Uma médica entrou no quarto em que eu estava e passou a me examinar, eu ainda sentia muita dor, principalmente no braço direito e na cabeça. A médica fez uns exames em mim e disse que a dor na cabeça foi por causa das batidas, mas que ficaria tudo bem e me receitou uns remédios pra dor, já o braço… Eu não conseguia nem mexer, doía muito, pois antes de apagar, eu tentava me proteger com ele enquanto Henrique me batia com o taco de baseball. No entanto, ela disse que eu havia fraturado um osso e eu tive que engessar, era um saco ficar com gesso, principalmente porque coçava pra caralho.
- Eu posso fazer um desenho? - Perguntou Kim meio empolgada.
- Pode. - Falei.
Kim desenhou eu e ela e fez um coração no meio da gente e ainda colocou o nome dela embaixo, que coisinha mais fofa.
Ganhei alta uns dois dias depois, pois nesse período eu tive que ficar em obs
- Michael, você precisa de ajuda com algo? - Pergunta o sor Alexander durante a aula dele.- Não, eu tô bem. Obrigado. - Falo.Sabem, estava sentindo um vazio tão grande, eu conversava com meus amigos e tudo, mas não me sentia bem, era tudo tão cinza sem o Vi, se ao menos eu tivesse uma notícia dele, se pelo menos, eu tivesse a plena certeza de que ele está bem e o pior que eu nem podia perguntar para aquele aprendiz de Lúcifer, pois ele não falaria nada, ah, se mamãe soubesse de algo…Assim que minha aula acabou, fui até o pátio esperar por Kim, mas ela não apareceu, então resolvi ir até a sua sala. Kim estava com os braços cruzados sobre a mesa e a cabeça em cima deles, nem me viu chegar. A professora dela estava terminando de apagar a lousa e também não viu quando eu entrei na sala.- Licença. - Falei c
Dias depois e eu ainda seguia com o braço engessado. Lucca e Kika me ajudavam bastante na escola e com os deveres de casa. Meus outros colegas também sempre que podiam me ajudavam com algo e os três patetas pararam de pegar no meu pé nesse tempo, Dylan falou que não era certo implicar com um deficiente, que idiota, eu estava apenas com o braço machucado, não era nenhum deficiente, mas fiquei na minha, pois assim eles deram um tempo.- E você nunca mais teve notícias do Vincenzo? - Perguntou Lucca.- Não, ele trocou de número e excluiu o facebook, não quer mesmo falar comigo. - Falei cabisbaixo.- Eu também tentei falar com ele, mas não consegui pelos mesmos motivos. - Disse Lucca.Ah, não sei se vocês lembram, mas eu havia dito um tempo atrás sobre o amigo virtual de Kika, ela estava meio interessada nele e tal, e durante o tempo que eu esti
No sábado eu acordei mais tarde, mas não tinha vontade de levantar da cama, sentia muita saudade do Vi e no fim de semana era quando a saudade mais apertava, pois costumávamos um dormir na casa do outro e passar o finde juntos, era tão legal, e agora estava sentindo um vazio, uma angústia, uma vontade de chorar.Me levantei ao meio dia e fui até a cozinha. Kim estava sentada à mesa, bem cabisbaixa.- Bom dia, pequena. - Falei.- Bom dia. - Ela disse tristonha.- O que houve? - Questionei.- Nada.Mamãe estava trabalhando, Henrique havia saído e Noah estava no seu quarto, mexendo no computador, então, resolvi esquentar o almoço que mamãe havia deixado pra gente. Servi três pratos e chamei pelo meu irmão, que logo se juntou à nós.- O que foi? Não vai comer? - Perguntei à Kim ao notar que ela nem havia olhado pra
Na terça - feira, Kim e eu fomos ao colégio normalmente e assim que chegamos ela foi em direção a Max, seu melhor amigo, enquanto eu me sentei em um banco. Estava cabisbaixo, escutando música com meus fones de ouvido, quando os três patetas vêm até mim.- Que foi? - Perguntou Dylan. - Tá tristinho porque o namorado te abandonou?- Teu cu! - Digo.- Como é, seu arrombado? - Pergunta Dylan vindo pra cima de mim.- Oi Mike. - Fala Stéfano ao se aproximar de mim.- Oi. - Digo meio surpreso.Os três patetas me olharam seriamente e se retiraram encarando-me.- Eles estavam te incomodando? - Me questiona Nano.- Ah, não, de boa… Valeu cara.Ele dá um meio sorriso e se retira. Gostava de Nano, mas não nesse sentido que vocês devem estar pensando, gostava pra amigo, ele era muito legal, mesmo sendo um pouco metido.
