— Vai pro inferno! — Eliana não aguentou mais e deu um soco direto, mirando o rosto de Falcão. Mas ele foi rápido. Pegou a mão dela no ar e a envolveu em sua palma quente, com um sorriso irritantemente calmo. — Estamos no verão, Elia. Não adianta esquentar a cabeça assim, vai acabar fazendo mal para sua saúde. Eliana tentou puxar a mão de volta, mas quanto mais ela se debatia, mais firme ele segurava. — Solta! — Ela ordenou, furiosa. Falcão fingiu não ouvir e, aproveitando a situação, puxou a mão dela para si e começou a caminhar para dentro da mansão. — Faz tanto tempo desde a última vez que estive em casa... Agora que voltei, vou precisar bastante do seu cuidado. Eliana sentiu a raiva aumentar ainda mais. O desejo de matá-lo ficou quase irresistível. Seus olhos fixaram-se na nuca dele, brilhando com uma intenção perigosa. Num movimento rápido, ela ergueu a mão para aplicar um golpe certeiro... Mas, como se já estivesse esperando, Falcão girou o corpo no exato momento
— Não é de se estranhar. — Eliana respondeu com indiferença, como se as palavras de Pola não tivessem peso algum. Não era de se estranhar que ele tivesse, de repente, se declarado para ela de maneira tão apaixonada, quase a fazendo acreditar. No entanto, no fim das contas, tudo não passava de uma estratégia de vingança. Ainda assim, mesmo que tivesse acreditado, ela jamais cometeria o mesmo erro de três anos atrás. — Eliana, para de fingir. Sei que você está furiosa. Afinal, você o ama, mas ele só pensa em te manipular. — Pola insistiu, tentando provocar. — Ainda bem que você não acreditou nele. Senão, acabaria como antes, com o coração em pedaços... Eliana até estava calma, mas Pola era insuportavelmente irritante. Sua voz estridente, repetindo as mesmas provocações, fazia a cabeça de Eliana latejar. Sem mais paciência, ela levantou a mão e deu um tapa forte no rosto de Pola. — Você tem razão. Estou mesmo com raiva. E, já que tudo o que ele faz é por sua causa, então vou des
— O que acontece entre mim e ela não é da sua conta, Pola! — Jacob olhou para ela sem um pingo da consideração que um dia tivera. — Não pense que não sei o que você está tramando. — Jacob, eu não estou tramando nada... — Pola tentou mais uma vez recorrer à sua velha tática de se fazer de vítima. — Só quis explicar as coisas para a Eliana. Sei que fiz muitas coisas erradas no passado, e é por isso que você não confia mais em mim. Mas, dessa vez, eu só queria ajudar, de verdade, explicar tudo para ela. Enquanto falava, lágrimas começaram a escorrer pelo rosto dela. — Eu sei que não há mais nada entre nós dois. Sei que, se não fosse por eu ter salvado sua vida três anos atrás, você não se importaria nem um pouco se eu morresse naquela prisão. Eu entendo a posição que ocupo na sua vida agora. Por isso, como eu poderia fazer algo que te desagradasse? Eu não tenho ideia de como aqueles jornalistas apareceram. Se você não acredita em mim, pode investigar. Jacob continuou a encará-la,
Não só estava vivo, como também com as duas pernas funcionando perfeitamente — e Jordan estava abraçado de maneira intimamente desconcertante com Eliana.Então ele não estava morto! Se ele não fosse Jordan, como Eliana permitiria que ele a tocasse daquela forma? Desde o começo, tudo não passou de uma encenação entre os dois?Esse pensamento inflamava o coração de Jacob com uma mistura de raiva e tristeza. Se ela foi capaz de se aliar a Jordan para planejar essa armadilha, isso só podia significar que Jordan realmente tinha um lugar importante no coração dela!A expressão carregada de Jacob não passou despercebida por Eliana e Falcão.Eliana, no entanto, sequer olhou para ele. Sem dar a menor atenção, afastou Falcão com um empurrão e, com os documentos na mão, seguiu em direção à sala de reuniões.Havia uma reunião importante naquele dia, e o atraso já era culpa daquele cretino do Falcão, que havia tomado tempo demais.Ao chegar à porta, Eliana, com o rosto completamente inexpressivo, e
