■ Capítulo 51 ■
Em pensar que em apenas dois dias aqui já me sinto tão relaxada, minha casa, sem muitas pessoas andando pra lá e pra cá, sei onde fica cada coisa e não preciso me preocupar em me vestir bem para andar por aí. Se bem que não estou completamente sozinha aqui, Christopher, Lorenzo e Julia estão aqui.Sei que Lorenzo mantém seus guardas por perto pata proteger a casa e a estrada também, porque mesmo que assassinos tentem chegar aqui vão ter que tomar a rodovia que é a única forma que há de chegar aqui, então Lorenzo armou um super plano para proteger todos nós.–E então o que temos pro jantar de hoje? -olho para cima vendo o olhar curioso de Christopher sobre mim.–Torta de carne, macarronada ao molho branco e um bom vinho para os adultos. -já tem quatro dias que chegamos e em todos os dias em cozinhei o almoço é jantar enquanto o café ficava a cargo deles três o que achei um tremendo desastre já que Lorenzo só sabe frutar ovos, Christopher mal■ Capítulo 52 ■- Christopher Hutton -Não consigo me controlar mais, eu quero essa mulher. Venho pensando nisso desde o dia no tribunal quando a carreguei em meus braços pelos corredores cheios de pessoas nos olhando, eu quero ela tanto que chega a ser incômodo e isso me assusta um pouco.Em pensar que um ano atrás eu estava desistindo de tudo, até mesmo pensei em me matar por já não aguentar estar nesse mundo sem ter Paola e Julia comigo, agora olha pra mim agindo como um adolescente apaixonado que nem mesmo consegue se confessar pra pessoa que gosta.Coloco a travessa de macarrão sob a mesa enquanto dou um sorriso, pensando bem faz tanto tempo que não me sinto tão relaxado e alegre, não me sentia assim enquanto estava casado com Isa e na verdade eu não ligava estava imerso em minha dor que apenas seguia o que dava pra fazer.Suspiro passando a mão pelos cabelos para afastar os pensamentos sobre o meu péssimo segundo casamento, olho o relógio p
■ Capítulo 53 ■Abro meus olhos sentindo o corpo um pouco dolorido, olho em volta não vendo Christopher na cama nem no quarto, o relógio marca dez horas da manhã, droga Julia e Lorenzo já devem ter voltado.–Pode ficar na cama. -olho para a porta vendo Christopher vestido em um roupão branco e pantufas segurando uma bandeja que faz séculos que não uso.–Mas e Julia?-pergunto me sentando enquanto seguro o lençol para cobrir meus seios expostos.–Liguei para Lorenzo e ele resolveu ficar na cidade com Julia, ela está na cozinha do restaurante ajudando dona Maria em um bolo para a mamãe. -diz enquanto sorri se aproximando da cama com a bandeja, ele coloca a mesma no criado-mudo e senta ao meu lado.–Isso é pra mim? -pergunto apontando a bandeja bem arrumada, há torradas um xícara de café um bule pequeno que deve ter leite morno e ovos mexidos, acho que tem maçã cortada além das uvas.–Sim, não sou bom em cozinha mas ao menos posso fazer isso. -diz e s
■ Capítulo 54 ■- Christopher Hutton -Não sei o que fazer, pela primeira vez desde que comecei a me entregar nesse relacionamento eu não sei o que fazer. Tudo estava indo tão bem que me esqueci dos riscos de estar nesse lugar, uma casa velha em um lugar isolado onde neva a maior parte do tempo e que não há nenhuma rota de fuga caso sejamos atacados pela entrada, há apenas neve e montanhas atrás dessa casa.–Lorenzo, alô está ouvindo? -pressiono forte o ferimento de Chloe com uma mão enquanto seguro o telefone fixo com a outra.–Ei cara, como está aí? -sua voz está relaxada o que indica que ele não está ciente do pandemônio que está aqui nesse momento.–Me escuta com atenção Lorenzo, fomos atacados, na verdade ainda estamos sob ataque. -começo falando e escuto a movimentação do outro lado da linha. –Preciso de ambulâncias com urgência porque não sei quantos trabalhadores da estufa se feriram no meio da confusão.–Estamos indo imediatamente, a
