DIEGOMais um dia naquela escola de merda, desculpem a palavra feia, mas acordei em um daqueles dias ruins. Tudo está dando errado, a começar por um trabalho mega importante da escola que esqueci de fazer.Estou desesperado para falar o mínimo. Nunca esqueci de fazer meus deveres escolares, é a primeira vez que esqueço.Esqueci por puro descuido meu e também porque meus irmãos encheram o meu saco para saímos no final de semana. Acabei esquecendo do mais importante, o estudo.- Droga! - Falo chateado, pego minha mochila que estava em cima da minha cama e vou para a cozinha, pois já estava arrumado, onde encontro minha mãe, dona Alice.Ela me olha por alguns segundos, mas é o suficiente para perceber meu estresse.- O que foi dessa vez Diego? - Pergunta já indo me servir o café da manhã.- Não precisa, não vou tomar café. - Falo antes que ela comece a preparar tudo. Minha mãe me olha com o cenho franzido. - Estou indo para a escola. Esqueci de fazer um dever importante que deve ser entr
Depois desse acontecimento no refeitório, o que estava ruim ficou péssimo. Na verdade, horrível. Eu não tive paz um dia sequer daquela semana. Erick sempre achava um jeito de me encontrar seja nos corredores, banheiros ou biblioteca e fazia um dano psicológico totalmente desnecessário. O idiota fazia com que meus dias naquela escola fossem terríveis. Estava de mais, já estava a ponto de surtar e socar a cara daquele infeliz, embuste de uma figa.Parecia que encher meu saco era o seu passatempo preferido, porque nunca vi alguém no mundo todo como Erick. Posso dizer que tenho um fã. Um muito insuportável o qual eu empurraria em frente a um carro em movimento sem nem pensar duas vezes. Porém não vale a pena me sujar por tão pouco e acabar com a minha liberdade por causa dessa personificação de demônio.- Ora, ora. Está se escondendo de mim Dieguinho?Ouvi aquela voz irritante, suspirei em desgosto e fingi que não ouvi nada só para ver se ele iria embora, o que acho totalmente difícil de
Eu esperei pacientemente uma semana e meia se passar, deixei Erick pensar que não teria um troco. Que ficaria por aquilo mesmo. O deixei pensar que não faria nada. O deixei acomodado. É como diz o velho ditado: " A pressa é inimiga da perfeição." E paciência é uma virtude. Então tive que esperar para agir.Além disso, esperei até o dia do jogo na escola. A minha escola disputaria com alguma outra, que não faço questão de saber o nome, e eu aproveitei disso para humilhar Erick em público e claro fazer o time da Atlas perder, prejudicaria o time? Sem sombra de dúvidas. Me importo? Nem um pouco. A maioria do time são uns idiotas então não estou nem aí."Você comprou o que pedi, não é? Mandei mensagem para Nathy. Ela ficou responsável por comprar o maravilhoso pó de mico. Nathy colocaria o pó em todo o uniforme do egocêntrico do Erick e o resto o destino iria fazer. Quero dizer, a coceira.Eu estava ali para ver tudo de camarote e presenciar a primeira derrota do Erick e do resto do time
Aquelas cinco palavras me fizeram, em primeiro lugar, franzi o cenho em confusão, em segundo, analisar o cenário rápida e minuciosamente e ver que ele já sabia que foi eu que sabotei o uniforme dele e, em terceiro, fiz a expressão mais cínica e desentendida que consegui.- O que eu fiz? Você 'tá louco por acaso?- Não se faça de desentendido seu veadinho de merda. Eu descobri que foi você que colocou pó de mico no meu uniforme. - Erick disse com firmeza e raiva. Ele estava em pé de braços cruzados, eu ainda no chão e vários telespectadores ao redor sem fazer absolutamente nada.- O quê? Eu não fiz nada, como eu poderia está em dois lugares ao mesmo tempo? Você viu que eu estava indo em direção a quadra. Mas espera, colocaram pó de, como é mesmo? Pó de mico no seu uniforme? Que massa, já amo esse gênio. - Falei falsamente, quero dizer, nem tudo ali era mentira. Erick avançou para cima de mim, ele pegou pelo meu blazer e me puxou para perto de si ameaçadoramente. Me encolhi no primeiro
