Quase 1 hora depois que estávamos no bar, já tinha 1 Kalel bêbado, 1 John meloso e um Nathan quebrando copos, por isso eu sabia que era exatamente a hora de parar.
Eric se aproxima com um copo de whisky na mão e celular no ouvido, desligando em seguida. — A meliante acabou de ligar dizendo que estava na hora da parte dois. — Ele diz. — A fantasia ficou pronta no quarto pra você! — Bela maneira de chamar a mãe do seu filho. — Jimmy diz ao segurar outro copo, impedindo o Nathan de derrubar. — Melhor a gente ir mesmo! — Cada um sabe o melhor jeito de chamar sua esposa! — dou de ombros, me levantando. — Isso mesmo e já aproveitei pra pedir a ela que venha ficar comigo, afinal não quero ela vendo o que não deve! — Eric diz — Quem vai dirigir? — Kalel me olha. — O pai de todos... — aponto com a cabeça pra Dean, que estava ao celular com mãe dele, provavelmente preocupado com os filhO amor é inesperado…Um calorzinho no fundo da alma que vai surgindo, às vezes mais nítido, outras menos, no nosso caso construído com o tempo, desde a infância. Esse frio na barriga, suar frio, coração descompassado que pode ser confundido com uma enfermidade, pode ser paixão. A atração torna-se paixão, que evolui ao relacionamento, envolvimentos físico e mental.Mas o amor precisa ser cativado e sim ele pode doer às vezes, mas também ser lindo e com um final único. E aqui estava agora, depois de quase morrer e perder o amor, ele voltou pra mim.A fazenda dos meus pais estava enfeitada num dossel de flores vermelhas e brancas onde fileiras de cadeiras eram separadas por um tapete carmim estendido até ao altar. Não quisemos nada grande, somente com nossos amigos e família, aqueles que torceram pelo nosso amor e ajudaram.SN caminharia ao altar, mas não estava sozinha; nossos pequenos em seu ventre acompanhariam a lind
— Estourou amor, vamos ter nossos bebês...Ela diz na maior tranquilidade e vejo um poço de líquido nos seus pés.— Misericórdia! — O cerimonialista arregala os olhos.— Gente, meus filhos estão nascendo! Aproveitem a festa por nós! — digo e olho pro meu pai. — Pega o carro e vou levar ela!— Gente, sem pânico!! — a voz estridente de Claud rompe o caos. — O que a gente faz!!! Ahh meu deus eu...— o homem rola os olhos e desmaia. Jessica respira fundo segurando minha mão.— Gente… Ai… Não tem motivos pra preocupação e John… Arrasta o Claud por favor, obrigado...— Eu desisto dele... Sério... — nego com a cabeça. — Consegue ir andando ou quer que eu te leve no colo?— Eu consigo ir andando... — ela sorri.— Okay então! — sorri pra ela.— Opa! Essa doeu... — Minha esposa se apoia nos quadris andando devagar pelo corredor decorado, ajudada pelas amigas.— Respira, o segredo é respirar... —
Fico com ela por um tempo, antes de seguir até o berçário, ficaria ali "lambendo" minhas crias.Eles eram lindos, de acordo com o pediatra eles ficariam pouco tempo na incubadora, era só por desencargo de consciência que ele os mantinha ali.— Amor... — Jessica me chama da cama. — Theo?— Estou aqui meu amor! — me aproximo da cama.— Estou com um pouco de sede. — Ela sorri sentando na cama devagar. — Me ajuda, vida?— Claro! — ajudo ela a se sentar, lhe entregando um copo d'água em seguida. — Aqui meu amor!Jessica pega o copo, bebendo um gole generoso.— Estava com sede, deve ser por amamentar!— Talvez... — acaricio seu rosto. — Como se sente?— Muito cansada, mas imensamente feliz! — Ela sorri pra mim. — E você, como se sente papai?— Como se meu coração tivesse triplicado de tamanho, e o espaço extra já preenchido! — sorrio.— O papai mais gostoso da América! — ela sorri de lado.
