Minha vida sempre foi muito calma, eu era feliz e não sabia. Não havia, antes, pessoas me enchendo o saco sobre um assunto que nem mesmo gosto de citar. Aquele final de semana foi um martírio para mim. Meu celular não teve descanso também, a todo momento chegava uma notificação do Instagram. Nesse momento estou longe daquele aparelho demoníaco, mas não tão longe assim, ele é a minha maior fonte de desgaste e o mantenho no silencioso no meu bolso. Como é final de semana fico com meus irmãos, Guilherme e Letícia.- Qual filme vamos assitir? - Meu irmão perguntou sentado ao meu lado no sofá. Sim, vamos assistir filme, sempre fazemos isso no final de semana, em parte para tirar o estresse escolar e também para passarmos um tempo juntos.- Não sei, tem algum em mente? - Pergunto olhando para Guilherme e o mesmo nega com a cabeça.- Eu tenho um, Através da minha janela. - Letícia aparece falando com o balde de pipoca nas mãos. Ela se jogou entre nosso irmão e eu, nos fazendo reclamar.- Es
Caminhei a passos duros em direção da sala onde encontrei minha irmã sentada ao lado do meu irmão com a cara mais lavada que já vi. A encarei com seriedade.- O que foi? - Letícia perguntou se fazendo de idiota, sim idiota. Respirei fundo e encarei aquela garota que chamo de irmã. Vi de relance o Erick adentrar a sala e me olhar. - Eu só vou perguntar uma vez Letícia Sandrinny, você, por acaso, conhece o irmão do Erick? E melhor, você conhece ele intimamente? - Perguntei com a voz calma, mas com a expressão feroz. Minha irmã olhou para o Erick, o moreno coçou a nunca sem jeito e Letícia fez uma cara de indignação.- Erick seu boca grande de uma figa. - Lêh falou acusatoria e eu abri a boca desacreditado.- Foi mal Lêh. - Erick falou sem graça, nem parece aquele idiota presunçoso que estou acostumado a ver na escola. - Eu vou te matar. - Falei para minha irmã sorrindo nervoso e aquela projeto de gente ergueu a sobrancelha provocativa. - EU VOU TE MATAR GAROTA! - Gritei correndo na di
Erick e eu estávamos subindo as escadas para ir ao meu quarto, estávamos alguns centímetros separados e minha irmã do seu jeito venenoso, disse:- Juízo hein meninos, respeitem a mim e ao Guilherme aqui na sala.Fuzilei a filha da minha querida mãe com os olhos, mas a esperta não nos olhava de volta.- Relaxa Lêh, não vou foder seu irmão... ainda. - Erick falou para minha total surpresa e choque. Arregalei os olhos brevemente, o olhei com seriedade e dei um soco no seu braço fazendo transformar seu sorriso sacana em uma bela careta. - Au!! - Exclamou.- Como se eu fosse, algum dia, dar para você. - Falei com convicção e Erick arqueou as sobrancelhas e um brilho perigoso tomou conta dos seus olhos.- Diego, não cospe para cima que cai na sua cara. - Meu irmão falou me olhando e tive que negar com a cabeça.- Até você moleque? - Perguntei indignado e Guilherme deu de ombros.- Uma coisa é certa, nunca duvide de nada. - Disse simplista e bufei. Para quê inimigos, não é mesmo?Erick sorri
Eu estava no meu quarto, deitado na minha cama, até aí tudo normal, porém havia algo totalmente fora do comum. As luzes do meu quarto estavam em uma coloração vermelha e uma música, digamos que, erótica tocava no fundo. Muito bem, aquela música era muito explícita por assim dizer. Franzi o cenho, olhei ao redor e me assustei ao notar alguém sentado na cadeira da minha escrivaninha. Sentei na cama rapidamente.- Quem está aí? - Perguntei e ouvi uma risada fraca. Assim que ouvi aquele riso rouco uma onda de reconhecimento me atingiu como um soco no estômago. - Não me conhece mais, princesa? - Erick perguntou, engoli com dificuldade quando o mesmo se colocou de pé e vi que ele só estava usando uma cueca branca que se destacava bem na luz vermelha. - O-O-O que vo-você es-tá fazendo aqui? - Perguntei o olhando nos olhos que me encaravam de volta maliciosa e intensamente. Senti um frio na espinha. - Você não sabe Diego? Vim pegar o que é meu. - Falou com a voz sedutora e me vi com a resp
