Annabelle narrando.Na manhã seguinte...14:45 PMSegunda- Feira.Aquele demônio foi embora bem cedo e me largou jogada no hospital. Quando acordei, me deparei com três corpos. Tive que sair às pressas, e o pior, estou andando a pé no meio do sol quente, toda costurada e sangrando. Olho para um lado pro outro, observando se vem algum carro que possa me dar uma carona. Caminho em sentido ao lugar no qual estávamos nos escondendo. Não é bem um lugar, é um trailer caindo os pedaços, que fica localizado distante da antiga cabana no qual morávamos. Me arrependo até hoje de ter caído na manipulação do Richard, ele fez tudo de caso pensado. Ele me fez abrir mão da Mel, e agora que estou sem nada, ele simplesmente está me descartando. Mas isso não vai ficar assim....— Abre essa porta, seu miserável!— bato com tanta força, fazendo barulho.— ABREEEE, SENÃO EU VOU ARROMBAR!Ameaço e pego uma pedra grande, arremessando contra a janela de vidro.— Tá louca?Ele sai para fora, com a criança ch
Pov's Annabelle. Trailer- Meio da floresta. 15:30 PM.- tarde.Analiso minuciosamente como a Mel está mudada; seu cabelo cresceu. Foram somente alguns meses longe e ela já está desde tamanho. Seus olhinhos curiosos pairam em mim e Richard. — Não vai abraçar a mamãe, filha?— pergunto.E ela vem receosamente, parando na minha frente e mirando fixamente a bebê que está em meus braços. E o primeiro gesto que a pequena faz é pegar na mãozinha da recém-nascida, fazendo carinho.— Essa é a sua irmãzinha, princesa.— Richard comenta, todo entusiasmado. — Gostou?Fecho a cara, lancando-lhe um olhar feio. O que me choca é vê que Mel nega com a cabeça, retirando sua mão rapidamente.Ela se afasta, sentindo medo da presença de Richard. — O que você fez com a menina, para traumatiza-lá desse jeito?— indago, ficando nervosa.— Responde filho da puta!— Não fi-z nada, Annabelle.— o próprio se defende, abrindo um sorrisinho maldoso— Eu apenas a trouxe de volta ao lar.— Simples assim, não é Richard
Pov's Annabelle. Trailer- Meio da floresta. 20:45 PM.Observo-a dormir, deitada na cama. Cubro-a, saindo do devaneio quando Richard aparece.—Está melhor?— coloca-se atrás mim, envolvendo os braços em volta do meu corpo.— Sim, nunca estive tão ótima— enfatizo, virando-me. — Tá com fome?—Um pouco— murmuro, fazendo um bico manhoso.— Estou cheia de cólica.— sento na cadeira.— Quer um remédio, Annabelle?— nego com a cabeça, vendo-o pôr mão na minha testa.— Você está com febre.– Também você me fez quebrar a porra do resguardo.— o acuso.— Tú me fez tanta raiva ontem, seu desgraçado, que eu queria te matar.— Desculpa, paixão.— o mesmo sussurra, carinhosamente.— Me deixa cuidar de você vai.— súplica com o olhar, estando "manso".— Não preciso de ninguém, eu sei me virar sozinha.— dou de ombros, sem dá o braço a torcer. Tento me levantar, mas daí tombo para trás. Richard me segura quando sinto a tontura forte.— Vou te levar para tomar banho.A contragosto seguro no braço dele, enquan
Annabelle narrando.Trailer.Acendo o isqueiro para atear fogo no trailer. No entanto recuo, quando Mel aperta o meu pulso e seu olhar inocente reflete lá no fundo.— Você não quer ir embora?— a questiono— Eu também não.É daí que volto atrás com a ideia de forjar um incêndio, resolvendo entrar novamente na lata-velha com as crianças. — Vamos fingir que nada aconteceu, Mel, seu pai não precisa saber.A manipulo, percebendo seus olhinhos doces me encararem atentamente. Ela não está dizendo nenhuma palavra, gostaria tanto de poder ouvir a sua voz de novo.Coloco a bebê sobre a cama, desfazendo toda a mochila que havia feito. Visto a mesma camisola que Richard pôs em mim e me deito na cama para esperá-lo voltar. Ligo a TV colocando num desenho infantil, por mais entediante que seja, quero poder reconquistar a confiança da minha filha novamente.— Bora assistir filmes juntas?— a convido, animada.— Anda, Mel, tem espaço.Abro um canto na beirada da cama, e na hora, observo a pequena se a