No outro dia, na escola, cheguei um pouco atrasado e entrei quase correndo na sala. O professor por pouco não entrou antes de mim, por muito pouco mesmo.- Por que essa pressa senhor Sandrinny? - O professor perguntou assim que entrou na sala, sentei em minha carteira e o encarei.- Desculpe professor, só fiquei receoso de não me deixar entrar, se você entrasse antes de mim. - Falei envergonhado.- E você está certíssimo, não tolero atrasos em minhas aulas. - Disse com o tom rígido e encolhi os ombros.- Desculpe. - Disse eu em um tom culpado.- Idiota.Ouvi alguém sussurrar nas minhas costas. De alguma forma eu sabia que aquilo era para mim. Mordi os lábios, coçei a nunca desconfortável e prestei atenção no que o professor estava explicando.Com poucos minutos de aula, entediantes devo dizer, até mesmo para mim, Filosofia era uma das aulas que me davam um tremendo sono. Mas para nossa alegria alguém bateu na porta.- Professor Ramirez, um instante do seu tempo, por favor.A voz era d
- Espera um pouco, deixa ver se entendi bem, o Erick, o fodão da escola, mudou de sala, sentou ao seu lado e vocês vão fazer um trabalho juntos? É isso mesmo? - Nathy perguntou depois que contei tudo a ela, estávamos nos falando por vídeo chamada. Revirei os olhos.- Foi isso que acabei de falar. - Disse mal humorado. Nathy riu nervosamente.- Só tenho uma coisa a dizer amigo, você está fodido, literalmente. Ele provavelmente já tem certeza que foi você que estragou o uniforme dele e os fez perder aquele jogo, acredite não vai ficar barato. - Nathy falou pensativa e aquilo me desesperou para um caramba. - Eu acredito que não, se bem que ele me questionou sobre isso de novo. - Disse pensativo e arregalei os olhos. - Nathy, será que ele já sabe? Nós estamos lascados. - Falei entrando em um leve desespero. Minha amiga negou com a cabeça.- Eu não, você estar lascado. - Falou e eu a olhei indignado.- Você também participou miserável. Estamos no mesmo barco, Titanic o nome. - Disse me jo
Era uma sexta-feira, graças aos céus, o último dia de aula daquela semana, assim que entrei na escola, literalmente, todos que estavam no corredor viraram para me olhar. Franzi o cenho e olhei para trás para ver se alguém estava atrás de mim, mas não. Por que estão todos me olhando? Abaixei a cabeça e continuei a andar.Os alunos me olhavam e cochichavam. Mas que merda 'tá rolando? Apressei o passo indo para o meu armário e quando cheguei até o meu destino, Nathy me esperava com o celular em mãos. Assim que ela me viu, desencostou do meu armário e me olhou aflita e tive que franzi o cenho em confusão e questionamento. - Diego, você 'tá legal? - Perguntou nervosa e aquilo estava me deixando desconfiado. - Tirando o fato de que a escola inteira está me olhando e cochichando, estou de boa. Por quê? - Perguntei erguendo uma sobrancelha questionador na direção dela.- Então... - Nathy sorriu sem graça e desbloqueou o celular. - Não surta, tudo bem? - Falou me deixando em alerta. - O que
Minha vida sempre foi muito calma, eu era feliz e não sabia. Não havia, antes, pessoas me enchendo o saco sobre um assunto que nem mesmo gosto de citar. Aquele final de semana foi um martírio para mim. Meu celular não teve descanso também, a todo momento chegava uma notificação do Instagram. Nesse momento estou longe daquele aparelho demoníaco, mas não tão longe assim, ele é a minha maior fonte de desgaste e o mantenho no silencioso no meu bolso. Como é final de semana fico com meus irmãos, Guilherme e Letícia.- Qual filme vamos assitir? - Meu irmão perguntou sentado ao meu lado no sofá. Sim, vamos assistir filme, sempre fazemos isso no final de semana, em parte para tirar o estresse escolar e também para passarmos um tempo juntos.- Não sei, tem algum em mente? - Pergunto olhando para Guilherme e o mesmo nega com a cabeça.- Eu tenho um, Através da minha janela. - Letícia aparece falando com o balde de pipoca nas mãos. Ela se jogou entre nosso irmão e eu, nos fazendo reclamar.- Es