Era uma sexta-feira, graças aos céus, o último dia de aula daquela semana, assim que entrei na escola, literalmente, todos que estavam no corredor viraram para me olhar. Franzi o cenho e olhei para trás para ver se alguém estava atrás de mim, mas não. Por que estão todos me olhando? Abaixei a cabeça e continuei a andar.Os alunos me olhavam e cochichavam. Mas que merda 'tá rolando? Apressei o passo indo para o meu armário e quando cheguei até o meu destino, Nathy me esperava com o celular em mãos. Assim que ela me viu, desencostou do meu armário e me olhou aflita e tive que franzi o cenho em confusão e questionamento. - Diego, você 'tá legal? - Perguntou nervosa e aquilo estava me deixando desconfiado. - Tirando o fato de que a escola inteira está me olhando e cochichando, estou de boa. Por quê? - Perguntei erguendo uma sobrancelha questionador na direção dela.- Então... - Nathy sorriu sem graça e desbloqueou o celular. - Não surta, tudo bem? - Falou me deixando em alerta. - O que
Minha vida sempre foi muito calma, eu era feliz e não sabia. Não havia, antes, pessoas me enchendo o saco sobre um assunto que nem mesmo gosto de citar. Aquele final de semana foi um martírio para mim. Meu celular não teve descanso também, a todo momento chegava uma notificação do Instagram. Nesse momento estou longe daquele aparelho demoníaco, mas não tão longe assim, ele é a minha maior fonte de desgaste e o mantenho no silencioso no meu bolso. Como é final de semana fico com meus irmãos, Guilherme e Letícia.- Qual filme vamos assitir? - Meu irmão perguntou sentado ao meu lado no sofá. Sim, vamos assistir filme, sempre fazemos isso no final de semana, em parte para tirar o estresse escolar e também para passarmos um tempo juntos.- Não sei, tem algum em mente? - Pergunto olhando para Guilherme e o mesmo nega com a cabeça.- Eu tenho um, Através da minha janela. - Letícia aparece falando com o balde de pipoca nas mãos. Ela se jogou entre nosso irmão e eu, nos fazendo reclamar.- Es
Caminhei a passos duros em direção da sala onde encontrei minha irmã sentada ao lado do meu irmão com a cara mais lavada que já vi. A encarei com seriedade.- O que foi? - Letícia perguntou se fazendo de idiota, sim idiota. Respirei fundo e encarei aquela garota que chamo de irmã. Vi de relance o Erick adentrar a sala e me olhar. - Eu só vou perguntar uma vez Letícia Sandrinny, você, por acaso, conhece o irmão do Erick? E melhor, você conhece ele intimamente? - Perguntei com a voz calma, mas com a expressão feroz. Minha irmã olhou para o Erick, o moreno coçou a nunca sem jeito e Letícia fez uma cara de indignação.- Erick seu boca grande de uma figa. - Lêh falou acusatoria e eu abri a boca desacreditado.- Foi mal Lêh. - Erick falou sem graça, nem parece aquele idiota presunçoso que estou acostumado a ver na escola. - Eu vou te matar. - Falei para minha irmã sorrindo nervoso e aquela projeto de gente ergueu a sobrancelha provocativa. - EU VOU TE MATAR GAROTA! - Gritei correndo na di
Erick e eu estávamos subindo as escadas para ir ao meu quarto, estávamos alguns centímetros separados e minha irmã do seu jeito venenoso, disse:- Juízo hein meninos, respeitem a mim e ao Guilherme aqui na sala.Fuzilei a filha da minha querida mãe com os olhos, mas a esperta não nos olhava de volta.- Relaxa Lêh, não vou foder seu irmão... ainda. - Erick falou para minha total surpresa e choque. Arregalei os olhos brevemente, o olhei com seriedade e dei um soco no seu braço fazendo transformar seu sorriso sacana em uma bela careta. - Au!! - Exclamou.- Como se eu fosse, algum dia, dar para você. - Falei com convicção e Erick arqueou as sobrancelhas e um brilho perigoso tomou conta dos seus olhos.- Diego, não cospe para cima que cai na sua cara. - Meu irmão falou me olhando e tive que negar com a cabeça.- Até você moleque? - Perguntei indignado e Guilherme deu de ombros.- Uma coisa é certa, nunca duvide de nada. - Disse simplista e bufei. Para quê inimigos, não é mesmo?Erick sorri
