- Até depois Nathiellyn. - Falei seu nome inteiro e a suas narinas dilatarem minimamente. Ela odeia o nome dela, quer fazer minha amiga esquecer qualquer assunto que seja, chame-a pelo nome completo.- É Nathy, seu bocó, só Nathy. - Reclamou me dando um tapa leve no braço.- Tchau!Entrei na sala de aula, mas não antes de ouvir outra reclamação da minha amiga:- Seu amigo péssimo.Sorri divertido com o seu drama, olhei para minha carteira e estava vazia. Menos mal, Erick ainda não chegou ainda me dar um tempo para fugir de sentar ao lado dele. Andei até uma de minhas colegas de classe, Júlia, seu nome.- Oi Júlia, você, por acaso, gostaria de trocar de lugar comigo? - Perguntei de uma forma quase suplicante, Júlia me olhou por alguns instantes e depois olhou para o seu colega ao seu lado que deu de ombros.- O Erick vai sentar lá? - Perguntou esperançosa e um sorriso tímido.- Com certeza. - Afirmei imediatamente e sorri para ela que mordeu os lábios em excitação e assentiu de forma f
- Se não respondi, obviamente, é porque não queria falar com você. - Falei em um tom ríspido e o encarei com seriedade.Erick arqueou uma sobrancelha e franziu os olhos levemente. Nossas íris ficaram conectadas por instantes, havia uma pequena guerra de quem iria ceder primeiro e claro que não seria eu.Ele suspirou pesadamente e negou com a cabeça.- Nós precisamos falar...- Não, nós não precisamos. - Falei o interrompendo ao mesmo tempo que negava bruscamente com a cabeça. - Pelo menos, não agora. - Completei.Afinal, era óbvio que precisávamos conversar sobre o que aconteceu no Sábado passado, mas estava, para mim, cedo demais. Minha mente não havia, sequer, assimilado o ocorrido ainda e falar com Erick sobre aquilo hoje e aqui não daria certo. É um assunto delicado para ser tratado em meio a tantas outras pessoas.- Então quando? - Perguntou pondo sua mão em meu antebraço o que fez puxa-lo do seu toque imediatamente.- Eu não sei, tá legal? Mas, com certeza, não será aqui e agora
Ouvi a voz de Erick, ríspida por sinal, após o mesmo sentar ao meu lado. O olhei com desinteresse e o mesmo retribuiu o olhar com irritação.- Você está ficando louco, não é?- Acha que não sei que falou com ela?- Erick, você quer parar? Estão nos olhando.- Que se fodam eles! Por que não quer falar comigo, mas sai correndo para falar com quem não tem nada a ver com isso. - Falou irritado e apontou para nós dois.Olhei ao redor e nossos colegas assistiam toda aquela cena com curiosidade. Senti minhas bochechas arderem em vergonha e ao mesmo tempo com a raiva que rapidamente me subiu a cabeça.- Eu já disse que não quero falar COM VOCÊ sobre o que aconteceu. Não hoje, e depois desse show ridículo talvez nunca mais queira. Seu mimado, filhinho de papai. Prepotente! - Disse eu com toda raiva que estava sentindo no momento.Erick me encarou como se a última parte ou talvez a frase inteira tenha o atingido e o machucado, mas aquilo não importava no momento.Logo após isso, seus olhos fora
O encarei com confusão naquele momento, seus olhos transmitiam um mar de sentimentos que me deixavam atordoado, aquelas íris castanhas brilhavam em uma ansiedade gritante, mas ao mesmo tempo me transmitia receio e angustia.Ficamos calados por alguns segundos, na verdade, eu só estava processando tudo aquilo, como assim explicar o que motivou aquele surto na sala de aula? Havia um motivo além daquele que ficou óbvio? Após a confusão momentânea, meu corpo começou a reagir a ele, seu perfume amadeirado, seu corpo tão próximo do meu, seu toque leve em minhas mãos e sua boca tão próxima da minha. Aquilo era demais, demais para mim.Respirei fundo para me conter, porque um pensamento intrusivo estava inundando minha mente neste momento, queria puxa-lo para mais perto e sentir seus lábios juntos aos meus novamente. Todos esses dias o vendo longe, por uma parcela de culpa minha, estavam sendo terríveis tenho que admitir. Porque eu o queria perto e queria sentir seu sabor novamente. Balancei
