Annabelle narrando.Trailer.Acendo o isqueiro para atear fogo no trailer. No entanto recuo, quando Mel aperta o meu pulso e seu olhar inocente reflete lá no fundo.— Você não quer ir embora?— a questiono— Eu também não.É daí que volto atrás com a ideia de forjar um incêndio, resolvendo entrar novamente na lata-velha com as crianças. — Vamos fingir que nada aconteceu, Mel, seu pai não precisa saber.A manipulo, percebendo seus olhinhos doces me encararem atentamente. Ela não está dizendo nenhuma palavra, gostaria tanto de poder ouvir a sua voz de novo.Coloco a bebê sobre a cama, desfazendo toda a mochila que havia feito. Visto a mesma camisola que Richard pôs em mim e me deito na cama para esperá-lo voltar. Ligo a TV colocando num desenho infantil, por mais entediante que seja, quero poder reconquistar a confiança da minha filha novamente.— Bora assistir filmes juntas?— a convido, animada.— Anda, Mel, tem espaço.Abro um canto na beirada da cama, e na hora, observo a pequena se a
Pov's Annabelle. Trailer- Meio da floresta. Madrugada. Mel agarrou no sono e está dormindo no quarto com a bebê.Eu e Richard estamos na cama da sala. Minha cabeça está apoiada em seu peitoral desnudo, enquanto assistimos TV. Me ergo, alcançando o seu rosto. Grudo os nossos lábios, iniciando um beijo de tirar o fôlego. Nosso beijo é lento, no decorrer fica eufórico, quando nossas línguas brigam por espaço. Encerramos o beijo com alguns selinhos.Sorrio, dando uma risada alta.— O que foi?— franze a testa confuso.— Eu só acho que não devemos.— retiro sua mão da minha bund@.– Estou de resguardo. — lhe fito desafiadamente.— É uma pena.— seu olhar sedutor percorre...E lhe arranco um beijão. Nossas bocas se encaixam em perfeita sintonia, criando várias camadas nos toques mais intensos que damos um ao outro. Temos uma química, que quando os nossos corpos se juntam transbordam como uma chama.Seus lábios descem pelo meu pescoço, onde defere beijos molhados e chupões. Arfo, de olhos
Pov's Annabelle.Nova York.Cabana 20 horas 30 minutos, Sábado.Richard é um psicopata, não sente emoção. Quando o conheci foi num hospício, estávamos naquele lugar nojento, éramos excluídos da sociedade. Fomos considerados pelos psiquiátricos incapazes de sentirmos afeto.Quando a Mel nasceu, foi bem difícil... não tinha vínculo nenhum com a menina, cuidava dela igual um brinquedo. Choro dela me irritava, surtava muitas vezes em fazê-la parar de chorar.Tinha medo em um dos meus surtos, eu acaba a machucando, porque meu psicológico sempre foi muito fodido.— Pra onde vai?— Não é da sua conta.Richard me barra, pondo-se na minha frente. Reviro olhos. — Vai continuar me ignorando, Annabelle?— O que você acha?— dou de ombros.— Caralho, já expliquei que não foi culpa minha, acredita em mim.Suspiro fundo, ouvindo sua ladinha.— Ah é? Vou fingir que acredito!– É sério, Annabelle, acha mesmo que vou aturar outro bebê nesta porra?— seu tom se altera.— Já basta a pestinha.— Não te dou
POV’s Annabelle. Cabana. 21:45 NOITE- Sábado.. Mel agarrou no sono, retiro sua cabecinha do meu colo, saindo de fininho para não despertá-lá. Posiciono-me o ursinho de pelúcia ao lado dela, enquanto a fito. É tão estranho.... é tão indiferente para mim, não saber como agir como uma mãe normal. Fico tentada em dá um beijo na testa da minha filha de boa noite, mas desisto, quando Richard aparece no cômodo. — Está procurando a maneira de como vai machucá-la, Annabelle?— o tom rouco provoca-me, lhe reprimo através do olhar. — Como é que é? Está se ouvindo? Repreendo de como reage, enxergando o enorme sarcasmo escancarado em sua face cínica. — Estou trazendo apenas os fatos!— cruza-se os braços.— Você não ama ninguém. — E você muito menos.— respondo.— Você morre de inveja que a Mel dá atenção somente a mim. Se você fosse embora, ela não sentiria sua falta. Jogo, rindo tão alto, para que o som da minha risada acabe fazendo-o perder a cabeça. No entanto, não se descontrola, seu
