M I A O almoço está divinal, a lasanha foi feita no ponto perfeito, uma última mordida no meu prato preferido, um gole de sumo natural e me sinto no paraíso. Meu estômago está levemente cheio, o almoço foi simplesmente maravilhoso, conversamos sobre diversos assuntos.Mirella se mostra uma mulher cética e divertida, ela é daquele tipo de gente em que elegante até nos mínimos movimentos. Aposto que ela deve ser assim por causa da criação que teve, me aperta o coração quando lembro o sofrimento que tia Antonella passou durante todos esses anos quando tomaram uma de suas gémeas.Nenhuma mãe merece passar por tanto sofrimento. É mesmo muito triste que ela tenha falecido sem ter a chance de conviver com suas filhas e netos. Mas que bom que elas fizeram as pazes com o seu passado, e agora convivem em harmonia tal e qual os irmãos devem conviver.— Não gostarias de conhecer o teu pai, Ella? – questiono, atraindo a atenção da minha amiga. Os olhos azul celeste se fixam em mim, com curiosida
L U I Z — Bom dia, Luizzzzz.— Bom dia, Luiz.As meninas cantarolam ao entrar no carro pela manhã de terça-feira elas estão muito entusiasmadas quando se sentam no banco de trás. Grazi não se aguenta quieta no banco e balança para frente, encarando-me ansiosa.— Bom dia, Grazi e Giuliana! Como estão? Vejo que estão animadas para mais um dia de aulas. – Digo, ao ajeitar o cinto no meu corpo e observando elas imitando-me.— Estamos muito bem, Luís. Animadas porque esse final de semana iremos passear com nossa mãe biológica. – Giuliana conta.— Sim, nossa mãe Mirella nos levará para ficar com ela. – Grazi acrescenta, repleta de alegria.— Uau, meninas, isso é realmente fantástico. – Digo, ao dar arranque no carro e colocá-lo em movimento. — Espero que seja muito divertido. Animadas para as aulas?— Sim. – Giuliana diz.— Eu nem tanto, queria ficar em casa a brincar com meu irmãozinho, mas minha mãe diz que devo ir a escola. – Grazi diz, como sempre ela arranja meios de não ir à escola,
L U I Z Quando a noite enfim cai, já estou devidamente pronto e então apenas saio da mansão D'Angêlo. Decido ir à pé até ao nosso ponto de encontro, aproveito para ir apreciando a beleza da cidade no período vespertino.A conversa que tive com minha mãe ainda se mantém na minha mente, a verdade é que só de pensar neles o meu coração queima de saudades. Sinto falta de todos eles... Especialmente da minha abuela. Mas no entanto ainda não sinto-me pronto para voltar para o lugar que algum dia foi o meu lar, não agora.Talvez um dia consiga. Mas esse dia certamente ainda está muito longe. Sinto o ar fresco da noite tocar minha pele, suspiro com as lembranças que inundam minha mente; A noite era a parte favorita do dia para minha avó, ela adorava o céu estrelado, dizia que convidava a melhor reflexão.— Ei, estranho. – A voz de Mia me desperta dos meus devaneios.Ela para em minha frente, o que me permite admirar a escolha do seu vestuário. Mia está vestida de calças jeans e uma blusa colo
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama
L U I Z — Não precisas, podes ir para casa. – Mia começa a dizer, mas pelo olhar que sua mãe me oferece não acho que seja um convite possível de negar.— Irei entrar, quero cumprimentar a tua mãe.Mia suspira ao meu lado, a medida que a porta em nossa frente se abre com rapidez, a senhora alegre nos espera do outro lado e nos dá passagem para entrar. Ela me convida a sentar no sofá, Mia escolhe o sofá do lado oposto para se sentar, ao lado da mãe.As duas assim lado a lado não tem nenhuma semelhança a não ser o sorriso, Apesar de o cabelo de Mia estar pintado de loiro nas pontas, é visível que o seu cabelo é todo escuro como os seus olhos, enquanto que a sua mãe tem cabelo castanho claro, como se estivesse a ir para ruivo e seus olhos são verdes.Elas tem o mesmo olhar e sorriso.— Como estás... ? – A Mãe de Mia pergunta, o olhar inquisidor sobre mim.— Estou bem, senhora.— Cruzes, me chama de Bianca apenas. Senhora faz parecer que sou muito velha. – Ela diz antes de sorrir.— Chama
M I A Escuto meu pai resmungar enquanto nos ajuda a lavar a loiça da manhã, sorrio com as suas lamentações. Quem vê de longe pode achar que é por estar na cozinha que ele reclama, mas na verdade é por causa do facto de Luiz vir almoçar connosco.- Quem é esse tal de Luiz? Por quê precisamos preparar um almoço especial para ele? Querida, existem restaurantes aos montes em Veneza para isso. - Pai reclama, franzindo a testa.- Pai, eu já expliquei. Ele é um amigo, acaba de chegar da Espanha e pediu que eu ajudasse-o a desvendar a Itália. Então mãe convidou-o para almoçar connosco no dia de hoje. - Explico, pelo que deve ser a enésima vez.- Querido, eles ainda não são namorados e sim bons amigos. Então desfaz essa tromba, homem. - Escuto mãe dizer e me engasgo, com as suas palavras.- Como assim, ainda? Querida por favor, ainda sou jovem para morrer do coração. Não brinques comigo...- Que drama, pai. É só um amigo. Ele só vem almoçar e depois irá para casa. - Olho para minha mãe enquan
L U I Z Corto um pedaço da lasanha e mastigo devagar. O sabor é tão bom, leve e bem temperado, o queijo, a carne, o molho e a massa, tudo parece cozinhado na perfeição. Sem que me dê conta o que tinha no meu prato desaparece magicamente.— Gostaste? – Para minha surpresa, quem pergunta é o senhor Giuseppe.— Sim e muito! – Respondo antes de beber o um pouco do meu refresco. — Posso aumentar?— Podes, fica à vontade. – Dona Bianca aumenta autoriza e não perco tempo.— Bianca cozinha muito bem, se ela tivesse um restaurante tenho a certeza que ferveria com clientes. – Ele conta orgulhoso, tem um olhar de admiração sobre a sua esposa e está aí algo que nunca presenciei. Um homem devotado a sua esposa.— Eu sempre digo isso mas mãe nunca leva à sério. – Mia comenta.— Vocês são uns queridos, meus amores, mas realmente acho um exagero.— Minha mamá tem um restaurante lá em Sevilha, perto de casa. Ela sempre adorou tudo que dissesse respeito a gastronomia italiana, lá não há meio de semana