Eu estava no meu quarto, deitado na minha cama, até aí tudo normal, porém havia algo totalmente fora do comum. As luzes do meu quarto estavam em uma coloração vermelha e uma música, digamos que, erótica tocava no fundo. Muito bem, aquela música era muito explícita por assim dizer. Franzi o cenho, olhei ao redor e me assustei ao notar alguém sentado na cadeira da minha escrivaninha. Sentei na cama rapidamente.- Quem está aí? - Perguntei e ouvi uma risada fraca. Assim que ouvi aquele riso rouco uma onda de reconhecimento me atingiu como um soco no estômago. - Não me conhece mais, princesa? - Erick perguntou, engoli com dificuldade quando o mesmo se colocou de pé e vi que ele só estava usando uma cueca branca que se destacava bem na luz vermelha. - O-O-O que vo-você es-tá fazendo aqui? - Perguntei o olhando nos olhos que me encaravam de volta maliciosa e intensamente. Senti um frio na espinha. - Você não sabe Diego? Vim pegar o que é meu. - Falou com a voz sedutora e me vi com a resp
Martirio, essa era a palavra que resumia esse dia. Erick, com certeza, percebeu meu desconforto e fez de tudo, de tudo mesmo, para me deixar ainda mais sem jeito.Momento ou outro ele fazia questão de me tocar, acariciar, sim você não leu errado, Erick sempre dava uma leve acariciada na minha coxa, me fazendo prender a respiração e me deixava desconfortável porque aquilo estava me afetando, porque meu pênis e meu cérebro acharam de trabalharem juntos contra mim. Vejam bem, no domingo tive um sonho nada puro com esse cretino e agora algumas horas depois o filho da mãe fica me instigando, digo, fica instigando meu cérebro a lembrar daquele momento erótico do sonho e isso mandava um alerta para o meu amiguinho de baixo que não se fazia de rogado e se erguia agindo contra os meus comandos internos.- Você estar bem Diego? - Erick perguntou bem próximo do meu ouvido, sua voz baixa e melodiosa.Fechei os olhos, suspirei profundamente e o encarei. Droga, pensei. O moreno tirou o blazer e abr
Eu tentei, juro que tentei fazer a Nathy me ajudar a encontrar uma desculpa, mas aquela vaca disse que não tinha como porque a outra sonsa da Amanda viu meu nome na lista e intimou minha presença. Enfim, vou ter que fazer essa merda dessa audição. Se bem que posso ligar o foda-se e nem aparecer nessa porcaria.No outro dia, o momento e a hora estavam chegando e eu ainda estava indeciso sobre isso tudo. Não têm mais motivos para entrar para a equipe de líderes de torcida se não pretendo mais fazer nada contra aquele infeliz. Nem vale mais a pena porque o Erick se aproximou de mim e... Me inferniza diretamente de perto.- Diego? - Despertei dos meus devaneios com a voz de Erick bem perto do meu ouvido, o que me arrepiou até o último fio de cabelo e o olhei tentando disfarçar aquele efeito. - No que você 'tá pensando? Te chamei umas duas vezes. - Perguntou e percebi que a mão dele estava na minha coxa, olhei para aquilo e tirei a mão dele porque estava muito próximo de um lugar que levan
Depois daquele pequeno episódio com a líder da equipe de animadores, me posicionei junto com os meninos e esperamos por Amanda que falaria como aquilo iria funcionar. Erick passou bem no momento em que sua ex se posicionou à nossa frente e piscou para mim. Cretino de uma figa. A postura imponente de Amanda poderia intimidar a muitos, mas estou muito concentrado em outras coisas para ligar para aquilo.- Sejam bem-vindos aos testes. Como vocês sabem, aqui só são aceitos os melhores, então se vocês estão aqui e acham que vai ser fácil eu sinto muito em falar que não, não será nenhum pouco fácil. Até porque isso aqui não é brincadeira e muito menos um passa tempo. Vocês não têm que ser só bons ou ótimos e sim excelentes para entrarem na equipe. - Amanda falou tudo aquilo com seriedade e claro olhando vez ou outra para mim. Rolei os olhos com todo esse show e também fiquei irritado por todos acharem que conhecem os meus limites e habilidades. Olhei para minha amiga que falou sem som algum