Assim que o sinal tocou para o recreio, o professor ficou na sala arrumando suas coisas e eu fiquei terminando de fazer meus exercícios.
- Você não vem pro recreio? - Me questionou Lucca.
- Vão que eu já vou. - Falei.
Lucca, Vincenzo e Kika foram para o recreio, juntamente de meus outros colegas enquanto eu terminava os exercícios.
- Falta muito, Mike? - Perguntou meu professor.
- Mais duas questões e eu acabo. - Falei sem tirar os olhos de meu caderno.
- Mas está conseguindo entender a matéria? - Ele perguntou. - Não quero que você fique com dúvidas.
- Tá tudo tranquilo, sor. A matéria que eu tenho dificuldade mesmo é matemática, essa eu não consigo ir bem de jeito nenhum.
- Mike, eu já te falei que sou fera em matemática, se você quiser te dou umas aulas particulares, e como você
- Eu… Eu caí na escola e me machuquei em um brinquedo. - Falou Kim.- Não minta, por favor, foi o Henrique que te fez isso, ele te bateu, não foi? - Perguntei angustiado.- Não Mike, papai não me bate, eu juro.- Mas então me diz quem fez isso, fala, por favor. - Pedi.- Eu já disse que caí na escola, eu não sou mentirosa. - Falou Kim começando a chorar.- Hey, tudo bem pequena, eu acredito. - Falei ao abraçá-la.Continue a dar banho em minha irmã, mas aquilo não saia de minha cabeça, não conseguia acreditar em Kimberly, era nítido que era mentira. Após o banho, Kim fez questão que eu não a visse trocar de calcinha, falou que estava com vergonha porque estava crescendo, talvez isso fosse verdade, mas sei lá, eu não conseguia acreditar 100% nela. Kim vestiu uma roupa seca e depois se
Alguns dias se passaram, finalmente havia chegado o dia da minha prova de matemática, estava bem nervoso, mas queria muito tirar uma nota boa para mostrar pro sor Alexander. Confesso que a prova estava meio difícil, pensei que seria mais fácil, mas em comparação com antigamente, estava bem melhor, já conseguia entender o enunciado dos exercícios, acho que fiz a prova em meia hora, nunca tinha feito tão rápido assim.- Já terminou tudo? - Perguntou a professora.- Já sim. - Falei.Me retirei da sala e fiquei no pátio, pois era o terceiro período e logo após era o recreio. Alguns minutos depois o sinal toca e enquanto aguardo meus amigos, o sor Alexander passa por mim, ele havia saído de uma sala e estava indo para a sala dos professores, mas antes ainda parou para falar comigo.- E aí, garoto. - Ele falou.- Oi. Tive prova de matemá
Uma médica entrou no quarto em que eu estava e passou a me examinar, eu ainda sentia muita dor, principalmente no braço direito e na cabeça. A médica fez uns exames em mim e disse que a dor na cabeça foi por causa das batidas, mas que ficaria tudo bem e me receitou uns remédios pra dor, já o braço… Eu não conseguia nem mexer, doía muito, pois antes de apagar, eu tentava me proteger com ele enquanto Henrique me batia com o taco de baseball. No entanto, ela disse que eu havia fraturado um osso e eu tive que engessar, era um saco ficar com gesso, principalmente porque coçava pra caralho.- Eu posso fazer um desenho? - Perguntou Kim meio empolgada.- Pode. - Falei.Kim desenhou eu e ela e fez um coração no meio da gente e ainda colocou o nome dela embaixo, que coisinha mais fofa.Ganhei alta uns dois dias depois, pois nesse período eu tive que ficar em obs
- Michael, você precisa de ajuda com algo? - Pergunta o sor Alexander durante a aula dele.- Não, eu tô bem. Obrigado. - Falo.Sabem, estava sentindo um vazio tão grande, eu conversava com meus amigos e tudo, mas não me sentia bem, era tudo tão cinza sem o Vi, se ao menos eu tivesse uma notícia dele, se pelo menos, eu tivesse a plena certeza de que ele está bem e o pior que eu nem podia perguntar para aquele aprendiz de Lúcifer, pois ele não falaria nada, ah, se mamãe soubesse de algo…Assim que minha aula acabou, fui até o pátio esperar por Kim, mas ela não apareceu, então resolvi ir até a sua sala. Kim estava com os braços cruzados sobre a mesa e a cabeça em cima deles, nem me viu chegar. A professora dela estava terminando de apagar a lousa e também não viu quando eu entrei na sala.- Licença. - Falei c
