Rodrigo
— Sim, sou o pai do filho da Luana — digo sem deixar que ela termine seu pensamento.
— Então, você deve ser o motivo da pressão dela ter subido. Doutor Benício eu te falei que ela não pode ter grandes emoções e sinto que essa visita pode prejudicar seu estado.
— Me desculpe, doutora, mas eu vim até aqui para conversar com minha mulher e eu não sabia dos riscos que ela corria, doutor Benício acaba de me colocar a par de tudo o que aconteceu com ela e com nosso bebê.
— Doutora, eu autorizei a entrada do Rodrigo, sei que ela não pode passar por fortes emoções, mas será mais difícil se não tiver alguém do seu convívio com ela. — Benício está sério e seus argumentos são fortes. — Quero que se coloque no lugar dela som
RodrigoEntro no quarto em silêncio, mal consigo respirar de emoção, Luana está dormindo, tem uma das mãos sobre o ventre de uma forma protetora, meus olhos se enchem de lágrimas ao ver essa cena, com cuidado para não a acordar, coloco a flor próxima a sua cabeceira e coloco uma cadeira próxima a cama.— Oi, meu bebê. Tudo bem com você? — falo depositando devagar um beijo em sua barriga, ela se mexe um pouco e acaricia a parte da barriga onde eu beijei. — Queria que esse nosso primeiro encontro fosse diferente, vou me apresentar para você. Meu nome é Rodrigo e sou seu papai. — Engulo seco enquanto lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto — E eu já te amo muito viu, nunca duvide do meu amor, e o papai também ama muito a mamãe, mas ela está muito triste comigo, na verdade eu fiz uma gran
Rodrigo— Me diz alguma coisa, além de UAU!— Bem, estou feliz com toda essa mudança, mas...— Princesa, sei que sou o único culpado por tudo o que nos aconteceu. Sempre tive tudo na mão, sou um filho da mãe mimado e inseguro, estou fazendo tudo isso em primeiro lugar por mim, em segundo lugar pela minha família e em terceiro por nós e em nenhum momento, está ouvindo Luana, em nenhum momento eu voltei aqui por causa da sua gravidez, foi por você, por mim, por nós... essa criança só vai nos unir ainda mais, mas vou precisar cumprir algumas coisas para voltar inteiro para você.— Não estou entendendo, Rodrigo. — Luana me olha surpresa e espero não estar dando um tiro em meu próprio pé. — Eu já te perdoei, vai dar tudo certo agora.— Não vai, Luana. Não se e
RodrigoEstou muito feliz por ela ter me ouvido, não consigo descrever a emoção de ver que a barriga da minha pequena, já não está mais tão plana e uma pequena bolinha já começa a aparecer.Esse tempo que não nos vimos, foi para mim um período que procurei amadurecer mais.Sempre fui muito mimado e tive tudo ao meu alcance, nunca precisei lutar por nada, tudo o que queria e desejava sempre caía em meus braços, nem pela minha carreira tive que lutar já que meu sobrenome abriu muitas portas, claro que tive que lutar para permanecer onde estou, mas a minha maior luta será mostrar para a Lu o quanto a amo e que esse amor é eterno, o maior prêmio que poderia ganhar já está crescendo em seu ventre. Nosso filho, o fruto do nosso amor.Depois que saí do quarto, ando pelo hospital a procura de Ben&iacu
RodrigoLevanto e me arrumo, com certeza Benício já deve estar me esperando para jantarmos, assim que saio do quarto vejo que assim como imaginava, ele está me esperando na sala.— Pensei que iria acordar somente amanhã — ele diz assim que me vê.— Podia ter ido me chamar.— Relaxa. Acabei de me arrumar também, na verdade aproveitei para descansar um pouco, fiz um plantão de vinte e quatro horas e realmente precisava de descansar pelo menos um pouco.— Não sei como vocês aguentam pegar plantões tão longos assim.— Faz parte, logo nos acostumamos e não há nada mais gratificante do que conseguir salvar uma vida. Onde você quer ir comer? Tem alguma preferência?— Não, vou deixar por sua conta.— Vou te levar para comer uma comida tipicamente espanhola
RodrigoSeguimos em silêncio para o hospital. Confesso que estou nervoso, minhas mãos estão frias e molhadas, estamos quase chegando quando avisto a floricultura que comprei o arranjo ontem.— Benício, pare aqui um pouco, por favor — falo apontando para a floricultura, assim que ele para vou até lá e diferente de ontem hoje compro uma única rosa da cor vermelha. Volto rápido para o carro, não demora muito estamos estacionando no hospital.Tento manter a calma, mas definitivamente ansiedade é meu sobrenome no momento, sei que faço tratamento para controlar, mas me manter calmo sabendo que estou a poucos metros da minha pequena e que vou conhecer meu bebê, é uma tarefa quase que impossível.Vou acompanhado de Benício até ao quarto de Luana, percebo que ele também parece um pouco agitado e tenho certeza qu
LuanaOuvir o coraçãozinho do meu bebê batendo pela primeira vez foi maravilhoso, ver a fisionomia do Rodrigo quando ouvimos o coração bater foi indescritível, nunca o vi tão emocionado como naquele momento e para que nossa felicidade ficar mais completa, nosso bebê resolveu nos mostrar seu sexo. Minha intuição materna já desconfiava que seria menino, mas ter essa confirmação só faz com que a nossa felicidade seja mais completa, e tenho certeza que esse menino vai ser o melhor companheiro do pai.Estou sentada no quarto do hospital enquanto Rodrigo guarda todas as minhas coisas, mesmo a doutora Valquíria deixando claro que não corro mais nenhum risco, ele não me deixa organizar nada.— Rô, deixa que eu arrumo isso — falo começando a organizar meus livros e colocando dentro de uma pequena mala com rodinhas.Os livros
Luana— Você começa. O que quer me perguntar?— Primeiro quero saber o que está acontecendo com você. — Ele olha dentro dos meus olhos e respira fundo.— Bem, vou começar desde o início. Sei que tenho que pedir perdão de como te tratei naquele dia, você não merecia ter ouvido aquilo, principalmente de mim. Aquele dia fui do céu ao inferno, deixei o ciúme e a insegurança tomar conta de mim e nem sequer te dei o benefício da dúvida, sei que errei e agi sem pensar. Quando descobri toda a verdade, no dia que saí do hospital ouvi uma ligação sua com minha mãe e foi naquele momento que descobri que tinha colocado tudo a perder com você, preferia ter morrido naquele acidente, minha irmã e o Beto mal falavam comigo. Eles são os únicos que sabem da verdade, se meus pais soubessem como te tratei aquel
LuanaNessa hora ouço um barulho no corredor e logo a porta se abre, Carol e Benício entram conversando e rindo, mas logo ficam sérios quando nos vê.— Luana você está chorando — Carol diz ao se aproximar — o que você fez agora, Rodrigo? — Não aguentamos e começamos a gargalhar, eles olham para nós sem entender nada.— Ele me comprou uma torta de pêssego e... — digo entre risadas e choros —... disse que se eu quiser ele traz Martinha para cá.— Quem é Martinha? — Carol pergunta curiosa.— A cozinheira da mamãe — Rodrigo responde — ela é como se fosse nossa avó e a Lu é fascinada pela torta de pêssego da Martinha, hoje fiz uma sopa para o jantar — fala apontando em direção à mesa — e quando começamos a comer ela teve des