Olá, muito obrigada por teres dado uma chance ao meu livro. Estou muito grata por tua presença aqui e contar contigo como leitor (a). Estou a escrever o livro com muito amor... Espero que tenhas gostado deste capítulo. Beijos de Mel e até à próxima! 💙
M I A — Bom dia, sejam bem-vindos. Em que posso ser útil? – Digo bem disposta pela manhã, quando um par de homens se aproxima do balcão.Levanto-me e fico de frente para eles, que por sua vez encaram as jóias expostas nas prateleiras de vidro. Passo a mão pelo meu rabo de cavalo, enquanto olho para o homem de meia idade e um rapaz mais jovem, pela semelhança entre ambos arrisco em dizer que são pai e filho.— Bom dia. Estamos à procura de um conjunto de brincos, pulseira, colar e anéis. – O mais velho responde.— Está bem... Tem alguma preferência nas jóias? Tipo rubis, safiras, ouro branco, diamantes, ametistas, cristais, ou ainda as semi jóias. – Explico.— Não temos nada em mente, importa-se de nos mostrar todas as opções? Quem sabe o conjunto perfeito não surja?— Claro, em um instante.Me curvo um pouco para empurrar levemente a portinha de vidro, retiro as bandejas adequadas que contém brincos, dos nais diversos tipos de joias, logo após retiro as pulseiras expostas, mascotes e
L U I Z Mia se acomoda no carro e em seguida põe o cinto de segurança, também faço o mesmo que ela em alguns instantes. Ligo o rádio, procuro a estação que passa músicas internacionais, por algum motivo a música que inicia é a que minha mãe tanto gosta, imediatamente uma onda de saudade me percorre.Ainda que tudo tenha terminado, como terminou, sinto tanta saudades deles, apesar de tudo são a minha família e eu amo todos loucamente. Mas também sinto tanta raiva e mágoa, deles, de mim e dela... Tudo poderia ser sido bem diferente, mas infelizmente não pode ser.Essa música me traz tantas recordações indesejadas, faço menção de trocar, mas olho para Mia e ela parece se divertir com a melodia alegre. Um único olhar a ela e toda minha raiva desaparece, Mia tem uma aura muito especial e cativante, ela me faz até abrir um pequeno sorriso.— O que foi? – Ela pergunta.— Nada. – Ligo o carro, ela ainda não me deu nenhuma direção, pouco me importa conhecer ainda mais Veneza, a coisa que mais
M I A Sinto-me de volta a minha adolescência quando entro em casa na ponta dos pés, receosa por ter ficado até mais tarde do que o previsto com o namorado, no entanto estou tão alegre e contente que me sinto mesmo uma menininha.A casa está mergulhada no mais completo e profundo silêncio, são uma e vinte da madrugada, meus pais provavelmente devem estar a dormir então faço muito esforço para não despertá-los. As lembranças de instantes atrás preenchem minha mente, minha lingerie está toda molhada e meu cabelo com aquele cheiro horrível de mar, mas nem por isso o sorriso não quer abandonar minha cara.A noite foi tão divertida e leve, não sei como não fomos além de ousados e quentes beijos, é visível atração que flui de ambos quando estamos juntos. Abro a porta do meu quarto com calma, ligo a luz e então meu coração para, então voltar a bater com força quando vejo minha mãe na minha cama.— Que susto, mãe! – Levo a mão ao meu coração, tentando acalmar as batidas frenéticas. — Pensei q
