Luana
Ouvir o coraçãozinho do meu bebê batendo pela primeira vez foi maravilhoso, ver a fisionomia do Rodrigo quando ouvimos o coração bater foi indescritível, nunca o vi tão emocionado como naquele momento e para que nossa felicidade ficar mais completa, nosso bebê resolveu nos mostrar seu sexo. Minha intuição materna já desconfiava que seria menino, mas ter essa confirmação só faz com que a nossa felicidade seja mais completa, e tenho certeza que esse menino vai ser o melhor companheiro do pai.
Estou sentada no quarto do hospital enquanto Rodrigo guarda todas as minhas coisas, mesmo a doutora Valquíria deixando claro que não corro mais nenhum risco, ele não me deixa organizar nada.
— Rô, deixa que eu arrumo isso — falo começando a organizar meus livros e colocando dentro de uma pequena mala com rodinhas.
Os livros
Luana— Você começa. O que quer me perguntar?— Primeiro quero saber o que está acontecendo com você. — Ele olha dentro dos meus olhos e respira fundo.— Bem, vou começar desde o início. Sei que tenho que pedir perdão de como te tratei naquele dia, você não merecia ter ouvido aquilo, principalmente de mim. Aquele dia fui do céu ao inferno, deixei o ciúme e a insegurança tomar conta de mim e nem sequer te dei o benefício da dúvida, sei que errei e agi sem pensar. Quando descobri toda a verdade, no dia que saí do hospital ouvi uma ligação sua com minha mãe e foi naquele momento que descobri que tinha colocado tudo a perder com você, preferia ter morrido naquele acidente, minha irmã e o Beto mal falavam comigo. Eles são os únicos que sabem da verdade, se meus pais soubessem como te tratei aquel
LuanaNessa hora ouço um barulho no corredor e logo a porta se abre, Carol e Benício entram conversando e rindo, mas logo ficam sérios quando nos vê.— Luana você está chorando — Carol diz ao se aproximar — o que você fez agora, Rodrigo? — Não aguentamos e começamos a gargalhar, eles olham para nós sem entender nada.— Ele me comprou uma torta de pêssego e... — digo entre risadas e choros —... disse que se eu quiser ele traz Martinha para cá.— Quem é Martinha? — Carol pergunta curiosa.— A cozinheira da mamãe — Rodrigo responde — ela é como se fosse nossa avó e a Lu é fascinada pela torta de pêssego da Martinha, hoje fiz uma sopa para o jantar — fala apontando em direção à mesa — e quando começamos a comer ela teve des
LuanaAproveito que estou sozinha para relaxar, sento no sofá confortavelmente e me distraio na frente da TV.Acordo com a campainha tocando, vejo que adormeci por mais uma hora abro a porta e me deparo com um lindo buque de rosas, agora brancas e logo atrás dela o amor da minha vida.— Boa noite amor, estava descansando? — ele pergunta entrando.— Sim, nunca senti tanto sono em toda minha vida — ele me estende o buquê. — São lindas, obrigado.— Não mais que você. E como está meu garotão? — ele diz se abaixando e conversando com minha barriga. — Espero que não tenha dado trabalho para a mamãe. — Deposita um beijo nela, levanta-se e dá um beijo em minha testa.— Vou me trocar, não demoro. — Antes de me trocar, pego um vaso e coloco minhas flores, já havia separado uma roupa e logo fico pron
RodrigoCada dia que passa estou mais apaixonado e realizado ao lado dos meus dois amores, nossa convivência não está sendo fácil, mas tenho consciência que na maioria das vezes a culpa é minha, já que não a deixo sair sozinha, sou seu motorista particular, a tenho acompanhado nas consultas médicas, shopping, hospital e qualquer outro lugar que ela queira ir.Estou tentando fazer tudo certo e dando o espaço suficiente para Luana, já que ela não está aqui a passeio, queria que ela desse o máximo possível em seu curso e isso a tem deixado um pouco estressada.Quando liguei para minha família e contei sobre a chegada do meu herdeiro, Luana ficou sem falar comigo por quase uma semana, só voltou a falar comigo, quando Martinha chegou.Foi por querer ter Martinha aqui para fazer suas famosas tortas de pêssego, que fui obrigado a contar tudo
LuanaA porta se abre e uma luz ilumina meu bonitão, que está lindo de terno, ele segura uma rosa azul na mão e ainda cantando, caminha lentamente até onde estou, Carol já não está mais ao meu lado, agora somos somente nós dois, ou melhor, nós três.Foi assim, como ver o marA primeira vezQue meus olhosSe viram no seu olharNão tive a intençãoDe me apaixonarMera distração e já eraMomento de se gostarQuando eu dei por mimNem tentei fugirDo visgo que me prendeuDentro do seu olharQuando eu mergulheiNo azul do marSabia que era amorE vinha pra ficarDaria pra pintar todo azul do céuDava pra encherO universo da vidaQue eu quis pra mim
RodrigoTer Luana desmaiada em meus braços não fazia parte dos planos, me desespero e não sei como agir.— Rodrigo, solta ela um pouco. — É a voz da doutora Valquíria. — Ela precisa de espaço para respirar e eu de espaço para examiná-la enquanto a ambulância não chega.— Não, ela precisa de mim.— Filho, por favor, deixa a médica trabalhar. — Ainda estou com Luana em meus braços, ela respira com dificuldade — Dá um pouco de espaço. — Meu pai coloca a mão em meu ombro e contra a minha vontade me afasto um pouco, deitando-a no chão.Todos os convidados estão próximos a nós, sento no chão coloco as mãos em meu rosto não conseguindo controlar as emoções e choro feito criança.— Vai dar tudo certo, cara!
LuanaSou transferida rapidamente para o centro cirúrgico, Rodrigo está assustado com a quantidade de pessoas na equipe, e sei que isso é um pequeno exagero por parte de Carol e Benício.Depois de alguns minutos de esforço e com uma dor suportável, ouço um barulho mais lindo de todos: o choro do meu bebê. Rodrigo que até então está ao meu lado segurando a minha mão, vai em direção a Valquíria que está com meu filho nos braços.— Olha quem está aqui, Tavinho — ela diz entregando meu bebê para o ele. — Papai veio te conhecer...— Olá, meu amor! Eu sou seu papai, lembra como conversávamos quando você ainda estava na barriga da mamãe? — É lindo ver meu marido com nosso filho nos braços, o engraçado foi que Otávio assim que foi passado para o colo
Cinco anos depois...Rodrigo— Mas papai... oxê plometeu para eu que vamu blincar de bola hoje? — Tavinho fala fazendo bico.— Eu sei, garotão, mas primeiro precisamos pegar a mamãe no hospital antes de irmos para o parque — explico enquanto prendo o cinto de segurança na cadeirinha, faz uma semana que combinamos que ir ao parque jogar bola e Tavinho não vê a hora de poder brincar.— A imãzinha vai blincar com eu tumem? — Desde que descobrimos a gravidez e conversamos com ele sobre a irmã ou irmão que ele poderá ganhar, ele pergunta todos os dias se já chegou o dia que eles poderão brincar juntos.— Ainda vai demorar um pouquinho para sua irmãzinha chegar meu amor... — ligo o DVD para ele se distrair e no mesmo minuto ele se esquece da irmã. Lu fez