■ Capítulo 55 ■- Christopher Hutton -Eu queria ficar com Chloe todo o tempo mas por causa do incidente na estufa tive que ir até a delegacia já que ouve muito feridos e alguns tinham ferimentos a bala, claro que a polícia se envolveria. Mas estou começando a achar que essas pessoas estão brincando com a minha cara, porque já faz uma hora e meia que estou aqui e ninguém vem falar comigo.–Olá senhor Hutton, lamento fazê-lo esperar mas ocorreu um acidente grave hoje e a maioria de nossos oficiais estavam lá. -o homem gordo e calvo diz entrando na sala onde estou, apoio a mão na mesa batendo o dedo sobre a mesma analisando.–Bom, porque motivo me fizeram esperar uma hora e meia nessa sala? Nem ao menos tinham um mandado para me manter aqui mas aceitei por educação ficar aqui. -digo encarando o mesmo que parece um pouco nervoso, por lei a menos que eu seja cúmplices de algum crime ou tenha presenciado algo que vai contra a lei posso ser mantido em uma sal
■ Epílogo ■Abro os olhos e passo a mão sobre a barriga já grandinha, seis meses de gestação quase sete e nem ao menos pude montar o quartinho do bebê por falta de dinheiro e tempo, tantas consultas médicas por causa da perca de memória e mesmo assim não chegamos a lugar algum.–Você precisa comer, aqui pega. -olho para o homem magro e de face pouco marcante, não consigo acreditar que ele é meu marido e pai do meu filho mas não há como negar que isso se deve a minha falta de memória.–Obrigada. -pego o prato que ele me oferece cheio de comida, não irei comer nem metade disso mas ele parece gostar de colocar comida para mim então apenas deixo ele fazer o que quer.Desde que cheguei em casa me sinto estranha, há fotos e mais fotos pela casa, vestido de casamento e até mesmo fotos da minha família pela casa mas isso não me trás nem um pouco de familiaridade, tenho apenas menos coisas em que me sinto confortável e familiar.–Como foi no serviço hoje Juan? -
“Sua vida é sempre a mesma dia após dia. Tudo o que faz, faz da mesma maneira, dia após dia. Eu posso lhe mostrar um novo mundo, uma luz diferente. Guarde seu corpo, seu coração, entregue sua alma para a noite e venha para mim. Quando estiver sozinha, quando precisar de algo novo, venha para mim, quando estiver cansada. Porque? Porque tenho algo especial para você. Só para você.” – Os noturnos por Flávia Muniz – ▪︎ Capítulo 1 ▪︎ –Chloe, pode ir agora querida. Aqui está o dinheiro por ter cuidado da farmácia está noite. -o senhor Gomes me entrega um bolinho de dinheiro, sorrio para ele mesmo com sono e cansada. Na verdade estou bem acabada hoje foi uma noite bem movimentada por alguma razão tinham muitas pessoas pela cidade. Moro nessa cidade desde meu nascimento e nunca vi tanto movimento de pessoas de fora como vi ontem. Não que aqui seja uma cidade pequena, mas não podemos dizer que Wyoming é grande como outros lug
▪︎ Capítulo 2 ▪︎ Já é quase hora do almoço, escuto um leve barulho nas escadas, olho para cima encontrando a garotinha, seus cabelos estão bagunçados, ela passa as mãozinhas nos olhos azuis e finalmente me encara, vejo a dificuldade em descer os degraus da escada e vou ao seu encontro. Essa casa é bem velha, cheia de tábuas soltas no piso, além de insetos e coisas que podem machucá-la, ainda mais que não sei de onde ela saiu então todo cuidado é pouco para ela não se machucar. -Vem cá, eu ajudo você. -digo, vejo sua carinha de medo mas mesmo assim ela deixa que eu a pegue no colo e ande com ela até a sala. -Lembra de como chegou na beira da estrada? Vejo ela balançar a cabeça em negativa, suspiro frustrada em saber sua resposta. Ela não deve falar ou apenas não confia em mim para falar algo, talvez não se lembra de nada antes de acordar por ser pequena. O que vou fazer agora? –Está com fome? Não havia muita coisa no armário, fiz macarrão para nós duas. Gost
▪︎ Capítulo 3▪︎Gosto de chuva, mas hoje não é um dia bom para ter chuva, preciso ir até a delegacia falar com o delegado e entrar em contato com aquele homem sobre sua filha, mas com esse tempo não vou conseguir nem chegar no carro. Dei banho em Julia e o pequeno corpo dela me deixou atordoada, há várias marcas em suas costas e braços, seus pés estão machucados e cheios de calos, mas ela só tem três anos e meio.Como alguém pode fazer mau a uma criança? Praticamente um bebê. Olho sob a bancada os vidros de geleia agora frios, os pego colocando na caixa que levarei para a cidade amanhã. Julia está brincando com seus brinquedos na sala, praticamente cai um dilúvio ao lado de fora, meu coração está apertado por imaginar quanta dor essa criança passou até agora.–Tia, posso te ajudar? -escuto a voz baixa e doce de Julia perto de mim, olho para ela despertando dos meus pensamentos tristonhos e sorrio.–Oh, claro. Venha. -coloco ela sentada sob o balcã