■ Capítulo 48 ■
Eu demorei alguns dias para me acalmar, minhas memórias ainda não voltaram por isso tive que pedir que Anally e as meninas me falassem sobre o casamento e outras coisas que tinha esquecido, mas mesmo assim sinto que ainda há coisas importantes que não estou me lembrando.–Oi Bolinho, podemos conversar ou ainda esta assustada comigo? -vejo o homem grande de ombros encolhidos segurando duas sacolas enquanto me olha com cara de cachorro doente.–Pode entrar senhor Lorenzo. -digo cobrindo a boca rindo de seu jeito, ele apareceu no hospital sem saber que eu tinha perdido minhas memórias e taquei um suporte de soro em sua cabeça achando que era algum estranho.–Achei que fosse me tacar algo de novo. -ele se senta ao meu lado na cama e vejo tirar de dentro da sacola meu sorvete preferido.–Isso, está tentando me comprar com sorvete? -pergunto estreitando os olhos em sua direção, o mesmo da um sorriso sem graça dando de ombros.–Festa do s■ Capítulo 49 ■Não sei o que fazer agora que me lembrei de certas coisas, Christopher me enganou sobre gostarmos de dormir juntinhos daquele jeito e só me lembrei da verdade após dormir assim por pelo menos seis dias, cubro o rosto com as mãos ao lembrar que ainda estou em seus braços.–Bom dia Chloe. -escuto bem perto do meu ouvido e sinto seu calor em meu corpo, esse idiota me fez dormir com ele quase desde que voltei do hospital e isso é tão constrangedor.–Bom dia senhor Hutton. -digo baixo e escuro seu riso, escuto a movimentação no corredor mas não quero me levantar primeiro agora que me lembrei de alguns fragmentos de memórias.–Não vai se levantar? -dessa vez sinto seu alto quente em meu pescoço e levo a mão ao local sentindo meu corpo arrepiar todo.–Estou com um pouco de preguiça hoje. -dou a melhor desculpa que posso para esconder minha vergonha dele.–Se é assim vamos dormir um pouco mais. -diz passando o braço pela minha cintura me p
■ Capítulo 50 ■O ar aqui é sempre frio mas isso não me incomoda em nada, na verdade eu até senti falta do ar frio que faz meus pulmões queimarem por uma simples corrida. Olho em volta vendo a neve cair por onde passamos, tudo está branco não importa pra que lado eu olhe e isso é incrível.–Estou de volta mamãe, papai. -digo baixinho enquanto coloco a mão na janela do carro.–Estamos quase chegando na sua casa. -a voz de Anton me faz olhar para frente, ele esta ao volante porque nem Christopher e nem Lorenzo sabiam para que lado ficava minha casa e nem iam conseguir dirigir nessa nevasca que está tendo hoje na cidade.–Como será que estão as coisas. Essa neve toda me preocupa por causa das estufas. -digo enquanto mordo o lado de dentro da bochecha apreensiva, sempre que tinham fortes nevascas assim meus pais ficavam super preocupados com os estragos que podiam causar na entrada da estufa.Apesar de ser feita para ser resistente, os ventos fortes e a ne
■ Capítulo 51 ■Em pensar que em apenas dois dias aqui já me sinto tão relaxada, minha casa, sem muitas pessoas andando pra lá e pra cá, sei onde fica cada coisa e não preciso me preocupar em me vestir bem para andar por aí. Se bem que não estou completamente sozinha aqui, Christopher, Lorenzo e Julia estão aqui.Sei que Lorenzo mantém seus guardas por perto pata proteger a casa e a estrada também, porque mesmo que assassinos tentem chegar aqui vão ter que tomar a rodovia que é a única forma que há de chegar aqui, então Lorenzo armou um super plano para proteger todos nós.–E então o que temos pro jantar de hoje? -olho para cima vendo o olhar curioso de Christopher sobre mim.–Torta de carne, macarronada ao molho branco e um bom vinho para os adultos. -já tem quatro dias que chegamos e em todos os dias em cozinhei o almoço é jantar enquanto o café ficava a cargo deles três o que achei um tremendo desastre já que Lorenzo só sabe frutar ovos, Christopher mal
