Continuamos na mesma posição, nossos olhares se cruzavam, não conseguia parar de olhar pra ele e senti como se Alex também não conseguisse parar de me olhar e essa foi a primeira vez que eu senti muita vontade de beijá-lo, uma vontade imensa, que eu nunca havia sentido antes, um desejo meio incontrolável, mas fiquei com muito medo, não sabia como ele reagiria, e se ele também queria aquele beijo tanto quanto eu, e então, desejei que ele me beijasse, mas Alex apenas se pôs a rir e saiu de cima de mim, se pondo a voltar a correr, e eu me pus a correr atrás dele.
Ah, confesso que fiquei meio decepcionado, bem que Alex podia ter me dado um beijo como segundo presente de aniversário, mas logo lembrei que ainda teríamos bastante tempo pela frente e que talvez esse tão sonhado beijo ainda acontecesse.
Já era noite, o tempo voou, nem vimos as horas passar e quando per
Sem querer acabo olhando para os lábios de Alex enquanto desejo beijar aquela boca, mas eis que eu lembro que ele é hétero, tinha esquecido completamente desse detalhe.- Mike?- Sim?- Tá tudo bem? - Ele pergunta.Apenas aceno a cabeça positivamente e terminamos nosso almoço. Pouco depois resolvemos ir à praia, desta vez estava lotada, era uma aglomeração imensa de pessoas, o dia estava lindo, fazia muito calor e o sol estava muito quente, ainda bem que Alex e eu tínhamos passado protetor solar.Estávamos sentados naquelas cadeiras de praia enquanto víamos o mar e a movimentação toda.- Nossa, que lindo o corpo daquela mulher. - Falou Alex se referindo a uma mulher linda, ela era negra, tinha longos e lindos cabelos crespos e tinha um corpo que nem daquelas modelos de capa de revista.- Aham. - Falei meio dando de ombros.- Voc&ec
- E como estava a viagem? - Pergunta mamãe assim que eu chego em casa.- Ótima. - Respondo. - Santa Catarina é tão linda e a água do mar é tão cristalina, curtimos muito a praia, passeamos, estava muito legal.- Que bom que você gostou. - Fala mamãe ao me abraçar.- E como foi aqui com o Henrique? - Pergunto.- Não se preocupe, eu cuidei bem dela. - Diz Noah.Gente, sério, eu estava impressionado com a mudança de Noah, ele parecia outra pessoa, estava tão querido.- Estava com saudade. - Diz Kim ao me abraçar.- Também estava. - Falo. - Ah, trouxe algo para vocês.Entrego uma lembrancinha para cada um, para mamãe eu havia comprado um enfeite pra colocar na sala que tinha uma onda e dizia ''Santa Catarina'', para Noah eu havia comprado um chaveiro em formato de prancha e para Kim eu comprei uma camisa que t
- Como que você foi viajar com o nosso professor? - Me perguntou Lucca incrédulo.- Ah, ele me convidou pra ir e eu fui. - Falei dando de ombros.Os dois ficaram super surpresos, mas também não era pra menos, acho que se eles me contassem algo assim, eu não acreditaria. Mas sabem, eu estava muito feliz, a viagem tinha sido incrível, não aconteceu nada como eu gostaria, mas foi ótima, ah, não sei nem explicar o que eu estava sentindo.A aula naquele dia foi muito chata, nem tivemos espanhol, eu sempre havia gostado dessa matéria, mas ultimamente eu estava gostando mais do que o normal.À tarde, eu passei na casa de Vi para ver os pais dele e também para saber se tinham alguma novidade.- Mike, querido, eu já estava indo à sua casa falar contigo. - Disse tia Stef.- Por quê? O Vi mandou notícias?- Melhor que isso
- O que foi? - Lhe perguntei.Alex se sentou de frente para mim e olhando em meus olhos, me questionou:- Lembra que eu te falei sobre o acidente com minha esposa e a minha filha?Acenei positivamente com a cabeça, e ele continuou:- Pois então, eu consegui provar minha inocência, viram que tinha sido um acidente. Mas há dois meses, eu andei me envolvendo em uma confusão, um ex aluno meu, que foi reprovado na minha matéria por falta, me procurou, se fez de meu amigo e tal e me apunhalou pelas costas, e sem que eu visse ele colocou cerca de 100 kg de drogas no meu carro, e ele armou tudo, pensou em cada detalhe para que eu fosse pego e por causa dele, eu fiquei uma semana preso, depois disso meu advogado conseguiu um habeas corpus, e estava desde então aguardando por essa audiência, quero muito provar a minha inocência.Sabem, tinha ficado meio assim com isso que Alex me contara, eu acredit
