- O que foi? - Lhe perguntei.
Alex se sentou de frente para mim e olhando em meus olhos, me questionou:
- Lembra que eu te falei sobre o acidente com minha esposa e a minha filha?
Acenei positivamente com a cabeça, e ele continuou:
- Pois então, eu consegui provar minha inocência, viram que tinha sido um acidente. Mas há dois meses, eu andei me envolvendo em uma confusão, um ex aluno meu, que foi reprovado na minha matéria por falta, me procurou, se fez de meu amigo e tal e me apunhalou pelas costas, e sem que eu visse ele colocou cerca de 100 kg de drogas no meu carro, e ele armou tudo, pensou em cada detalhe para que eu fosse pego e por causa dele, eu fiquei uma semana preso, depois disso meu advogado conseguiu um habeas corpus, e estava desde então aguardando por essa audiência, quero muito provar a minha inocência.
Sabem, tinha ficado meio assim com isso que Alex me contara, eu acredit
Naquele dia, Alex e eu resolvemos desligar nossos celulares, resolvemos fingir que o resto do mundo não existia, 24h sem celular, pensei que eu nunca fosse aguentar uma coisa dessas, mas com ele eu aguentaria até mais tempo.Ao terminarmos nosso café, resolvemos dar umas voltas. Fomos passear pela Casa de Cultura Mário Quintana, que ficava no centro da cidade, ficamos um pouco por lá. Alex tinha levado seu violão e ficou cantando e tocando músicas do repertório de seus shows. Várias pessoas que estavam no local começaram a se aproximar e a elogiar ele, falaram que Alex cantava muito bem, e de fato, cantava mesmo e ele ainda cantava sorrindo, achava tão fofo, teve uma moça que chegou a dizer pra ele ir pro The Voice, tenho certeza que se ele fosse, ganharia de lavada.Era quase meio dia quando resolvemos ir à Cidade Baixa, que é onde tem vários bares, restaurantes, p
No dia seguinte quando eu acordei, Alex já havia saído para ir trabalhar e me deixou apenas um bilhete que dizia ''Bom dia, garoto. Não quis te acordar antes de sair, deixei seu café pronto, sinta - se a vontade e qualquer coisa que precise me manda um whats, que quando der eu respondo. Tenha um bom dia.''Puxa, não mandou nem um beijinho?'' - Pensei.Tomei meu café, que ele tinha deixado pronto e voltei a dormir, não tinha nada pra eu fazer sozinho mesmo, como queria que Alex tivesse ficado novamente comigo, mas eu entendia que ele não podia, que tinha que trabalhar.Estava dormindo, quando ele chegou.- Acorda dorminhoco. - Falou ao dar um tapa na minha bunda.- Que susto! - Falei.Ele riu e se sentou do meu lado, estava sério, senti que ele queria me falar algo.- O que houve? - Perguntei quebrando o silêncio.- Precisamos conversar.Odeio essa frase
Minha mãe estava muito mal e fraca, só conseguia comer por sonda e na maior parte do tempo, ela dormia, quase não conseguíamos vê-la acordada, estava praticamente irreconhecível.Noah passou a noite no hospital com mamãe, já eu voltei pra casa com Kim, ela precisava se alimentar e descansar um pouco. Mas quando chegamos em casa, vimos que o pesadelo só estava começando. Primeiro que quando chegamos na nossa rua vimos várias pessoas falando sobre um assassinato, e como sou curioso, já fui logo perguntando sobre o que se tratava.Bom, vocês lembram daquela minha vizinha que chamou a polícia para Henrique? Ela era uma senhora de cerca de uns 70 anos, morava sozinha com sua gatinha, e na noite anterior, os vizinhos escutaram tiros e chamaram a polícia, e adivinhem, ela estava morta, quatro tiros. Pensem na minha cara de espanto quando soube disso.- Você acha