Ele não me permitiu finalizar a frase porque mais uma vez selou nossos lábios e meu corpo reagiu no mesmo instante retribuindo ao beijo. Porque eu queria aquilo, nós dois queríamos.Senti meu corpo arrepiar ao sentir sua mão em meu rosto, meu coração acelerou e meu corpo esquentou, mais uma vez, minhas entranhas gelaram minhas pernas perderam as forças, porém Erick rodeou minha cintura com mão livre e me segurou com força.Segurança, foi isso que ele me transmitiu com aquele simples ato.Que hilário, Erick, o cara que jurei que odiava, e eu aos beijos no vestiário da escola onde alguém poderia entrar a qualquer momento e nos ver daquela forma, mas não estávamos preocupados porque tudo o que importava estava acontecendo ali.Quebramos o beijo ofegantes mais uma vez e senti minhas bochechas esquentarem.- Você não faz ideia de quantas vezes quis fazer isso durante essas semanas. - Falou passando seu dedo em meus lábios, seus olhos estavam fixos no processo que seu dedo estava fazendo e
Erick continuou a dirigir e a ansiedade tomava conta de mim. Queria saber onde ele iria me levar- Vamos Erick, me fale onde estamos indo. - Pedi com os olhos de cachorrinho que caiu da mudança, Erick estava irredutível em não me falar onde iríamos, o moreno me olhou por frações de segundos e sorriu com a minha curiosidade.- Você terá que aguentar um pouquinho essa curiosidade. Já estamos quase chagando. - Falou pondo sua mão em minha coxa e deu uma leve pressionada. Suspirei levemente frustrado, odeio ficar curioso.- Por isso dizem que a curiosidade pode matar. - Resmunguei cruzando os braços e olhei pela janela. Estávamos, literalmente, no centro da cidade. Olhei os prédios altos e toda a movimentação de pessoas e automóveis.- Só mais um minuto e chegaremos, prometo. - Erick disse dando mais um aperto em minha coxa, logo após tirou a mesma para mudar a marcha do carro e dobrou para a esquerda. Paramos em frente a um prédio enorme, com os vidros espelhados de cima a baixo e o nome
Pensei por um momento, o que foi uma péssima ideia porque outro pensamento intrusivo nasceu em minha mente.- Essa é a parte em que você coloca, boa noite Cinderela, na bebida e me apaga para me matar? - Soltei sem pensar.Erick me olhou com a expressão séria e os olhos levemente cerrados. Me senti um idiota segundos depois que fiz a pergunta. Após alguns segundos de silêncio o moreno gargalhou alto e fez eu me senti mais bobo ainda. Desejei que um buraco se abrisse e me engolisse naquele mesmo momento.- Não seja bobo Diego, se eu quisesse matar você já teria feito a muito tempo. - Falou se recuperando das risadas, seu tom era brincalhão e sorri vergonhoso com sua resposta.Minhas bochechas estavam quentes, super quentes, a vergonha queimando de dentro para fora. Queria sumir, uma sensação de desconforto se alastrando em meu interior e um sentimento de me sentir bobo.Espera, eu nunca senti essas sensações depois que decidi não abaixar a cabeça para Erick nunca mais, como assim estou
DIEGOMais um dia naquela escola de merda, desculpem a palavra feia, mas acordei em um daqueles dias ruins. Tudo está dando errado, a começar por um trabalho mega importante da escola que esqueci de fazer.Estou desesperado para falar o mínimo. Nunca esqueci de fazer meus deveres escolares, é a primeira vez que esqueço.Esqueci por puro descuido meu e também porque meus irmãos encheram o meu saco para saímos no final de semana. Acabei esquecendo do mais importante, o estudo.- Droga! - Falo chateado, pego minha mochila que estava em cima da minha cama e vou para a cozinha, pois já estava arrumado, onde encontro minha mãe, dona Alice.Ela me olha por alguns segundos, mas é o suficiente para perceber meu estresse.- O que foi dessa vez Diego? - Pergunta já indo me servir o café da manhã.- Não precisa, não vou tomar café. - Falo antes que ela comece a preparar tudo. Minha mãe me olha com o cenho franzido. - Estou indo para a escola. Esqueci de fazer um dever importante que deve ser entr