Fiquei vendo meu professor ali chorando, bem diante de mim e eu sem saber o que dizer, o que fazer, e de repente as únicas palavras que eu consegui dizer foram:- Eu sinto muito.Ele levantou a cabeça, se pondo a me olhar, aquelas lágrimas escorriam pelo seu rosto, me deixando com mais dó dele, me dando vontade de cuidá-lo.- Desculpe, garoto. - Ele disse limpando as lágrimas. - Não quero que você pense que seu professor é um fraco.- Quê? - Indago. - Jamais pensaria isso, não te acho fraco, pelo contrário, te acho muito forte, já passou por tudo isso e está sempre buscando levar alegria para seus alunos, sério, te admiro muito, como professor e como ser humano.Ele então sorriu para mim e ficamos nos olhando por alguns segundos, senti um embrulho no estômago, mas busquei me conter.O sor pediu desculpa por todo ocorrido, como
Alex e eu fizemos um lanche na praça de alimentação e depois ele me levou pra casa.- Muito obrigado por tudo. - Falo assim que chego em minha casa.- Não foi nada, garoto. - Ele diz me olhando fixamente.Me despeço e entro em casa. Mamãe já havia chegado do serviço.- Onde você estava? - Ela pergunta.- Eu avisei o Henrique que eu ia ao cinema.- Tudo bem, querido, era só pra saber mesmo.Vou até o quarto de Noah e ele estava em sua cama mexendo no notebook, acabo me sentando do lado dele.- Que tá pegando? - Pergunta Noah.- É o que eu queria saber. - Falei. - Se eu te contar algo, você promete que guarda segredo?- Claro. - Diz Noah ao parar de mexer no not e se pondo a olhar para mim.- Sabe, eu sinto que eu ainda amo muito o Vi, sinto tanta falta dele, penso muito naquele idiota… Mas tem uma pessoa qu
Continuamos na mesma posição, nossos olhares se cruzavam, não conseguia parar de olhar pra ele e senti como se Alex também não conseguisse parar de me olhar e essa foi a primeira vez que eu senti muita vontade de beijá-lo, uma vontade imensa, que eu nunca havia sentido antes, um desejo meio incontrolável, mas fiquei com muito medo, não sabia como ele reagiria, e se ele também queria aquele beijo tanto quanto eu, e então, desejei que ele me beijasse, mas Alex apenas se pôs a rir e saiu de cima de mim, se pondo a voltar a correr, e eu me pus a correr atrás dele.Ah, confesso que fiquei meio decepcionado, bem que Alex podia ter me dado um beijo como segundo presente de aniversário, mas logo lembrei que ainda teríamos bastante tempo pela frente e que talvez esse tão sonhado beijo ainda acontecesse.Já era noite, o tempo voou, nem vimos as horas passar e quando per
Sem querer acabo olhando para os lábios de Alex enquanto desejo beijar aquela boca, mas eis que eu lembro que ele é hétero, tinha esquecido completamente desse detalhe.- Mike?- Sim?- Tá tudo bem? - Ele pergunta.Apenas aceno a cabeça positivamente e terminamos nosso almoço. Pouco depois resolvemos ir à praia, desta vez estava lotada, era uma aglomeração imensa de pessoas, o dia estava lindo, fazia muito calor e o sol estava muito quente, ainda bem que Alex e eu tínhamos passado protetor solar.Estávamos sentados naquelas cadeiras de praia enquanto víamos o mar e a movimentação toda.- Nossa, que lindo o corpo daquela mulher. - Falou Alex se referindo a uma mulher linda, ela era negra, tinha longos e lindos cabelos crespos e tinha um corpo que nem daquelas modelos de capa de revista.- Aham. - Falei meio dando de ombros.- Voc&ec