DIEGOMais um dia naquela escola de merda, desculpem a palavra feia, mas acordei em um daqueles dias ruins. Tudo está dando errado, a começar por um trabalho mega importante da escola que esqueci de fazer.Estou desesperado para falar o mínimo. Nunca esqueci de fazer meus deveres escolares, é a primeira vez que esqueço.Esqueci por puro descuido meu e também porque meus irmãos encheram o meu saco para saímos no final de semana. Acabei esquecendo do mais importante, o estudo.- Droga! - Falo chateado, pego minha mochila que estava em cima da minha cama e vou para a cozinha, pois já estava arrumado, onde encontro minha mãe, dona Alice.Ela me olha por alguns segundos, mas é o suficiente para perceber meu estresse.- O que foi dessa vez Diego? - Pergunta já indo me servir o café da manhã.- Não precisa, não vou tomar café. - Falo antes que ela comece a preparar tudo. Minha mãe me olha com o cenho franzido. - Estou indo para a escola. Esqueci de fazer um dever importante que deve ser entr
Depois desse acontecimento no refeitório, o que estava ruim ficou péssimo. Na verdade, horrível. Eu não tive paz um dia sequer daquela semana. Erick sempre achava um jeito de me encontrar seja nos corredores, banheiros ou biblioteca e fazia um dano psicológico totalmente desnecessário. O idiota fazia com que meus dias naquela escola fossem terríveis. Estava de mais, já estava a ponto de surtar e socar a cara daquele infeliz, embuste de uma figa.Parecia que encher meu saco era o seu passatempo preferido, porque nunca vi alguém no mundo todo como Erick. Posso dizer que tenho um fã. Um muito insuportável o qual eu empurraria em frente a um carro em movimento sem nem pensar duas vezes. Porém não vale a pena me sujar por tão pouco e acabar com a minha liberdade por causa dessa personificação de demônio.- Ora, ora. Está se escondendo de mim Dieguinho?Ouvi aquela voz irritante, suspirei em desgosto e fingi que não ouvi nada só para ver se ele iria embora, o que acho totalmente difícil de
Eu esperei pacientemente uma semana e meia se passar, deixei Erick pensar que não teria um troco. Que ficaria por aquilo mesmo. O deixei pensar que não faria nada. O deixei acomodado. É como diz o velho ditado: " A pressa é inimiga da perfeição." E paciência é uma virtude. Então tive que esperar para agir.Além disso, esperei até o dia do jogo na escola. A minha escola disputaria com alguma outra, que não faço questão de saber o nome, e eu aproveitei disso para humilhar Erick em público e claro fazer o time da Atlas perder, prejudicaria o time? Sem sombra de dúvidas. Me importo? Nem um pouco. A maioria do time são uns idiotas então não estou nem aí."Você comprou o que pedi, não é? Mandei mensagem para Nathy. Ela ficou responsável por comprar o maravilhoso pó de mico. Nathy colocaria o pó em todo o uniforme do egocêntrico do Erick e o resto o destino iria fazer. Quero dizer, a coceira.Eu estava ali para ver tudo de camarote e presenciar a primeira derrota do Erick e do resto do time
Aquelas cinco palavras me fizeram, em primeiro lugar, franzi o cenho em confusão, em segundo, analisar o cenário rápida e minuciosamente e ver que ele já sabia que foi eu que sabotei o uniforme dele e, em terceiro, fiz a expressão mais cínica e desentendida que consegui.- O que eu fiz? Você 'tá louco por acaso?- Não se faça de desentendido seu veadinho de merda. Eu descobri que foi você que colocou pó de mico no meu uniforme. - Erick disse com firmeza e raiva. Ele estava em pé de braços cruzados, eu ainda no chão e vários telespectadores ao redor sem fazer absolutamente nada.- O quê? Eu não fiz nada, como eu poderia está em dois lugares ao mesmo tempo? Você viu que eu estava indo em direção a quadra. Mas espera, colocaram pó de, como é mesmo? Pó de mico no seu uniforme? Que massa, já amo esse gênio. - Falei falsamente, quero dizer, nem tudo ali era mentira. Erick avançou para cima de mim, ele pegou pelo meu blazer e me puxou para perto de si ameaçadoramente. Me encolhi no primeiro