POV’s Annabelle. Floresta. DUAS SEMANAS....Estamos nós duas nos abrigando em uma barraca de acampamento no meio da floresta. — O papai ainda não voltou. Mel repete e bufo baixinho, com seu comentário. Caramba, que menina chata!— E daí?— a olho.— Ele que tem que vir, nós não iremos atrás dele. – Mais eu queria ver a Hope. — Não confio você, perto da outra.— afirmo, analisando-a de relance. — Por que não, mamãe?— Porque você não é esse anjinho que está na minha frente. — miro pro fundo dos seus olhinhos ingênuos. — Então para de fingir, ser essa criancinha normal.A pequena entorta a cara quando a repreendo e se afasta, indo se isolar em outro lugar. Fico olhando pro tempo, sem ter nada para fazer. Confesso que já estou morrendo de saudade do Richard, mas não serei a primeira ir atrás, ele que tem que implorar para voltar. **************************************************Na mesma noite.19:56 PMEstá escuro, estou sentada na beirada da fogueira, me aquecendo do frio. Mel e
Pov's Annabelle Hospício. 00:45A minha cabeça dói tanto com o choque elétrico que recebo, que sinto que irei ter um colapso. O som da máquina é desligado e escuto um barulho estrondoso. A minha visão está tão lenta e distante; daí de repente o tom de desespero ecoa:— Annabelle!— Richard! Ele me abraça, retirando o que está me prendendo na maca. — Você está bem?— seus dedos circulam no arredor do meu rosto, enquanto checa.— Me sinto tonta.— falo, sendo amparada pelos seus braços. — Vamos sair daqui— o mesmo vai me puxando.— Consegue andar?— Sim! O que você fez com ela?— interrogo, ao vê sua mãe inconsciente estirada no chão. Nós dois vemos que há sangue em volta. Entreolho para Richard que pouco se preocupa naquele momento, há uma postura fria na sua expressão. — Essa velha tentou te matar, Annabelle. — seu tom sai indignado.— Temos que dar o fora daqui, rápido.Apressamos os nossos passos, saindo correndo pelo corredor. Tropeço algumas vezes, por está fraca.Richard toma
Pov's Annabelle. Algumas horas depois.Estamos estacionado no posto de gasolina, ficaremos aqui até amanhã. Que irônico, agora ele está me olhando com a cara de cachorro manso, vendo-me dá de mamar a bebê.Ela é tão calminha. — Você leva jeito, Annabelle.— ouço o tom bobo soando. — Ah, cala boca!— mando, ficando sem graça. O escuto rir.Seu sorriso é tão lindo, que me pego admirando-o de relance. Em seguida viro a cara, envergonhada, ao perceber que Richard também está me olhando.Após, o silêncio percorre.A bebê termina de amamentar e a coloco na cadeirinha. Cubro-a com a fralda para que não fique resfriada, está fazendo um frio da porr@, por conta do ar-condicionado. Mel também agarrou no sono e dorme toda de mal jeito no banco do carro. A deito, deixando-a mais confortável.Richard fica no banco motorista e eu passo para frente, nós dois estamos calados. Acho que não foi uma boa ideia, nos declaramos um para outro. Por um momento sinto sua mão posicionar sobre a mim, encar
Pov's Annabelle.Nova York.Cabana 20 horas 30 minutos, Sábado.Richard é um psicopata, não sente emoção. Quando o conheci foi num hospício, estávamos naquele lugar nojento, éramos excluídos da sociedade. Fomos considerados pelos psiquiátricos incapazes de sentirmos afeto.Quando a Mel nasceu, foi bem difícil... não tinha vínculo nenhum com a menina, cuidava dela igual um brinquedo. Choro dela me irritava, surtava muitas vezes em fazê-la parar de chorar.Tinha medo em um dos meus surtos, eu acaba a machucando, porque meu psicológico sempre foi muito fodido.— Pra onde vai?— Não é da sua conta.Richard me barra, pondo-se na minha frente. Reviro olhos. — Vai continuar me ignorando, Annabelle?— O que você acha?— dou de ombros.— Caralho, já expliquei que não foi culpa minha, acredita em mim.Suspiro fundo, ouvindo sua ladinha.— Ah é? Vou fingir que acredito!– É sério, Annabelle, acha mesmo que vou aturar outro bebê nesta porra?— seu tom se altera.— Já basta a pestinha.— Não te dou
