M I A Os seus lábios se debruçam sobre os meus, famintos e vorazes, meus dedos correm pela nuca e toco a maciez do seu cabelo. Nos beijamos com tantas saudades, como se tivéssemos passado muito tempo sem nos ver, o que não passa de alguns dias.Sinto as mãos atrevidas a escorregar pelo meu corpo, me deixando entorpecida de paixão e febril de desejo, surpreendo a mim mesma quando lhe afasto colocando minhas mãos em seu peito.Luiz me encara com o cenho franzido, as mãos ainda na minha cintura.- Estamos a ir rápido demais e estamos na via pública. - Digo-lhe antes de sair do colo dele, mas não antes de lhe dar um selinho.Sento-me um tanto ofegante de volta ao meu lugar, arrumo o meu vestido que havia subido demais, me olho no espelho do carro e vejo meu cabelo desalinhado e meu batom borrado. Essa minha imagem não deixa muito para imaginação, qualquer um pode facilmente entender o que estava para acontecer.Um frio se espalha pela minha barriga, que bom que não coro facilmente, ou es
M I A O almoço está divinal, a lasanha foi feita no ponto perfeito, uma última mordida no meu prato preferido, um gole de sumo natural e me sinto no paraíso. Meu estômago está levemente cheio, o almoço foi simplesmente maravilhoso, conversamos sobre diversos assuntos.Mirella se mostra uma mulher cética e divertida, ela é daquele tipo de gente em que elegante até nos mínimos movimentos. Aposto que ela deve ser assim por causa da criação que teve, me aperta o coração quando lembro o sofrimento que tia Antonella passou durante todos esses anos quando tomaram uma de suas gémeas.Nenhuma mãe merece passar por tanto sofrimento. É mesmo muito triste que ela tenha falecido sem ter a chance de conviver com suas filhas e netos. Mas que bom que elas fizeram as pazes com o seu passado, e agora convivem em harmonia tal e qual os irmãos devem conviver.— Não gostarias de conhecer o teu pai, Ella? – questiono, atraindo a atenção da minha amiga. Os olhos azul celeste se fixam em mim, com curiosida
L U I Z — Bom dia, Luizzzzz.— Bom dia, Luiz.As meninas cantarolam ao entrar no carro pela manhã de terça-feira elas estão muito entusiasmadas quando se sentam no banco de trás. Grazi não se aguenta quieta no banco e balança para frente, encarando-me ansiosa.— Bom dia, Grazi e Giuliana! Como estão? Vejo que estão animadas para mais um dia de aulas. – Digo, ao ajeitar o cinto no meu corpo e observando elas imitando-me.— Estamos muito bem, Luís. Animadas porque esse final de semana iremos passear com nossa mãe biológica. – Giuliana conta.— Sim, nossa mãe Mirella nos levará para ficar com ela. – Grazi acrescenta, repleta de alegria.— Uau, meninas, isso é realmente fantástico. – Digo, ao dar arranque no carro e colocá-lo em movimento. — Espero que seja muito divertido. Animadas para as aulas?— Sim. – Giuliana diz.— Eu nem tanto, queria ficar em casa a brincar com meu irmãozinho, mas minha mãe diz que devo ir a escola. – Grazi diz, como sempre ela arranja meios de não ir à escola,
L U I Z Quando a noite enfim cai, já estou devidamente pronto e então apenas saio da mansão D'Angêlo. Decido ir à pé até ao nosso ponto de encontro, aproveito para ir apreciando a beleza da cidade no período vespertino.A conversa que tive com minha mãe ainda se mantém na minha mente, a verdade é que só de pensar neles o meu coração queima de saudades. Sinto falta de todos eles... Especialmente da minha abuela. Mas no entanto ainda não sinto-me pronto para voltar para o lugar que algum dia foi o meu lar, não agora.Talvez um dia consiga. Mas esse dia certamente ainda está muito longe. Sinto o ar fresco da noite tocar minha pele, suspiro com as lembranças que inundam minha mente; A noite era a parte favorita do dia para minha avó, ela adorava o céu estrelado, dizia que convidava a melhor reflexão.— Ei, estranho. – A voz de Mia me desperta dos meus devaneios.Ela para em minha frente, o que me permite admirar a escolha do seu vestuário. Mia está vestida de calças jeans e uma blusa colo
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama
M I A Escuto meu pai resmungar enquanto nos ajuda a lavar a loiça da manhã, sorrio com as suas lamentações. Quem vê de longe pode achar que é por estar na cozinha que ele reclama, mas na verdade é por causa do facto de Luiz vir almoçar connosco.- Quem é esse tal de Luiz? Por quê precisamos preparar um almoço especial para ele? Querida, existem restaurantes aos montes em Veneza para isso. - Pai reclama, franzindo a testa.- Pai, eu já expliquei. Ele é um amigo, acaba de chegar da Espanha e pediu que eu ajudasse-o a desvendar a Itália. Então mãe convidou-o para almoçar connosco no dia de hoje. - Explico, pelo que deve ser a enésima vez.- Querido, eles ainda não são namorados e sim bons amigos. Então desfaz essa tromba, homem. - Escuto mãe dizer e me engasgo, com as suas palavras.- Como assim, ainda? Querida por favor, ainda sou jovem para morrer do coração. Não brinques comigo...- Que drama, pai. É só um amigo. Ele só vem almoçar e depois irá para casa. - Olho para minha mãe enquan