L U I Z Corto um pedaço da lasanha e mastigo devagar. O sabor é tão bom, leve e bem temperado, o queijo, a carne, o molho e a massa, tudo parece cozinhado na perfeição. Sem que me dê conta o que tinha no meu prato desaparece magicamente.— Gostaste? – Para minha surpresa, quem pergunta é o senhor Giuseppe.— Sim e muito! – Respondo antes de beber o um pouco do meu refresco. — Posso aumentar?— Podes, fica à vontade. – Dona Bianca aumenta autoriza e não perco tempo.— Bianca cozinha muito bem, se ela tivesse um restaurante tenho a certeza que ferveria com clientes. – Ele conta orgulhoso, tem um olhar de admiração sobre a sua esposa e está aí algo que nunca presenciei. Um homem devotado a sua esposa.— Eu sempre digo isso mas mãe nunca leva à sério. – Mia comenta.— Vocês são uns queridos, meus amores, mas realmente acho um exagero.— Minha mamá tem um restaurante lá em Sevilha, perto de casa. Ela sempre adorou tudo que dissesse respeito a gastronomia italiana, lá não há meio de semana
M I ALuiz tem a expressão serena enquanto dorme ao meu lado. Ele adormeceu há pouco tempo, eu não culpo-lhe pois tivemos uma maratona de exercícios intensa. Ele está tão lindo assim que meu coração traidor não resiste e bate descompassado.A experiência de dormir com ele foi maravilhosa. Sinto-me nas nuvens até agora. Meus dedos queimam com o desejo de querer tocar os traços suaves da cara dele, o seu cabelo castanho ou ainda o tórax perfeito, no entanto tenho o bom senso de me deter.Caço o meu telemóvel entre as nossas roupas jogadas no chão, descubro que já são uma da madrugada e quase salto. Ficamos muito tempo juntos e não me arrependo de um só instante. Mordo o lábio ao lembrar de tudo que fizemos.Meu coração implora para que eu ignore tudo e me deite com ele, minha mente no entanto grita para que me distancie dele. Me decido pela minha consciência eventualmente, afinal o que aconteceu entre nós foi apenas sexo. Nada mais que isso. Amanhã voltaremos a ser apenas conhecidos.Me
M I A Peço uma cerveja ao funcionário da discoteca, ele se vira para atender o meu pedido, sigo os seus passos com o meu olhar até porque não tenho nada de interessante para fazer. Estou totalmente cansada, realmente foi uma semana esgotante e o trabalho massacrante.Não sei onde estava com a cabeça quando deixei que Marissa e Gisele me convencessem. Tudo que eu mais queria agora era estar entre os meus lençóis, e assistir minha novela também. Mas envés disso estou aqui nesse lugar muito movimentado e imensamente barulhento.— Obrigada. – Agradeço ao homem quando ele me entrega a minha cerveja e um recibo.— Vamos lá, Mia, te anima. Afinal hoje é sábado e a noite está apenas a começar. – Gisele me diz ao meu lado.— Claro, temos mesmo é que nos divertir. Uhu, a noite das meninas da Ragazza! – Marissa completa, ela precisa fazer muito esforço para gritar sobre a música alta.Mari ri enquanto ergue a taça com refresco, eu e Gisele imitamos o gesto e então nossas bebidas se tocam em sin
LUIZA risada continua mesmo depois que Mia nos dá os custos. Maluca e mulher provocante, primeiro dormimos juntos e ela me deu licença porque foi descartada e agora é. "Luiz, Luiz, que decepção! Achei que você fosse mais corajoso."Exalto rapidamente, observando a pista de dança no momento exato em que ela começa a se mexer ou corpo de forma sensual, ao ritmo da música. Dou mais um gole na minha heineken e tudo que agora desejo estar com ela. Ter os seus beijos apaixonados, o calor de seu corpo e momentos inesquecíveis que vivemos.No meu falo só sexo, mas também dois passeios noturnos. De uma forma ou de outra, Milena me ajudou. Só não sei devo ficar agradando ou irritado. Minha amiga ainda vai ter uma síncope de tanto rir, não só ela e também algumas amigas da Mia.não foi tão divertido assim, meninas. Chega de rir- Claro que eu estava. Gisele concorda. — Mia não tem piedade memo.— Gostei de la! negrito. – comenta Milena.— Ela é muito mais! – Marissa diz em tom de brincadeira. —
