativo, diferente daqueles que eu havia chegado. Logo todos os presentes saíram murmurando reclamações. Sara, com uma cara chateada, sentou-se na cadeira ao meu lado. - Reunião difícil? - questionei - Sim. Bruno está irredutível e os velhos também – respondeu sorrindo de canto.- Mas vamos lá, como você percebeu, seu trabalho é simples, ficará na recepção assim como ontem. Preciso de auxílio para algumas coisas como fotocópias, ligações, mandar e-mails, eventualmente deixarei redigir alguns contatos para se habituar a rotina. Tudo bem? - Sim! - Sei que
- Espero que tenha acordado mais calmo hoje - Saio dos meus devaneios assim que ouço a voz de Carlos. Ele entra na minha sala se sentando em frente a minha mesa. - Bem, por enquanto é tudo que posso fazer - Falo ainda irritado - Você sabe que eles não vão me fazer desistir Minha reunião foi um fracasso, os acionistas estão empenhados em não facilitar para mim, esse fato me deixa irritado mas o que me deixa pensativo é outro motivo. A assistente! Continuo calado por mais alguns minutos, ponderando a situação, Carlos fala novamente: - Cara, há algo de errado com você, está pensativo demais e pior não está falando ou resmungando - Ele para por um momento avaliando minha reação - Isso é no mínimo estranho. Carlos espera por uma resposta me olhando de forma incisiva, mas não posso explicar algo nem mesmo eu entendo. - Está tudo, só preciso sair, beber e transar a noite toda É tudo que digo, pois ainda não sei dizer o que realmente está acontecendo, estou intrigado com algo, mais n
Duas semanas depois. Estava bem adaptada a minha rotina de trabalho na Invertcorp. Nos primeiros dias tive um pouco de dificuldade, sem a Sara ao meu lado para orientar, em compensação Carlos auxiliou da melhor forma, apesar de está dividindo seu tempo entre dois cargos de grande importância na empresa, ele me ajudou muito e teve muita paciência. Logo consegui aprender a mexer em todos os sistemas. Sara acompanhou tudo de longe, vez ou outra me dando dicas, ela cumpriu sua palavra e conseguiu que eu saísse da vaga de recepcionista para assistente júnior, como se fosse uma secretária, mas com um pouco mais de responsabilidade, já que iria trabalhar diretamente com o chefe. Continuava na minha mesa em frente aos elevadores e tinha que recepcionar quem chegasse, mas meu trabalho era mais dinâmico e quando via, o tempo já tinha passado. Bruno ainda não voltou de viagem então não o vi desde aqueles dois dias na empresa. É meio estranho um CEO passar tanto tempo fora de sua empresa, m
Passam-se mais algumas horas, meu trabalho continua tranquilo, vez ou outra uma ligação, algum recado ou encomenda, mas se limita apenas isso. Já terminei o que Carlos pediu para ser feito está tudo em ordem e organizado na sala do chefe, me adiantei pois não queria estressá-lo logo no nosso primeiro contato. Não resisto a vontade de pegar um livro na minha bolsa, começo a ler para espantar o tédio. Nos últimos dias o trabalho tem sido mais fácil, acredito que seja a prática excessiva, cometo menos erros e trabalho mais rápido, sem o chefe na empresa o trabalho é reduzido em quase 60%. Hoje terminei consideravelmente mais cedo se comparado com os outros dias, por esse motivo estou lendo no horário de expediente, Carlos ainda está me poupando de muitos serviços, segundo ele não quer me sobrecarregar. Ainda não o vi desde a hora que chegou, ele passou por aqui de forma rápida para me guiar sobre o que seria feito hoje, disse que Bruno chegaria em algumas horas e queria tudo pronto,