Uma hora e duas pausas para amamentar, finalmente termino o jantar, colocando nossos pratos na mesa de centro da sala, deixando o clima intimista e familiar. Jessica volta do quarto trazendo a babá eletrônica com câmera, mostrando nossos filhos adormecidos no berço. — Voltei amor. — ela senta, deixando o aparelho na mesa. — Como é bom ser criança, comer, dormir, comer de novo...— Sim! Ganhar tudo pronto na hora que a gente quer... — indico pra que ela se sente.Jessica se acomoda ao meu lado, servindo suco em nossos copos.— Amor, estava pensando esses dias… Os criminosos… Eles foram todos presos, né?— Os que haviam provas suficientes sim! — respondo com um suspiro.Ela assente, mas noto preocupação em seus olhos.— Eu sei como se sente! — acaricio seu rosto.Jessica assume uma expressão séria e pensativa— Os medos da Jessica Morgan de antes são totalmente diferentes agora... — a mulher encara
Estava claro que ele tinha apego emocional muito rápido e nenhum amor próprio! — Você vai devolver os dois e ir mais devagar. — Jessica assume uma expressão séria.— Mas… Mas...— Claud, você precisa estar com alguém que te ame de verdade por quem é, sem barganha ou recompensa! — Ela suspira. — Olha só o que fez, pare e analise: você pegou suas economias, reserva para seu futuro e comprou uma joia pra alguém que está conhecendo há meses!— Eu sei que não deve ser fácil pra você, essa aparência não é a sua! Você deve ficar desconfiado, em algum nível, de que as coisas com a Soraya podem se repetir. — me aproximo dele. — Mas comprar o amor de quem quer que seja, não é a melhor opção!Ele fica pensativo, olhando as próprias mãos.— Mas… E se ela...— E se ela nada! — Jessica o corta do jeitinho dela. — Primeiro que essa fulana era uma fã, certo? Eu estou de olho nela, ouviu? Se eu souber que é só interesse, arranco os cab
Chego em casa exausto, os dias que deixei Claud no meu lugar agora estão sendo cobrados. Os ensaios estão sendo mais puxados pra mim que o de costume, mas não podia deixar os meninos na mão, fora que agora tinha mais duas boquinhas pra alimentar.Confesso que não imaginei que ter um filho desse tanta despesa...Incontáveis fraldas, lenço umedecido, pomada pra assadura... Fora as roupas que já estão ficando pequenas...Assim que entro na sala da cobertura, vejo o ambiente a meia luz e uma mesa posta para dois com o jantar me esperando: o prato era lasanha com uma garrafa de vinho. Olho ao redor procurando Jessica e a mulher sai do corredor, usando um vestido florido e cabelos soltos— Amor, você voltou. — diz baixo. — Estava no escritório falando com os fornecedores... — vem até mim me dando um beijo rápido.— Acho que cheguei bem na hora! — seguro em sua cintura, dando beijos em seu pescoço. — Está cheirosa essa minha esposa...<
Em poucas horas, minha casa se tornou palco de policiais, seguranças e staffs, entrando e saindo, dando depoimentos.O motivo? Uma fuga em massa do presídio de custódia onde entre os fugitivos estavam dois líderes da quadrilha. A informação foi suficiente pra aterrorizar a Jessica e a mim. A mulher mantinha nossos filhos no colo, sentada no sofá observando o entra e sai de agentes. Claud também estava desaparecido, que tornou tudo pior.Eu estava do lado de fora, conversando com um dos policiais. Me sentia aflito, esperava Claud aparecer magicamente, são e salvo, mas sabia que algo terrível estava prestes a acontecer.Os agentes entravam e saíam, suas botas sujando o tapete da sala. Eles faziam perguntas, anotavam respostas, e Jessica tentava acompanhar o que estava acontecendo. Mas sua mente parecia estar em outro lugar. Conhecendo ela como conhecia, provavelmente estava pensando nos líderes da quadrilha, homens perigosos que agora est
Os dias se arrastavam, Claud havia conquistado o coração dos meus pais com seu carisma peculiar. Não era surpresa; o “desgraçado” tinha um jeito abestalhado de ser que cativava a todos.Mas eu? Eu ainda estava inquieto. Cada barulho estranho me deixava em alerta, e a tensão era insuportável. Não conseguia mais viver assim.Ao cair da tarde, encontrei minha esposa. Os olhos dela refletiam a mesma preocupação que eu sentia. Já havíamos decidido: partiríamos naquela noite, levando nossos filhos conosco. Claud ficaria para trás, protegido pelos meus seguranças.O carro estava pronto, as malas arrumadas. O destino? Um lugar distante, onde pudéssemos respirar com mais tranquilidade, sem a apreensão de cada som ouvido. A noite seria nossa aliada, e a estrada, nosso refúgio.Enquanto olhava para o horizonte, senti uma mistura de alívio e apreensão. Com o motor ronronando suavemente, partimos. Meus filhos dormiam no banco de trás, alheios ao mundo que deix