Jacob agarrou a gola da camisa de Falcão com força, os olhos escuros faiscando de raiva. — Eu não quero saber se você é o verdadeiro Jordan ou só uma cópia barata. Estou te avisando: não ouse testar os meus limites!— Limites? — Falcão não tentou se desvencilhar. Continuou parado, a expressão impassível, como se estivesse genuinamente curioso. — E quais seriam seus limites, Sr. Jacob?Jacob estreitou os olhos, a voz saindo fria e cortante, palavra por palavra:— Eliana é minha.Falcão soltou uma gargalhada alta, debochada, como se tivesse acabado de ouvir a melhor piada do dia.— Sua? — Ele balançou a cabeça, rindo ainda mais. — Sr. Jacob, você parece ter esquecido que vocês já estão divorciados. E, pra sua informação, agora ela é minha namorada.Falcão ignorou completamente o olhar cada vez mais furioso de Jacob e continuou, com um sorriso provocador:— Aliás, ouvi dizer que você tentou reatar com ela... E ela recusou!A zombaria em seus olhos ficou ainda mais evidente enquanto ele d
O médico olhou para o relógio, impaciente.— Cadê o marido da paciente? Se ele não vier logo assinar os papéis, vai ser tarde demais.A enfermeira respondeu com um ar de desconforto:— Ele disse que não vai vir. Disse que a paciente pode se virar sozinha, que ele não se importa.Se virar sozinha...Na mesa de cirurgia, coberta de ferimentos e lutando pela vida, Eliana Walton tentou levantar uma das mãos.— Me dá o celular... — Murmurou com dificuldade.A enfermeira, vendo o desespero nos olhos da paciente, rapidamente entregou o telefone.Com o corpo inteiro em agonia, Eliana forçou-se a discar o número que estava gravado em sua memória. O telefone quase desligou automaticamente quando, finalmente, a ligação foi atendida.— Eu já disse que a vida dela não importa para mim. — A voz do homem do outro lado era carregada de impaciência e desprezo.— Jacob... — Cada palavra que saía da boca de Eliana parecia rasgar seu corpo por dentro. — Depois que você levou a Pola, os sequestradores det
Na manhã seguinte.Por causa da dor intensa no ferimento de Pola, ela insistiu para que Jacob ficasse mais uma noite no hospital.A caminho do trabalho, ao passar por um cruzamento, Jacob deu uma ordem repentina ao motorista:— Vá para a Vila Werland.Ele não queria voltar para lá, mas suas roupas já estavam há dois dias no corpo. Era hora de trocá-las.Ao chegar na casa, no entanto, não foi recebido com o calor habitual de uma mulher ansiosa pela sua chegada, mas sim com uma frieza que parecia preencher todo o ambiente.No centro da sala, sobre a mesa de café, estava um documento de divórcio.Jacob olhou para a assinatura no final da página, junto com a chave da casa colocada em cima do contrato. Seus olhos escuros brilharam por um breve momento, com uma emoção difícil de decifrar. Em seguida, ele subiu as escadas em direção ao quarto.Era a primeira vez que Jacob entrava no quarto de Eliana.Durante os últimos três anos, eles haviam vivido como estranhos, dividindo a mesma casa, mas
Cidade B ficava a apenas uma hora e meia de Cidade A de carro.Disfarçada, Eliana chegou à Mansão Mason no horário combinado. Sob o pretexto de tratar uma doença, ela aproveitou o momento em que ninguém estava por perto e hipnotizou Axel Mason, o chefe da família Mason.Infelizmente, ela não conseguiu arrancar nenhuma informação útil dele.Sem ter alcançado o objetivo, Eliana caminhava de cabeça baixa, perdida em pensamentos, até que sentiu uma dor repentina na testa.— Descul... — A palavra ficou presa na garganta quando ela levantou os olhos e viu o rosto de quem havia esbarrado nela.Jacob? O que ele estava fazendo ali? Que ironia do destino!Em questão de segundos, Eliana desviou o olhar e, com o rosto impassível, virou-se e saiu.Jacob ficou intrigado. A princípio, ela parecia que iria se desculpar, mas, ao vê-lo, mudou completamente de atitude. Aquele olhar... Tinha algo de ressentido, como se fossem inimigos.Ele se virou, observando a direção na qual ela caminhava, e ficou sur