■ Capítulo 52 ■- Christopher Hutton -Não consigo me controlar mais, eu quero essa mulher. Venho pensando nisso desde o dia no tribunal quando a carreguei em meus braços pelos corredores cheios de pessoas nos olhando, eu quero ela tanto que chega a ser incômodo e isso me assusta um pouco.Em pensar que um ano atrás eu estava desistindo de tudo, até mesmo pensei em me matar por já não aguentar estar nesse mundo sem ter Paola e Julia comigo, agora olha pra mim agindo como um adolescente apaixonado que nem mesmo consegue se confessar pra pessoa que gosta.Coloco a travessa de macarrão sob a mesa enquanto dou um sorriso, pensando bem faz tanto tempo que não me sinto tão relaxado e alegre, não me sentia assim enquanto estava casado com Isa e na verdade eu não ligava estava imerso em minha dor que apenas seguia o que dava pra fazer.Suspiro passando a mão pelos cabelos para afastar os pensamentos sobre o meu péssimo segundo casamento, olho o relógio p
■ Capítulo 53 ■Abro meus olhos sentindo o corpo um pouco dolorido, olho em volta não vendo Christopher na cama nem no quarto, o relógio marca dez horas da manhã, droga Julia e Lorenzo já devem ter voltado.–Pode ficar na cama. -olho para a porta vendo Christopher vestido em um roupão branco e pantufas segurando uma bandeja que faz séculos que não uso.–Mas e Julia?-pergunto me sentando enquanto seguro o lençol para cobrir meus seios expostos.–Liguei para Lorenzo e ele resolveu ficar na cidade com Julia, ela está na cozinha do restaurante ajudando dona Maria em um bolo para a mamãe. -diz enquanto sorri se aproximando da cama com a bandeja, ele coloca a mesma no criado-mudo e senta ao meu lado.–Isso é pra mim? -pergunto apontando a bandeja bem arrumada, há torradas um xícara de café um bule pequeno que deve ter leite morno e ovos mexidos, acho que tem maçã cortada além das uvas.–Sim, não sou bom em cozinha mas ao menos posso fazer isso. -diz e s
■ Capítulo 54 ■- Christopher Hutton -Não sei o que fazer, pela primeira vez desde que comecei a me entregar nesse relacionamento eu não sei o que fazer. Tudo estava indo tão bem que me esqueci dos riscos de estar nesse lugar, uma casa velha em um lugar isolado onde neva a maior parte do tempo e que não há nenhuma rota de fuga caso sejamos atacados pela entrada, há apenas neve e montanhas atrás dessa casa.–Lorenzo, alô está ouvindo? -pressiono forte o ferimento de Chloe com uma mão enquanto seguro o telefone fixo com a outra.–Ei cara, como está aí? -sua voz está relaxada o que indica que ele não está ciente do pandemônio que está aqui nesse momento.–Me escuta com atenção Lorenzo, fomos atacados, na verdade ainda estamos sob ataque. -começo falando e escuto a movimentação do outro lado da linha. –Preciso de ambulâncias com urgência porque não sei quantos trabalhadores da estufa se feriram no meio da confusão.–Estamos indo imediatamente, a
■ Capítulo 55 ■- Christopher Hutton -Eu queria ficar com Chloe todo o tempo mas por causa do incidente na estufa tive que ir até a delegacia já que ouve muito feridos e alguns tinham ferimentos a bala, claro que a polícia se envolveria. Mas estou começando a achar que essas pessoas estão brincando com a minha cara, porque já faz uma hora e meia que estou aqui e ninguém vem falar comigo.–Olá senhor Hutton, lamento fazê-lo esperar mas ocorreu um acidente grave hoje e a maioria de nossos oficiais estavam lá. -o homem gordo e calvo diz entrando na sala onde estou, apoio a mão na mesa batendo o dedo sobre a mesma analisando.–Bom, porque motivo me fizeram esperar uma hora e meia nessa sala? Nem ao menos tinham um mandado para me manter aqui mas aceitei por educação ficar aqui. -digo encarando o mesmo que parece um pouco nervoso, por lei a menos que eu seja cúmplices de algum crime ou tenha presenciado algo que vai contra a lei posso ser mantido em uma sal
■ Epílogo ■Abro os olhos e passo a mão sobre a barriga já grandinha, seis meses de gestação quase sete e nem ao menos pude montar o quartinho do bebê por falta de dinheiro e tempo, tantas consultas médicas por causa da perca de memória e mesmo assim não chegamos a lugar algum.–Você precisa comer, aqui pega. -olho para o homem magro e de face pouco marcante, não consigo acreditar que ele é meu marido e pai do meu filho mas não há como negar que isso se deve a minha falta de memória.–Obrigada. -pego o prato que ele me oferece cheio de comida, não irei comer nem metade disso mas ele parece gostar de colocar comida para mim então apenas deixo ele fazer o que quer.Desde que cheguei em casa me sinto estranha, há fotos e mais fotos pela casa, vestido de casamento e até mesmo fotos da minha família pela casa mas isso não me trás nem um pouco de familiaridade, tenho apenas menos coisas em que me sinto confortável e familiar.–Como foi no serviço hoje Juan? -