M I A Luiz me beija. Um beijo que me aquece por completo, enquanto as mãos dele me percorrem, lentas e hábeis por cada parte do meu corpo. Trazem consigo milhares de arrepios, me arrancam suspiros.Correspondo ao seu beijo, desejando aplacar toda a saudade que eu senti dele durante esse tempo em que estivemos longe. Minhas mãos correm ávidas pelo cabelo dele, descem pelo pescoço e ombros até encontrar o que tanto quero.Sorrio quando alcanço os botões da sua camisa social, desabotoo com pressa de apreciar os pedaços de pele que vão surgindo a cada botão aberto. Por fim o último botão chega, retiro a camisa dele e arremesso em qualquer lugar do quarto.Nos encaramos por breves segundos, o desejo que vejo refletido no olhar dele provavelmente seja o mesmo que me consome. Minhas mão queimam ansiosas por conhecer e sentir a textura da pele dele, sinceramente não detenho-as e deixo que façam o que querem. A pele quente do seu peito rapidamente me provoca uma onda de calor e arrepios.Um m
M I A Abro o meu armário e analiso cada uma das minhas roupas com calma, em busca da roupa para perfeita para usar esta noite. Algo formal e glamouroso deve ser suficiente, pois reparei que nas novelas as actrizes sempre vestem modelos de gala quando o episódio era no casino.Penso na ideia de ligar para Mirella, de certeza que ela deve saber por frequentar esses lugares. Acabo por pegar no meu telefone e discar o número dela, após alguns toques ela atende.— Alô? – Ela diz.— Mirella, como estás? Aqui é Mia.— Mia... estou bem e tu? Algum problema? — Não, nenhum. Na verdade estou a precisar da tua ajuda para algo. – Digo de uma maneira rápida, torço para que ela tenha conseguido entender.— Se eu puder ajudar... Está tudo bem meninos, não é? – Ela resolve se certificar.— Sim. Eles estão bem. – Digo. — Mirella, que tipo de roupa é adequada para quem vai ao casino? Fui convidada para lá e estou completamente indecisa sobre o que vestir.— Qualquer coisa, Mia, não é coisa de outro m
M I ALuiz coloca o andar no painel e apenas aguardamos quando o elevador põe-se em movimento. Em questão de instantes chegamos e as portas se abrem em um lugar fantástico. Na entrada estão dois homens super altos e musculosos, com caras de malvados.— Boa noite. – Cumprimento, eles apenas me olham e acenam com as cabeças.Luiz me guia pela mão, adentramos em uma sala repleta de gente que quer falar ao mesmo tempo. É uma confusão de vozes alteradas, enquanto homens e mulheres estão sentados em volta de uma mesa. Na central há algumas cartas empilhadas.Cada um dos integrantes tem as suas próprias cartas, serventes homens e mulheres passeiam pelo lugar com bandejas. Luiz chama um deles que se aproxima de imediato, ele leva duas taças de um líquido dourado, aposto que é champanhe e me entrega uma. Ele retira uma nota do bolso e paga.— Obrigada. – Agradeço, antes de dar um generoso gole e confirmar minhas suspeitas. Esse é um champanhe dos bons.— Queres jogar também? – Luiz questiona.
M I AAlguma coisa mudou. É minha constatação quando meus olhos se abrem pela manhã. Não digo isso por olhar para as paredes e este estranho ambiente que me cerca. Menos ainda por estar ao lado de um Luiz que dorme serenamente.Estamos em um hotel, isso é claro. Mas no entanto quanto tento investigar as razões de cá estar com ele, no interior da minha mente, sou agraciada com uma imensa dor de cabeça.Uma corrente fria toca minha pele e eu estremeço. Deixamos a janela aberta ontem, então levanto-me da cama e vou até a janela para fecha-la. No entanto algo estranho acontece quando após realizar essa tarefa, me deparo com algo curioso e estranho.Um objecto dourado e grosso enfeita o meu dedo anelar. Tenho a sensação de já ter visto esse objecto muitas vezes no decorrer da minha vida. Já vi com Ella e Giancarlo, meus pais, e outros casais. Só que existe uma diferença, eles são casados e eu obviamente não!O que de facto aconteceu ontem? Meu coração se acelera em antecipação, enquanto si