Liguei para Noah e contei sobre o ocorrido com Henrique, falei que estava na casa de um professor e que lá eu estaria seguro. Para minha surpresa, meu irmão me deu total apoio, falou pra eu ficar lá por enquanto, mas eu queria ver minha mãe, saber como ela estava, se apresentava melhoras, etc. Se bem que Henrique sabia que a batata dele estava assando, acho que ele não apareceria pelo hospital, e então, Kim e eu fomos ver mamãe.- Como a senhora está? - Perguntei ao entrar no quarto que minha mãe estava.- Tô melhor. - Ela respondeu.E de fato, ela parecia bem melhor mesmo.Ah, esqueci de contar pra vocês, tia Stef ficou muito preocupada quando soube do ocorrido com minha mãe e ela e meu tio Nicolas também passaram a ficar o tempo todo no hospital. Noah não tinha dito o que havia acontecido para os dois, e mamãe muito menos, ela tinha vergonha e medo, ac
Assim que a aula de espanhol terminou, eu esperei meus colegas saírem para o recreio e fui até Alex, que estava guardando seus pertences.- Tudo bem, garoto?- Tudo. - Falei. - Só queria te agradecer por tudo o que você fez por mim e pelos meus irmãos.- Não foi nada. - Ele falou ao me piscar um olho.Sorri e fui para o recreio ficar com meus amigos, mas a minha vontade naquele momento era de beijar Alex, sem pensar em mais nada, sem lembrar que estávamos em um local público e que alguém poderia nos ver, eu só queria estar com ele.Mamãe mãe tinha contado apenas para tia Stef sobre Henrique, mas preferiu omitir de Nico com medo dele fazer algo. Minha tia ficou indignada, disse que jamais poderia imaginar que ele fosse capaz disso e naquele momento ela entendeu cada vez que mamãe apareceu machucada com alguma desculpa boba.Minha tia contou que Henrique
Mamãe olhou pra gente e ninguém conseguiu falar nada, foi um silêncio absoluto.- Sua última chance. - Falou mamãe. - Se você voltar a encostar um dedo na gente, eu pego meus filhos e a gente sai do país e você nunca mais voltará a nos ver.Kim começou a chorar e eu a abracei.- Vocês se merecem. - Falou Noah. - Dois vermes nojentos, quer saber? Da próxima vez eu vou deixar ele te arrebentar.Olheipasmo para meuirmão, não consegui acreditar que ele havia dito isso, era pra eu estar revoltado assim, era eu o agredido e o abusado, juro que essa atitude dele me surpreendeu muito.- Não filho, eu nunca mais vou fazer isso. - Disse Henrique para Noah.- Cala boca. Eu não sou mais seu filho, eu tenho nojo de você. Vamos ou não voltar pra casa?Mamãe baixou a cabeça e começou a chorar. Sent
- Kimberly, pelo amor de Deus, me diga que diabos é isso?- Vou contar pra mãe que você disse coisa feia. - Falou tentando desviar do assunto.- Vamos, conta e eu mostro isso pra ela.Kim ficou muda, baixou a cabeça e começou a chorar. Em seguida, ela levantou a cabeça, me olhou e disse:- Eu… Eu… Me machuquei no trenzinho lá da escola.- Você sabia que papai do céu castiga as crianças que mentem, né? - Perguntei.- Primeiro, não sou mentirosa, segundo, papai do céu jamais castigaria uma criança, porque ele é bonzinho e não faz mal pra ninguém.Tá gente, me digam que isso não parece uma anã falando? Se eu não tivesse acompanhado toda a gravidez de minha mãe, e não tivesse visto Kim crescer, me negaria a crer que ela tinha apenas 6 anos.Me sentei do lado del
Era um sábado, Alex e eu resolvemos almoçar fora, estava tão agradável nosso almoço, conversa boa, ambiente ótimo, companhia incrível e eu sem conter o sorriso, sorria a cada palavra que ele dizia.Porém, quando estávamos saindo começou a chover muito para fuder com minha gripe que estava começando a dar sinal de vida, cara, eu havia pegado um gripão daqueles e eu ainda tinha rinite, então quando atacava um, ataca o outro também, era horrível, uns 10 espirros a cada 5 segundos e quando eu estava pensando que ia melhorar, tomo um banho de chuva.Fomos até a casa de Alex, que não era muito longe dali, mas foi o suficiente para ficarmos ensopados e para minha gripe piorar de vez, não conseguia ficar nem 5 minutos sem espirrar, e detestava ficar assim perto de outras pessoas.- Você tá legal? - Me perguntou Alex ao chegarmo