Assim que ela saiu, visto a camiseta e amarro a jaqueta na cintura, a fim de disfarçar minha situação, então sigo para falar com a impressa. Enquanto andava pelo corredor, minha mente tentava imaginar o tipo de pergunta que fariam, e como deveria responder a elas. Chego na sala reservada com uma mesa grande e cadeiras para a imprensa e respiro fundo indo me acomodar… Dou um aceno com a cabeça para os seguranças que abrem as portas vendo os jornalistas credenciados entrarem. — Uma pergunta por vez, por favor... — peço educadamente. Uma repórter ergue a mão. — Gostaríamos de saber, primeiro, sobre sua recente declaração sobre ter desejo em carreira solo. — ela pergunta. — Como irá funcionar? — Na verdade seria um projeto paralelo, não tenho a intenção de deixar o Bulletproof tão cedo! Mas sendo sincero não sei se isso vai mesmo acontecer. — faço um um leve bico com os lábios, tentando demonstrar incerteza.
No dia seguinte, apesar de estar cansado pela noite não dormida, porém muito bem aproveitada; Jessica e eu seguimos para o apartamento onde Claud estava escondido a fim de darmos um ultimato nele. Ou ele mesmo contava, ou eu faria! Entro no quarto em silêncio e paro diante da figura decadente do meu eu fajuto, dormindo e babando no sofá, de boca aberta. Rolo os olhos e antes que eu mesmo o acorde, Jessica volta da cozinha com duas tampas de panela batendo uma nas outras.— ACORDA VAGABUNDO! Claud arregala os olhos, grita e cai de bunda no chão.Nego com a cabeça.— Deixa de ser frouxo! — digo depois de um suspiro.— Sua namorada é louca! — ele diz com a voz esganiçada. — Sorte sua que não acordei você com um balde de água, seu verme inútil... — Jessica cruza os braços. — Ou pior, com dois policiais prontos pra te levar!— Você não pode falar muito, sua esposa quis me bater!— Nem imagino o que e
Claud olha a mulher com os olhos marejados cheio de sofrimento genuíno. — Eu… Eu vou… Eu vou me entregar, pagar o preço e seguir minha vida... — diz baixo. — Só mais uma coisa... A mídia anda especulando que você tá grávida... — digo olhando pra Soraya. Ela desvia o olhar, mas logo cruza os braços. — É verdade, estou sim! Mas não é seu… Dele! — Soraya... — Claud faz uma cara triste. — Você me traiu...? — Bom... Eu já imaginava que essa seria sua resposta! — encaro a loira.
— Eu escolhi errado enquanto era você… A Jessica é um mulherão...— diz ele sendo algemado. — Pera aí... Oh! — olho indignado pra ele. — Vai querer me talaricar na cara dura mesmo? — Foi só um comentário! — ele faz uma careta Jessica segura minha mão olhando Claud com dó — A gente vai te ajudar, tá? Vou levar comida pra você na cadeia, okay!? — E a Jackie vai falar com o juiz, você é réu primário, pode responder o processo em liberdade! — digo a ele. Os policiais seguram Claud pelo braço e si
Comecei o dia seguinte antes das nove e infelizmente algumas coisas precisavam ser feitas. A primeira delas era depor oficialmente, o que se tornava de certa maneira prova contra Claud, mas ajudaria nas investigações. Soraya foi contatada pela polícia também é obrigada a manter o bico calado sobretudo para sua segurança e das pessoas ao redor. O agente encarregado do caso não podia contar muito, mas segundo ele a caixa de pandora tinha sido aberta e as coisas eram bem mais sérias do que pareciam! Quanto a mim e Jessica, estávamos sob proteção enquanto a quadrilha era presa e tínhamos policiais a paisana 24 horas, seja em casa ou em tarefas com o grupo.— A primeira coisa que vou fazer quando tudo isso acabar é te levar pra casa de praia onde fiquei escondido! Acho que você vai amar! — digo quando deito na cama esperando por ela.Jessica sai do banheiro de cabelos molhados usando uma de minhas camisas e senta ao meu lado.
Um mês tinha passado desde a prisão de Claud e foi esse o pontapé que faltava para as investigações correrem. Acontece, que meu caso não foi um ato isolado e segundo a Jackie só em Nova York, surgiram denúncias anônimas de dois atores e cantores que passaram pelo mesmo e que infelizmente não tiveram a mesma sorte que eu. Tudo veio à tona quando o segurança de Claud foi pego tentando sair do país e foi só apertarem que ele contou tudo! Era um esquema mundial envolvendo todo tipo de gente e nunca foram pegos porque as vítimas eram mortas imediatamente.Dois dias atrás, após a notícia que um cantor famoso tinha sido vítima da quadrilha, as autoridades acharam melhor não revelar meu nome e eu concordei: quanto menos tumulto para mim e meus entes queridos melhor.Agora, finalmente podia sair de novo sem medo, mas com seguranças, afinal só uma parte da quadrilha havia sido presa.E Claud? Bom, ele ganhou o direito de liberdade condicional e estava
Nesse momento, percebendo meu olhar, Jessica se dá conta do que estava em jogo ali e, assumindo um olhar de mãe protetora, ela assente devagar enquanto uma lágrima assustada brota de seus olhos.Iria proteger nossa família custe o que custar! — T-ta...eu...eu vou. — ela vira para James. — Pense bem no que vai fazer...— Anda antes que eu mude de ideia! — ele atira novamente, dessa vez para cima.Jessica se encolhe com o barulho e de susto, mas faz o que eu peço.— Vamos logo! Você não tem muito tempo! — digo me virando pra ele.Esperava que ele não reparasse minhas palavras, afinal ninguém sabia que a polícia estava a caminho e o homem me pega pelo braço. — Você vai arrumar um jatinho pra me tirar do país, ouviu!?— Claro... Como quiser, posso pegar o celular? — digo apontando pro aparelho.— Não! Eu aluguei no seu nome, pega só seus cartões!— Meus cartões estão no quarto! — dou de ombros, n
Foram quatro horas de viagem, dirigia o Herbie calmante, não tínhamos pressa, apesar de parecer, não estávamos fugindo.— Amor? — chamo por ela assim que estaciono na frente da casa.— Hm? — ela abre os olhos sonolenta. — Chegamos?— Sim meu amor... — dou um selinho nela.— Estou com fome... — ela se espreguiça e retira o cinto— Vem, eu vou alimentar meu dragãozinho... — brinco, saindo do carro.— Dois dragõezinhos! — ela me corrige vindo até mim.— Dois dragãozinhos... — concordo com ela e seguro em sua mão seguindo até a porta de entrada tocando a campainha.Ela segura minha mão e sorri, esperando. Não demora para que a porta seja aberta.— Theodore ?! Jessica? Que surpresa!— Oi mãe! — sorrio pra ela.— Sogrinha, olá! — ela abraça a mais velha. — Tem um quarto para nós!?— Claro querida! Que pergunta! E é tão bom ouvir você me chamando de sogra outra vez... — ela diz,