M I A Os seus lábios se debruçam sobre os meus, famintos e vorazes, meus dedos correm pela nuca e toco a maciez do seu cabelo. Nos beijamos com tantas saudades, como se tivéssemos passado muito tempo sem nos ver, o que não passa de alguns dias.Sinto as mãos atrevidas a escorregar pelo meu corpo, me deixando entorpecida de paixão e febril de desejo, surpreendo a mim mesma quando lhe afasto colocando minhas mãos em seu peito.Luiz me encara com o cenho franzido, as mãos ainda na minha cintura.- Estamos a ir rápido demais e estamos na via pública. - Digo-lhe antes de sair do colo dele, mas não antes de lhe dar um selinho.Sento-me um tanto ofegante de volta ao meu lugar, arrumo o meu vestido que havia subido demais, me olho no espelho do carro e vejo meu cabelo desalinhado e meu batom borrado. Essa minha imagem não deixa muito para imaginação, qualquer um pode facilmente entender o que estava para acontecer.Um frio se espalha pela minha barriga, que bom que não coro facilmente, ou es
M I A O almoço está divinal, a lasanha foi feita no ponto perfeito, uma última mordida no meu prato preferido, um gole de sumo natural e me sinto no paraíso. Meu estômago está levemente cheio, o almoço foi simplesmente maravilhoso, conversamos sobre diversos assuntos.Mirella se mostra uma mulher cética e divertida, ela é daquele tipo de gente em que elegante até nos mínimos movimentos. Aposto que ela deve ser assim por causa da criação que teve, me aperta o coração quando lembro o sofrimento que tia Antonella passou durante todos esses anos quando tomaram uma de suas gémeas.Nenhuma mãe merece passar por tanto sofrimento. É mesmo muito triste que ela tenha falecido sem ter a chance de conviver com suas filhas e netos. Mas que bom que elas fizeram as pazes com o seu passado, e agora convivem em harmonia tal e qual os irmãos devem conviver.— Não gostarias de conhecer o teu pai, Ella? – questiono, atraindo a atenção da minha amiga. Os olhos azul celeste se fixam em mim, com curiosida
L U I Z — Bom dia, Luizzzzz.— Bom dia, Luiz.As meninas cantarolam ao entrar no carro pela manhã de terça-feira elas estão muito entusiasmadas quando se sentam no banco de trás. Grazi não se aguenta quieta no banco e balança para frente, encarando-me ansiosa.— Bom dia, Grazi e Giuliana! Como estão? Vejo que estão animadas para mais um dia de aulas. – Digo, ao ajeitar o cinto no meu corpo e observando elas imitando-me.— Estamos muito bem, Luís. Animadas porque esse final de semana iremos passear com nossa mãe biológica. – Giuliana conta.— Sim, nossa mãe Mirella nos levará para ficar com ela. – Grazi acrescenta, repleta de alegria.— Uau, meninas, isso é realmente fantástico. – Digo, ao dar arranque no carro e colocá-lo em movimento. — Espero que seja muito divertido. Animadas para as aulas?— Sim. – Giuliana diz.— Eu nem tanto, queria ficar em casa a brincar com meu irmãozinho, mas minha mãe diz que devo ir a escola. – Grazi diz, como sempre ela arranja meios de não ir à escola,
L U I Z Quando a noite enfim cai, já estou devidamente pronto e então apenas saio da mansão D'Angêlo. Decido ir à pé até ao nosso ponto de encontro, aproveito para ir apreciando a beleza da cidade no período vespertino.A conversa que tive com minha mãe ainda se mantém na minha mente, a verdade é que só de pensar neles o meu coração queima de saudades. Sinto falta de todos eles... Especialmente da minha abuela. Mas no entanto ainda não sinto-me pronto para voltar para o lugar que algum dia foi o meu lar, não agora.Talvez um dia consiga. Mas esse dia certamente ainda está muito longe. Sinto o ar fresco da noite tocar minha pele, suspiro com as lembranças que inundam minha mente; A noite era a parte favorita do dia para minha avó, ela adorava o céu estrelado, dizia que convidava a melhor reflexão.— Ei, estranho. – A voz de Mia me desperta dos meus devaneios.Ela para em minha frente, o que me permite admirar a escolha do seu vestuário. Mia está vestida de calças jeans e uma blusa colo
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama