— Anabella olhe para mim – Mônica pediu ao chegar perto de sua amiga que ainda mantinha a cabeça baixa.
— Diogo, eu.. Eu – a jovem não conseguia falarCastro conteve sua raiva, sentia-se culpada por não ter ficado atenta em sua amiga. Pegou pela cintura de Bella e a tirou da boate, foram para o carro e depois de colocar a jovem no banco, abriu o portas luvas tirando dele seu celular e o distintivo.
— Eu quero que você tranque esse carro quando eu sair e só destranque quando eu voltar e der três batidas seguidas de uma pausa, entendeu? - perguntou a jovem que chorava silenciosamente, parecia estar em transe. — Bella?— Entendi – disse baixo.— Eu estou aqui, você está segura agora! Eu não demoro, prometo. Depois que ouviu o carro ser trancado foi em direção aos seguranças que ficavam na frente da boate com uma cópia das listas de entrada, e ao mostrar seu distintivo se cumprimentaram com um aperto de mão se apresentaCamille retribuiu ao abraço da sua menina calorosamente, porém sentindo seu coração doer. Bella, era só uma jovem indefesa e já estava sofrendo.- Como veio parar aqui?- Mônica me ligou e pediu para ficar com você amor- Mas como ela fez isso? - a jovem estava desconfiada.- Restaurante menina, restaurante. - A gerente sentia seu estômago embrulhar toda vez que contava uma mentira.- Fiquei feliz por você estar aqui, gosto da sua presença, me faz sentir segura. -
Como prometido, Camille voltou para ficar com Bella. Mônica havia colocado uma televisão em seu quarto na mesma semana que sua amiga se mudou. Então a jovem estava abraçada à gerente, sua cabeça sobre o peito e as mãos entrelaçadas com a de Camille que fazia carinhos com o polegar no dorso. Estavam vendo um filme de época que no final o homem apaixonado pela sua esposa morria de câncer, sua mulher meses depois não aguentando a perda entrou em depressão e veio a falecer pela falta de equilíbrio emocional.- Mais que final é esse? Impossível, eles não poderiam ter morrido depois de enfrentarem tudo para ficarem juntos, e a guerra, a família? Não era pra ter morrido - Camille falou indignada quando o créditos do filme subiu.- Amor é só um f
Para Camille foi uma eternidade ter Bella em seus braços enquanto a ambulância não chegava, sentia dificuldade para respirar por causa do choro que não cessava. Ao seu redor pessoas curiosas olhavam com pena e tristeza.O corpo da jovem foi retirado do seu colo inconsciente, na maca os primeiros socorros estavam sendo feitos.— Senhora você a conhece? Viu o acidente? - perguntava o paramédico. — Senhora?— Sim. Ela estava comigo— Consegue nos dizer o que aconteceu? - perguntou o homem entubando a jovem dentro da ambulância.
- Oi minha menina, como você está? Eu baixei músicas novas dos anos 90 para ouvirmos quando ninguém mais ficar entrando aqui. - Camille falava com seus dedos entrelaçados ao de Bella.... O restaurante até que está sendo bem direcionado pela Marina, ela não é tão rígida quanto eu e tenho certeza que os funcionários estão amando isso. Eu trouxe um livro novo para você, não sei se irá gostar, mas a história é interessante conta sobre uma menina que nasceu com espinhos sendo eles venenosos, ela não podia ser tocada e nem tocar ninguém, o que causou uma grande tristeza em seu ser. Ela tinha somente o amor de seu pai, sua mãe morreu quando deu a ela a chance de viver, os espinhos a mataram. - Silêncio.... É talvez você n
Pesado! É assim que sinto meu corpo.Estranha! É assim que me sinto por inteira.Sinto uma pressão nas mãos e ao mesmo tempo carícias, uma voz familiar começa a falar, eu conheço. Eu quero abrir meus olhos, quero ver, mas não consigo.... Menina me perdoe por não ter vindo dormir com você, Mônica me prensou na parede e disse que eu tinha que descansar pelo menos uma vez em casa do que nesta poltrona dura que estou. Acredita que ela me ameaçou? Fiquei incrédula. Bella acordou de madrugada sentindo dor e com dificuldade para respirar direito, diferente de mais cedo conseguiu abrir seus olhos. Olhou para o lado e viu Camille dormindo desajeitada na poltrona com uma coberta até a barriga onde repousava um livro, mas a jovem não conseguiu ler. Sua dor estava insuportável e não queria acordar a mulher ao seu lado,mas quando gemeu com a dor aguda que sentiu a gerente despertou.— Menina, o que foi?— Chama um médico por favor – sua voz estava voltando ao normal.A gerente fez o que Bella pediu e minutos depois o médico entrou no quarto, ela já não conseguia falar pela falta de ar os enfermeiros se adiantaram em levá-la para outra sala deixan~21~
Daqui desse momentoDo meu olhar pra foraO mundo é só miragemA sombra do futuroA sobra do passadoAssombram a paisagem...Quem vai virar o jogoE transformar a perdaEm nossa recompensa
Camille estava na casa de Mônica para ajuda-lá com algumas coisas que a jovem não podia fazer, pois tinha uma tala no braço impedindo de movimentos bruscos. Fazia dois dias que elas não iam ao hospital para ver Anabella, Mônica pediu para que sua mãe ficasse com ela de companhia. Como a mulher morava longe e levava uma hora para chegar no centro do Rio de Janeiro, passou a dormir no apartamento da filha quando voltava do hospital. Com o discurso de sempre que ouvia de Bella, não precisava, posso ficar sozinha.- Voce vai lá hoje? - Camille perguntou servindo café para a sobrinha e logo colocando café para si mesma.- Vou! Já foi dias demais para se pensar, e creio que mamãe não disse nada sobre a gente se ela não perguntou. - E você