Pov's Annabelle. Trailer- Meio da floresta. Madrugada. Mel agarrou no sono e está dormindo no quarto com a bebê.Eu e Richard estamos na cama da sala. Minha cabeça está apoiada em seu peitoral desnudo, enquanto assistimos TV. Me ergo, alcançando o seu rosto. Grudo os nossos lábios, iniciando um beijo de tirar o fôlego. Nosso beijo é lento, no decorrer fica eufórico, quando nossas línguas brigam por espaço. Encerramos o beijo com alguns selinhos.Sorrio, dando uma risada alta.— O que foi?— franze a testa confuso.— Eu só acho que não devemos.— retiro sua mão da minha bund@.– Estou de resguardo. — lhe fito desafiadamente.— É uma pena.— seu olhar sedutor percorre...E lhe arranco um beijão. Nossas bocas se encaixam em perfeita sintonia, criando várias camadas nos toques mais intensos que damos um ao outro. Temos uma química, que quando os nossos corpos se juntam transbordam como uma chama.Seus lábios descem pelo meu pescoço, onde defere beijos molhados e chupões. Arfo, de olhos
POV’s Annabelle. Trailer.08:00 AM.Estou muda, calada, paralisada com tudo que presenciei nesta manhã. Richard termina de enterrar o corpo, numa cova rasa no meio da floresta. — Annabelle...— Não fala comigo.— lhe corto.— Vai ficar com essa cara até que horas?— Essa é a minha cara, Richard, se não gosta, problema seu.— Para de besteira, Annabelle! — ele murmura. – Já tinha que esperar que a menina seria uma psicopata também.– Ela não é uma psicopata.— respondo.— Cometeu o crime sem querer.— Para de defender quem não presta, Annabelle. — Ok, Richard, tem razão, a pestinha não presta.Entreolho para garotinha que está sentada no mato, um pouco distante. Guio o meu olhar, para bebê que seguro.— Quer saber? Não vou levar ela de volta para casa da velha.— Quem foi que disse que não, Richard? — Não era tú mesmo Annabelle que queria a menina de volta. Pois então pronto, terá que suportar conviver com ela.— seus olhos cruéis brilham ao enfatizar.— Você é tão escroto, Richard.—
Annabelle narrando.Nova York City-Sexta-feira.Pareço até uma freira, com esse vestido abaixo do joelhos. Não me sinto nada confortável, em andar desse jeito.Entreolho de relance para outro, que carrega a recém-nascida nos braços. Do outro lado, Mel está, segurando na minha mão. Agimos até mesmo como uma "família feliz". Estamos parados de frente a resistência da velha. Oh meu Deus! Que casa bonita. Meu sonho é ter uma casa dessas.Andamos para entrar.Por um momento, Richard entrelaça os nossos dedos para fingir sermos um casal. Lhe fuzilo com o olhar, achando bizarro estarmos de mãos dadas.— Casais normais agem assim.— ele explica, cochichando baixinho, enquanto toca a campainha.— Por favor, sem palavrões.— Você pedindo por favor?— debocho, lançando-lhe um olhar sarcástico.— Que piada sem graça. — Ela tá vindo.— o loiro avisa, e nós dois se recompõem, ajeitando a postura. Abro o sorriso mais falso para recepcionar a velha. Mas se bem que ela não é tão velha..... A mãe de Ric
Pov's Annabelle. Hospital. Sexta-feira 23:00 PM.Sentada ao lado dele, escuto:— Se ela morrer, eu te mato.Richard repete a frase friamente, entreolhando para o fundo das minhas íris. Engulo em seco, constatando que ameaça é real. Vejo suas mãos se fecharem em punho; e seu maxilar travar. — Richard, e-eu...Quando vou confessar a verdade, recuo, olhando para Mel que está do outro, encostada na parede, de braços cruzados.— A queda foi acidental, a velha veio para cima de mim, tropeçou no próprio salto e caiu.Invento a história para proteger a Mel. No entanto, sou intimidada pelo seu olhar penetrante. — Te odeio. — declara com tanto desprezo.— Tô cansado das suas mentiras, Annabelle! Cansado!— briga comigo, enquanto se movimenta de um lado pro outro feito um louco.— Tenta entender, a velha veio para cima de mim.— dou de ombros, fazendo uma cara de vítima.— Quem mandou ela ser burra.— Não chama a minha mãe de burra, caralho!— ele grita, na maior agressividade. — Você quer que