POV’s Annabelle. Cabana.00:45 DA MADRUGADA- domingo..Esfrego a minha mão na pia, consecutivas vezes. — Vai demorar quanto tempo nesse banheiro, Annabelle?— ele bate na porta, impaciente. — Não vê que eu tô ocupada?— Pô meu, estou te esperando.O escuto suspirar agoniado. Reviro os olhos, o imitando.— Acha mesmo que eu vou querer desfrutar desse seu corpicho, lindo?— uso um tom malicioso, ao espia-ló da brecha da porta.Richard mostra sua barriga bem definida, está sem camisa e seus músculos fortes, lhe deixa super sexy. Qualquer uma no meu lugar abriria facilmente as pernas para ele.— Por quê não?— o olho de relance, com sorrisinho sarcástico nos labios.– Porque estou cansada, Richard. Vejo a frustração presente em seu rosto, no exato momento que quebro suas expectativas.— Tô meia hora em pé te esperando, Annabelle. — Esperou de besta.Me retiro do banheiro, passando pela sua frente, toda me rebolando. Ele fica me secando, ao vê-me com um mini short. — Caralho, não fa
Pov's Annabelle. Domingo 7 horas da manhã. Cabana- New York. Acordei com o enjoo insuportável, caramba! Richard ficou a madrugada inteira enchendo o meu saco. — Bom dia, mamãe. — Já tomou banho, garota?— meu tom sai surpreso, enquanto esfrego os meus olhos. Mel está de vestido de florzinha, usa o seu rosa típico. Em seu cabelo loirinho há um laço. — Eu e o papai vamos ao parque. — Não me diga. É bem no exato momento que o pilantra aparece no quarto, todo arrumado. O cheiro forte do seu perfume masculino preenche o ambiente. Richard acena para mim, com sarcasmo. Faço uma careta de nojo, por ele se sentir vitorioso ao estar conseguindo ganhar aposta. — Não vai também, meu amor?— o tom rouco do próprio me alfineta, com deboche. Reviro os olhos, disfarçadamente, para fingir na frente da nossa filha que somos um casal "perfeito." — Estou enjoada, vida.— menciono o apelido carinho.— Acho que esse bebezinho não está me fazendo muito bem. — Gravidez não é doença, Annabelle.
POV’s Annabelle. Cabana. Domingo 14:30 PM. Eu achando que ia ter paz quando voltasse para a cabana.... — RICHARDDDD! — grito, atrepada em cima da cama. — O que foi, porra? — Tira esse pulguento de perto de mim, pelo amor de Deus— aponto, ouvindo o latido. – Ah, Annabelle, fala sério. Tá com medo disso aqui? Estando todo confiante, pega o animal de estimação para segurar. Mas logo o cachorro avança nele, querendo morde-ló. – Bem feito!— rio.— É só um "bichinho indefeso".— imito o seu tom de voz, sacaneando. — MELISSAAAAA. O próprio dá um grito bem alto, chamando a nossa filha que está lá na sala, colocando ração para alimentar o animalzinho insuportável que não para de latir. — O que foi, papai? — Pega esse vira-lata, e tira daqui!— com o dedo indicador aponta, ordenando.— Anda, eu tô mandando! A pequena estremece ao receber o olhar duro. A frieza de como os olhos azuis do seu pai repassam, lhe intimida. — Não precisa gritar com a criança, Richard. E nossa pequena cor
Pov's Annabelle. Domingo Floresta.Richard me persegue pela floresta, falando inúmeros palavrões. Estamos no meio do matagal escuro, discutindo.— Volta para cabana e vai olhar a menina!– Você que é a mãe, você que tem que olhar. A responsabilidade é sua! — Até parece.Sou prensada na árvore e ele bufa igual um animal raivoso, querendo tem algum controle sob mim. — Você tá grávida!— Richard respira fundo.— Vamos voltar para casa.— pega em meu braço.— Eu não vou.— me debruço.— Annabelle, não testa a minha paciência!— ameaça, com a mão fechada em punho. — VAMOS VOLTAR PARA CASA, CARAMBA!— dá um grito, contra o meu rosto.— Você não é o meu DONO!— aos gritos, revindo de volta.Richard põe-me em seus braços, carregando-me a força.— O QUE ESTÁ FAZENDO?— esperneio.— Me coloque no chão! Por mais que eu faça um escândalo, não me dá ouvidos, simplesmente me leva até a cabana contra a minha vontade. Quando chegamos na porta, ele me solta, quando arrebento uma mordida em seu braço. —