Não sei quanto tempo levei para sair do banheiro, na verdade, não queria nem mesmo ter saído de lá, mas lembrei que Ethan poderia estar me esperando, poderia estar preocupado, e não podia dificultar a vida dele, mas do que já estava fazendo, terminei de colocar a roupa que ele me emprestou e assim que peguei a minha no chão do banheiro, abri a porta e sai, talvez não tivesse realmente notado, mas aquele parecia ser o quarto do mesmo, não era um simples quarto de hóspedes, percebi que não podia demorar, mas sendo esse o caso, andei até a saída do cômodo e abri a porta, assim que o fiz me surpreendi, Ethan estava sentado no chão encostado na parede enquanto segurava Akira em seus braços que dormia bem tranquilo, e seu dono parecia ter seguido o exemplo, já que não abriu os olhos quando abri a porta, me abaixei ao seu lado sem saber se deveria ou não acordá-lo.Olhá-lo com aquela expressão tão serena no rosto enquanto dormia, era algo surreal, suas sobrancelhas, olhos, nariz, boca e quei
“– Acho que você já notou. – A mulher disse, mas não havia entendido exatamente.” “– O que eu notei? – Indaguei completamente confusa.”“– Ethan, você já notou o tipo de pessoa que ele é. – Sim, apenas isso eu tinha certeza naquela história toda, meu vizinho não era alguém que se irritava fácil.”“Posso não saber sobre a história dele ou como ele adquiriu aquelas cicatrizes e nem quem as fez, mas tinha certeza, aquele homem havia sofrido em algum momento da vida, e a partir desse momento o homem entendeu que as outras coisas externas só são passageiras em sua vida.”“– Acho que sei mais ou menos. – Respondi ainda pensativa.”“Para quem o conhecia há mais tempo era fácil saber o tipo de pessoa que a outra é, mas sinceramente vivi em famílias com ótimas aparências, mas que no final me deixaram uma marca.”“– Fica tranquila, com o tempo você vai entendê-lo completamente como se já o conhecesse há anos. – Flora tentou me acalmar.”“– Tudo bem. – Respondi desviando meu olhar para a casa
Ódio, ódio era exatamente a palavra que definia melhor o sentimento que estava sentindo naquela madrugada, queria muito, muito mesmo matar aquele homem, aquele desgraçado, como ele foi capaz de fazer aquilo com ela, se os policiais não tivessem chegado com certeza teria matado aquele cara, não iria parar até abrir um buraco em seu rosto, deveria, deveria ter feito, deveria tê-lo castrado.“Aquele bastardo, filho da mãe, desgraçado de merda! Só de pensar o que ele poderia ter feito com ela, meu corpo parecia que estava queimando, como se formigas-de-fogo estivessem sobre mim.”“Deus! Se não tivesse chegado a tempo! Mesmo que tenhamos saído da sua casa ainda não conseguia me acalmar, o tempo que esperei do lado de fora da porta do meu quarto foi o único momento que havia pregado os olhos.”Mas agora a vendo deitada no sofá encolhida, tão frágil, seu corpo tão pequeno e delicado, ainda não acredito que alguém teria a coragem de fazer isso com ela, me aproximei do sofá em que ela estava d
Ódio, ódio era exatamente a palavra que definia melhor o sentimento que estava sentindo naquela madrugada, queria muito, muito mesmo matar aquele homem, aquele desgraçado, como ele foi capaz de fazer aquilo com ela, se os policiais não tivessem chegado com certeza teria matado aquele cara, não iria parar até abrir um buraco em seu rosto, deveria, deveria ter feito, deveria tê-lo castrado.“Aquele bastardo, filho da mãe, desgraçado de merda! Só de pensar o que ele poderia ter feito com ela, meu corpo parecia que estava queimando, como se formigas-de-fogo estivessem sobre mim.”“Deus! Se não tivesse chegado a tempo! Mesmo que tenhamos saído da sua casa ainda não conseguia me acalmar, o tempo que esperei do lado de fora da porta do meu quarto foi o único momento que havia pregado os olhos.”Mas agora a vendo deitada no sofá encolhida, tão frágil, seu corpo tão pequeno e delicado, ainda não acredito que alguém teria a coragem de fazer isso com ela, me aproximei do sofá em que ela estava d