POV’s Annabelle. Cabana. 21:45 NOITE- Sábado.. Mel agarrou no sono, retiro sua cabecinha do meu colo, saindo de fininho para não despertá-lá. Posiciono-me o ursinho de pelúcia ao lado dela, enquanto a fito. É tão estranho.... é tão indiferente para mim, não saber como agir como uma mãe normal. Fico tentada em dá um beijo na testa da minha filha de boa noite, mas desisto, quando Richard aparece no cômodo. — Está procurando a maneira de como vai machucá-la, Annabelle?— o tom rouco provoca-me, lhe reprimo através do olhar. — Como é que é? Está se ouvindo? Repreendo de como reage, enxergando o enorme sarcasmo escancarado em sua face cínica. — Estou trazendo apenas os fatos!— cruza-se os braços.— Você não ama ninguém. — E você muito menos.— respondo.— Você morre de inveja que a Mel dá atenção somente a mim. Se você fosse embora, ela não sentiria sua falta. Jogo, rindo tão alto, para que o som da minha risada acabe fazendo-o perder a cabeça. No entanto, não se descontrola, seu
POV’s Annabelle. Cabana.00:45 DA MADRUGADA- domingo..Esfrego a minha mão na pia, consecutivas vezes. — Vai demorar quanto tempo nesse banheiro, Annabelle?— ele bate na porta, impaciente. — Não vê que eu tô ocupada?— Pô meu, estou te esperando.O escuto suspirar agoniado. Reviro os olhos, o imitando.— Acha mesmo que eu vou querer desfrutar desse seu corpicho, lindo?— uso um tom malicioso, ao espia-ló da brecha da porta.Richard mostra sua barriga bem definida, está sem camisa e seus músculos fortes, lhe deixa super sexy. Qualquer uma no meu lugar abriria facilmente as pernas para ele.— Por quê não?— o olho de relance, com sorrisinho sarcástico nos labios.– Porque estou cansada, Richard. Vejo a frustração presente em seu rosto, no exato momento que quebro suas expectativas.— Tô meia hora em pé te esperando, Annabelle. — Esperou de besta.Me retiro do banheiro, passando pela sua frente, toda me rebolando. Ele fica me secando, ao vê-me com um mini short. — Caralho, não fa
Pov's Annabelle. Domingo 7 horas da manhã. Cabana- New York. Acordei com o enjoo insuportável, caramba! Richard ficou a madrugada inteira enchendo o meu saco. — Bom dia, mamãe. — Já tomou banho, garota?— meu tom sai surpreso, enquanto esfrego os meus olhos. Mel está de vestido de florzinha, usa o seu rosa típico. Em seu cabelo loirinho há um laço. — Eu e o papai vamos ao parque. — Não me diga. É bem no exato momento que o pilantra aparece no quarto, todo arrumado. O cheiro forte do seu perfume masculino preenche o ambiente. Richard acena para mim, com sarcasmo. Faço uma careta de nojo, por ele se sentir vitorioso ao estar conseguindo ganhar aposta. — Não vai também, meu amor?— o tom rouco do próprio me alfineta, com deboche. Reviro os olhos, disfarçadamente, para fingir na frente da nossa filha que somos um casal "perfeito." — Estou enjoada, vida.— menciono o apelido carinho.— Acho que esse bebezinho não está me fazendo muito bem. — Gravidez não é doença, Annabelle.
POV’s Annabelle. Cabana. Domingo 14:30 PM. Eu achando que ia ter paz quando voltasse para a cabana.... — RICHARDDDD! — grito, atrepada em cima da cama. — O que foi, porra? — Tira esse pulguento de perto de mim, pelo amor de Deus— aponto, ouvindo o latido. – Ah, Annabelle, fala sério. Tá com medo disso aqui? Estando todo confiante, pega o animal de estimação para segurar. Mas logo o cachorro avança nele, querendo morde-ló. – Bem feito!— rio.— É só um "bichinho indefeso".— imito o seu tom de voz, sacaneando. — MELISSAAAAA. O próprio dá um grito bem alto, chamando a nossa filha que está lá na sala, colocando ração para alimentar o animalzinho insuportável que não para de latir. — O que foi, papai? — Pega esse vira-lata, e tira daqui!— com o dedo indicador aponta, ordenando.— Anda, eu tô mandando! A pequena estremece ao receber o olhar duro. A frieza de como os olhos azuis do seu pai repassam, lhe intimida. — Não precisa gritar com a criança, Richard. E nossa pequena cor