Naquele dia, Alex e eu resolvemos desligar nossos celulares, resolvemos fingir que o resto do mundo não existia, 24h sem celular, pensei que eu nunca fosse aguentar uma coisa dessas, mas com ele eu aguentaria até mais tempo.Ao terminarmos nosso café, resolvemos dar umas voltas. Fomos passear pela Casa de Cultura Mário Quintana, que ficava no centro da cidade, ficamos um pouco por lá. Alex tinha levado seu violão e ficou cantando e tocando músicas do repertório de seus shows. Várias pessoas que estavam no local começaram a se aproximar e a elogiar ele, falaram que Alex cantava muito bem, e de fato, cantava mesmo e ele ainda cantava sorrindo, achava tão fofo, teve uma moça que chegou a dizer pra ele ir pro The Voice, tenho certeza que se ele fosse, ganharia de lavada.Era quase meio dia quando resolvemos ir à Cidade Baixa, que é onde tem vários bares, restaurantes, p
No dia seguinte quando eu acordei, Alex já havia saído para ir trabalhar e me deixou apenas um bilhete que dizia ''Bom dia, garoto. Não quis te acordar antes de sair, deixei seu café pronto, sinta - se a vontade e qualquer coisa que precise me manda um whats, que quando der eu respondo. Tenha um bom dia.''Puxa, não mandou nem um beijinho?'' - Pensei.Tomei meu café, que ele tinha deixado pronto e voltei a dormir, não tinha nada pra eu fazer sozinho mesmo, como queria que Alex tivesse ficado novamente comigo, mas eu entendia que ele não podia, que tinha que trabalhar.Estava dormindo, quando ele chegou.- Acorda dorminhoco. - Falou ao dar um tapa na minha bunda.- Que susto! - Falei.Ele riu e se sentou do meu lado, estava sério, senti que ele queria me falar algo.- O que houve? - Perguntei quebrando o silêncio.- Precisamos conversar.Odeio essa frase
Minha mãe estava muito mal e fraca, só conseguia comer por sonda e na maior parte do tempo, ela dormia, quase não conseguíamos vê-la acordada, estava praticamente irreconhecível.Noah passou a noite no hospital com mamãe, já eu voltei pra casa com Kim, ela precisava se alimentar e descansar um pouco. Mas quando chegamos em casa, vimos que o pesadelo só estava começando. Primeiro que quando chegamos na nossa rua vimos várias pessoas falando sobre um assassinato, e como sou curioso, já fui logo perguntando sobre o que se tratava.Bom, vocês lembram daquela minha vizinha que chamou a polícia para Henrique? Ela era uma senhora de cerca de uns 70 anos, morava sozinha com sua gatinha, e na noite anterior, os vizinhos escutaram tiros e chamaram a polícia, e adivinhem, ela estava morta, quatro tiros. Pensem na minha cara de espanto quando soube disso.- Você acha
Liguei para Noah e contei sobre o ocorrido com Henrique, falei que estava na casa de um professor e que lá eu estaria seguro. Para minha surpresa, meu irmão me deu total apoio, falou pra eu ficar lá por enquanto, mas eu queria ver minha mãe, saber como ela estava, se apresentava melhoras, etc. Se bem que Henrique sabia que a batata dele estava assando, acho que ele não apareceria pelo hospital, e então, Kim e eu fomos ver mamãe.- Como a senhora está? - Perguntei ao entrar no quarto que minha mãe estava.- Tô melhor. - Ela respondeu.E de fato, ela parecia bem melhor mesmo.Ah, esqueci de contar pra vocês, tia Stef ficou muito preocupada quando soube do ocorrido com minha mãe e ela e meu tio Nicolas também passaram a ficar o tempo todo no hospital. Noah não tinha dito o que havia acontecido para os dois, e mamãe muito menos, ela tinha vergonha e medo, ac