De Quem é a Culpa?
— Doutor mantenha o equilíbrio. Não desejo acreditar que esteja me ameaçando novamente. Tenha uma boa noite, os próximos dias serão longos para alguém no xadrez. Sua mulher foi sensata e seu sogro tem que recuperar sua dignidade — desligou — Não sou mulher para ser ameaçada — dispensou os amigos, indo para o escritório da mansão fazendo algumas ligações. Pegou a gravação e pediu a um dos seguranças que entregasse ao promotor pela manhã, junto havia uma carta informando que era para anexar ao processo.
A impressa estava eufórica, com a notícia da prisão do deputado Thomas
De Quem é a Culpa? Confuso com o convite inesperado — Eu... Creio que não seria bom que nos visse —tentava desviar o olhar de sua blusa que exibia seus seios livres de sutiã. Estava viúvo há muitos anos e se preocupava demais com a filha se esquecendo de viver. Seu corpo o alertava “estar vivo Richard”. — Não se preocupe com isso, iremos a minha mansão. Entra sem ser visto e sairá da mesma forma. Aceita? — Não poderei negar sua gentileza. Se não tiver problemas. Quando chegaram à mansão a governanta já estava à espera do convidado, sabia exatamente o que a patro
De Quem é a Culpa? O deputado Thomas parecia mais magro. Olhava Luna com ódio. Todos ficaram de pé quando o juiz entrou na sala — Senhores peço que mantenham a calma durante o julgamento — sentou olhando o acusado com o olhar triste — Doutores aproximem-se — ele ficara observando Luna se levantar calmamente, seguindo ao lado do pai ao seu encontro — Estão preparados para um julgamento justo e as alegações iniciais? — Sim, Excelência — respondeu Luna percebendo a presença de sua mãe. — Excelência fico decepcionado com atitude da minha filha neste caso. E
De Quem é a Culpa? — Objeção excelência! — Dr. Victor ficara vermelho ao ouvir sua objeção ser negada. — Negada! Prossiga doutora Luna chame sua primeira testemunha. — Obrigada, excelência — Tragam minha primeira testemunha — Vejam este homem. Foi definido como incompetente, por ser velho ou por que poderia saber demais? — foi até os jurados, onde alguns já tinham seus cabelos brancos — Não os defino incapaz de estar aí pelos seus cabelos brancos ou idade, ao contrário, são sábios e carregam experiências que serve de ensinamento para todos aqui presente — retornou a sua testemunha —
De Quem é a Culpa? — Sim, eu vi quando os pais. Como iriam questionar algo se tem um dos melhores advogados? O delegado pediu que eu sumisse com as provas, caso existisse algo a mais, dizendo: “O assassino já está preso, esse negro safado”. Creio que pense que eu esteja morto mesmo ou falando com um amador. Eu guardei tudo e já que o advogado da família não me procurou entreguei todas as provas à senhora. Houve certo alvoroço na sala que foi contida em seguida. Luna seguiu até os jurados — Senhores e senhoras, como ouviram minha testemunha, todos os envolvidos nã
De Quem é a Culpa? Luna fez a última pergunta: — Era normal vê-lo durante a madrugada entrando e saindo do apartamento da vítima? — Ele procurava dormir algumas... Foi interrompido pelo advogado: — Objeção! — o advogado se manifestou. — Responda sim ou não, por favor. Ele ficou vermelho respondendo: — Não! — Esteve mais alguém no apartamento da vítima? — Apenas o Deputado — afirmou. Luna se afastou — Obrigada! É todo seu Dr. Victor. Pela primeira vez ele
De Quem é a Culpa? — Antes de descobrir que estava namorando Nicole, ele me tratava bem. Era um tio bom comigo — se emocionou — Quando Nicole falou com ele de nós, ele pirou. — Pirou? Poderia nos detalhar esse PI-ROU? — olhava a reação do júri. — Começou a nos seguir. Ele sempre aparecia nos lugares que estávamos. Restaurante, cinema, teatro, academia, etc. Chegou certa vez, arrombar a porta
De Quem é a Culpa? — Desgraçada! Não pode fazer isso comigo. Desgraçada! Mato você! Luna foi até o júri — Como acreditar em sua inocência? Sem mais perguntas! — Contenha-se Sr. Thomas Brue! — advertiu o juiz — A advogada deseja prosseguir com a testemunha? — Sem mais pergunta! — já durava horas de julgamento sem pausa e Luna parecia que acabara de chegar ao tribunal. Poderia encerrar ali e deixar com os jurados, porém, pediu que entrasse o delegado — Delegado Garcia qual sua relação com o Deputado Thomas Brue? Já teve algum contato com Thomas? — Nenhuma! Nunca
De Quem é a Culpa? O deputado estava cabisbaixo não tinha coragem de enfrentá-la, mesmo que fosse com o olhar. Não podia falar de sua vida íntima ali e muito menos da noite do crime, mesmo por que não lembrava. Como falar que esteve com Luna se na verdade não tinha prova. Luna tinha fotos estampadas em uma revista na noite do crime. Estaria ficando louco? Teria matado a filha e abusado dela? Tinham provas saindo com a filha. O que poderia fazer? Durante horas de interrogações e pausa para um recesso, retornando 15min para o veredicto. Ao retornar, Luna sen