Dias depois e eu ainda seguia com o braço engessado. Lucca e Kika me ajudavam bastante na escola e com os deveres de casa. Meus outros colegas também sempre que podiam me ajudavam com algo e os três patetas pararam de pegar no meu pé nesse tempo, Dylan falou que não era certo implicar com um deficiente, que idiota, eu estava apenas com o braço machucado, não era nenhum deficiente, mas fiquei na minha, pois assim eles deram um tempo.- E você nunca mais teve notícias do Vincenzo? - Perguntou Lucca.- Não, ele trocou de número e excluiu o facebook, não quer mesmo falar comigo. - Falei cabisbaixo.- Eu também tentei falar com ele, mas não consegui pelos mesmos motivos. - Disse Lucca.Ah, não sei se vocês lembram, mas eu havia dito um tempo atrás sobre o amigo virtual de Kika, ela estava meio interessada nele e tal, e durante o tempo que eu esti
No sábado eu acordei mais tarde, mas não tinha vontade de levantar da cama, sentia muita saudade do Vi e no fim de semana era quando a saudade mais apertava, pois costumávamos um dormir na casa do outro e passar o finde juntos, era tão legal, e agora estava sentindo um vazio, uma angústia, uma vontade de chorar.Me levantei ao meio dia e fui até a cozinha. Kim estava sentada à mesa, bem cabisbaixa.- Bom dia, pequena. - Falei.- Bom dia. - Ela disse tristonha.- O que houve? - Questionei.- Nada.Mamãe estava trabalhando, Henrique havia saído e Noah estava no seu quarto, mexendo no computador, então, resolvi esquentar o almoço que mamãe havia deixado pra gente. Servi três pratos e chamei pelo meu irmão, que logo se juntou à nós.- O que foi? Não vai comer? - Perguntei à Kim ao notar que ela nem havia olhado pra
Na terça - feira, Kim e eu fomos ao colégio normalmente e assim que chegamos ela foi em direção a Max, seu melhor amigo, enquanto eu me sentei em um banco. Estava cabisbaixo, escutando música com meus fones de ouvido, quando os três patetas vêm até mim.- Que foi? - Perguntou Dylan. - Tá tristinho porque o namorado te abandonou?- Teu cu! - Digo.- Como é, seu arrombado? - Pergunta Dylan vindo pra cima de mim.- Oi Mike. - Fala Stéfano ao se aproximar de mim.- Oi. - Digo meio surpreso.Os três patetas me olharam seriamente e se retiraram encarando-me.- Eles estavam te incomodando? - Me questiona Nano.- Ah, não, de boa… Valeu cara.Ele dá um meio sorriso e se retira. Gostava de Nano, mas não nesse sentido que vocês devem estar pensando, gostava pra amigo, ele era muito legal, mesmo sendo um pouco metido.
Fiquei vendo meu professor ali chorando, bem diante de mim e eu sem saber o que dizer, o que fazer, e de repente as únicas palavras que eu consegui dizer foram:- Eu sinto muito.Ele levantou a cabeça, se pondo a me olhar, aquelas lágrimas escorriam pelo seu rosto, me deixando com mais dó dele, me dando vontade de cuidá-lo.- Desculpe, garoto. - Ele disse limpando as lágrimas. - Não quero que você pense que seu professor é um fraco.- Quê? - Indago. - Jamais pensaria isso, não te acho fraco, pelo contrário, te acho muito forte, já passou por tudo isso e está sempre buscando levar alegria para seus alunos, sério, te admiro muito, como professor e como ser humano.Ele então sorriu para mim e ficamos nos olhando por alguns segundos, senti um embrulho no estômago, mas busquei me conter.O sor pediu desculpa por todo ocorrido, como