Depois que terminei de colocar tudo em seu devido lugar e limpar, tranquei a porta da casa da Ayanne da melhor forma possível, assim que tivesse a certeza de que as lojas já estavam abertas iria pedir para trazerem três portas e claro fechaduras novas, não havia muito o que fazer com aquela ali era perda total, já precisava ser trocada, pois a mesma ainda tinha as marcas de urso, mas agora definitivamente deveriam ser arrancadas dali. Antes de voltar para minha casa havia pegado uma de suas roupas para a mesma, claro apenas as roupas normais, não faria nada mais além daquilo, sei que poderia deixar a mulher em uma situação difícil, afinal ninguém quer um estranho tocando nas suas roupas íntimas, coloquei também produtos femininos como shampoo e condicionador, essas coisas que as mulheres usam, que tem um pote para cada coisa, havia achado o celular dela no banheiro durante a limpeza, então peguei o carregador e coloquei junto em uma bolsa, peguei alguns produtos de cabelo, sei que pr
– Pegaram o cara? – Sua voz por alguns segundos se tornou mais séria e sombria, como se sentisse desconforto ao falar do assunto.– Sim, na hora. – Respondi sem nenhum interesse nele, afinal o queria morto se fosse possível.– Cuida dela, Ethan, não a deixe ficar sozinha por nenhum segundo. – Era óbvio, mesmo que a mulher não tivesse falado, cuidando dela com minha própria vida.– Não se preocupe, não vou deixá-la sozinha. – Respondi enquanto olhava para a escada, tendo em mente sua imagem em minha cama tão indefesa.– Quando que vocês irão voltar? – Me lembrei do que a médica havia falado.– Talvez à tarde, o dia acabou de amanhecer e o médico ainda não veio olhá-la. – Explicou.– Tudo bem, me avisa, eu pego vocês. – Informei, voltando a fazer o que estava planejado.– Não precisa, vou chamar aquele senhor. – Avisou, mas sabia que ela só não queria incomodar.– Não se preocupe, eu vou aí de qualquer maneira. – Não queria deixar espaço para a mesma recusar. – Quero que você fique com
Ayanne levantou seu braço e tocou meu rosto levemente com a mão, seu toque era tão suave, em minha pele áspera, senti a necessidade de me afastar, não queria que meu rosto machucasse sua mão, mas, ao mesmo tempo, queria continuar ali com aquele toque, era como seda tocando um pedaço da casca da madeira, olhei com os olhos arregalados, para a mulher que sorriu graciosamente, meu coração estava tão acelerado que podia ser ouvido como batidas na porta no fundo dos meus ouvidos, soltei inconscientemente o ar pela boca quando a mesma acariciou levemente minha bochecha.– Você deveria dormir um pouco, não tem como mentir para mim. – Ayanne sorriu e por alguns instantes meu coração perdeu algumas batidas.– Não… Precisa se preocupar comigo, eu estou bem, preciso… fazer o café da manhã ainda. – Queria não ter demonstrado que estava nervoso, mas acredito que era quase impossível enquanto sentia o calor do seu toque.– Mas você já fez muito por mim, eu posso fazer isso por você. – A mulher tinh
– Pronta? – Sussurrei para a mesma que apenas concordou com a cabeça, e no final nós dirigimos para o carro. Dentro do mesmo não se ouvia nada além do barulho de sua respiração, ela olhava para os lados em alerta mesmo estando em um lugar fechado como aquele, é principalmente para o taxista, quanto, mas ela olhava, mais se aproximava do meu corpo, ela tinha consciência de que não eram todos os homens que eram maus, mas não podia evitar sentir medo, eu a entendo, de verdade, nos meus primeiros meses aqui, foi muito difícil me adaptar a conviver com muitas pessoas, principalmente em volta, quando estava sozinho com meu tio era uma coisa, mas quando haviam outras pessoas em volta, não podia evitar ficar amedrontado, pois sabia em minha mente que alguém ali poderia fazer o mesmo que aquele homem ou a minha mãe fez, principalmente por terem uma idade semelhante às deles. Quando chegamos e saímos do carro, seu aperto em meu braço me fez afastar do mesmo e a envolver em meus braços, a abrace