Observo à minha frente a linda mulher sentada, olhando cada detalhe do seu corpo de forma minuciosa e a vejo estremecer sob meu olhar, fico satisfeito ao saber que sou o motivo dessa reação, saber que tenho algum efeito sobre ela está me deixando louco. Me sinto a porra de um pervertido olhando ela desse jeito, mas caralho ela é muito linda. Aquela sua pequena tentativa de parecer calma me atiçou ainda mais, ver suas pernas expostas me acendeu uma chama por dentro. "O que está acontecendo comigo?" Patrícia está com a boca entreaberta como se esperasse pelo meu toque, minha vontade é agarrá-la e fazer minha agora mesmo, mas não posso me precipitar e acabar assustando a garota. Apesar do desejo claro que estampa seu rosto, sei que não posso me precipitar. No momento, o melhor que posso fazer é esconder minha ereção que insiste em aumentar, embora esteja louco de vontade de mostrar o quanto estou excitado só em vê-la. - Precisamos conversar sobre sua promoção e seu trabalho além da
Entro no elevador ainda em choque " O que diabos aconteceu?". Bem, meu chefe claramente estava me seduzindo, pior disso tudo é que eu claramente gostei, eu não, meu corpo ou será que foi os dois? Ainda não sei. Todas as sensações que aquele homem me causou com um simples olhar, eu nem mesmo sabia que era possível. "Por que ele traz tantas sensações estranhas ao meu corpo?" Pergunto-me enquanto saio do elevador, dando de cara com uma Sara sorridente. Abro meu melhor sorriso tenso, mas tenho certeza que ela percebeu que não era verdadeiro. - A julgar pela sua cara, algo saiu muito errado - Disse em quanto o sorriso desaparecia aos poucos - O que aconteceu? - Nada - É tudo que consigo dizer - Como nada Patrícia? Você está estranha e vermelha como um tomate. Vocês discutiram? - Fico em silêncio ponderando minhas próximas palavras. Gosto da Sara mas ainda não entendo a verdadeira extensão do relacionamento entre ela e o Bruno, os dois parecem íntimos, talvez uma confissão me traga sé
Chego em casa e vou logo para o banho, estou exausta, dia tranquilo nem sempre é sinônimo de calmaria. Minha exaustão física e mental é tangível, ainda bem que já é final de semana. Termino o banho e coloco uma roupa confortável, uma combinação de um short e uma camiseta macia de algodão branco com ursinhos cor de rosa, muito infantil eu sei, mas bem confortável. Não sou das mais vaidosas e como estou em casa não ligo para estética.Vou para a cozinha procurar algo para comer, não tenho fome, mas como diz mamãe "saco vazio não para em pé" preciso me alimentar.- Oi filha! - Mamãe fala enquanto entra na cozinha- Oi mamãe - Dona Marly vem ao meu lado me dando um beijo na testa em seguida - Chegou mais tarde que o costume hoje- Temos um novo chefe, tivemos que ficar até tarde para organizar tudo para sua visita amanhã - Justifica- Quem é ele?- Ainda não sei, filha. Não nos disseram o nome - ela bufa - Será anunciado amanhã - Só espero que ele seja melhor que o antigo, aquele homem n
Acordei com o barulho de chuva, ela caía forte do lado de fora, e eu achava o dia perfeito para aproveitar meu final de semana, estourar um balde de pipoca, me esconder sobre os cobertores e assistir a um bom filme, minha melhor amiga faria isso comigo, era o que eu esperava.Há semanas não conseguia aproveitar sequer alguma horinha de folga com a Beatriz, sempre na correria do trabalho, com ela também não era diferente, apesar de só trabalhar a noite, ela sempre passa o dia inteiro na boate.Depois que iniciei meu novo trabalho, ainda não tínhamos passado um tempo juntas, ela dormiu aqui em casa ontem e vai passar o dia hoje, depois da minha descarga de emoções na noite anterior ela disse que ficaria mais tempo para não me deixar sozinha, já que a mamãe trabalha aos sábados.Sim, minha amiga me trata como se fosse minha mãe sempre arrumando uma forma de passar tempo comigo e me apoiar. Beatriz sabe que o trabalho não tem sido fácil, a adaptação e tudo mais , mas não estou reclamando,