Ódio, ódio era exatamente a palavra que definia melhor o sentimento que estava sentindo naquela madrugada, queria muito, muito mesmo matar aquele homem, aquele desgraçado, como ele foi capaz de fazer aquilo com ela, se os policiais não tivessem chegado com certeza teria matado aquele cara, não iria parar até abrir um buraco em seu rosto, deveria, deveria ter feito, deveria tê-lo castrado.“Aquele bastardo, filho da mãe, desgraçado de merda! Só de pensar o que ele poderia ter feito com ela, meu corpo parecia que estava queimando, como se formigas-de-fogo estivessem sobre mim.”“Deus! Se não tivesse chegado a tempo! Mesmo que tenhamos saído da sua casa ainda não conseguia me acalmar, o tempo que esperei do lado de fora da porta do meu quarto foi o único momento que havia pregado os olhos.”Mas agora a vendo deitada no sofá encolhida, tão frágil, seu corpo tão pequeno e delicado, ainda não acredito que alguém teria a coragem de fazer isso com ela, me aproximei do sofá em que ela estava d
Ódio, ódio era exatamente a palavra que definia melhor o sentimento que estava sentindo naquela madrugada, queria muito, muito mesmo matar aquele homem, aquele desgraçado, como ele foi capaz de fazer aquilo com ela, se os policiais não tivessem chegado com certeza teria matado aquele cara, não iria parar até abrir um buraco em seu rosto, deveria, deveria ter feito, deveria tê-lo castrado.“Aquele bastardo, filho da mãe, desgraçado de merda! Só de pensar o que ele poderia ter feito com ela, meu corpo parecia que estava queimando, como se formigas-de-fogo estivessem sobre mim.”“Deus! Se não tivesse chegado a tempo! Mesmo que tenhamos saído da sua casa ainda não conseguia me acalmar, o tempo que esperei do lado de fora da porta do meu quarto foi o único momento que havia pregado os olhos.”Mas agora a vendo deitada no sofá encolhida, tão frágil, seu corpo tão pequeno e delicado, ainda não acredito que alguém teria a coragem de fazer isso com ela, me aproximei do sofá em que ela estava d
Depois que terminei de colocar tudo em seu devido lugar e limpar, tranquei a porta da casa da Ayanne da melhor forma possível, assim que tivesse a certeza de que as lojas já estavam abertas iria pedir para trazerem três portas e claro fechaduras novas, não havia muito o que fazer com aquela ali era perda total, já precisava ser trocada, pois a mesma ainda tinha as marcas de urso, mas agora definitivamente deveriam ser arrancadas dali. Antes de voltar para minha casa havia pegado uma de suas roupas para a mesma, claro apenas as roupas normais, não faria nada mais além daquilo, sei que poderia deixar a mulher em uma situação difícil, afinal ninguém quer um estranho tocando nas suas roupas íntimas, coloquei também produtos femininos como shampoo e condicionador, essas coisas que as mulheres usam, que tem um pote para cada coisa, havia achado o celular dela no banheiro durante a limpeza, então peguei o carregador e coloquei junto em uma bolsa, peguei alguns produtos de cabelo, sei que pr
– Pegaram o cara? – Sua voz por alguns segundos se tornou mais séria e sombria, como se sentisse desconforto ao falar do assunto.– Sim, na hora. – Respondi sem nenhum interesse nele, afinal o queria morto se fosse possível.– Cuida dela, Ethan, não a deixe ficar sozinha por nenhum segundo. – Era óbvio, mesmo que a mulher não tivesse falado, cuidando dela com minha própria vida.– Não se preocupe, não vou deixá-la sozinha. – Respondi enquanto olhava para a escada, tendo em mente sua imagem em minha cama tão indefesa.– Quando que vocês irão voltar? – Me lembrei do que a médica havia falado.– Talvez à tarde, o dia acabou de amanhecer e o médico ainda não veio olhá-la. – Explicou.– Tudo bem, me avisa, eu pego vocês. – Informei, voltando a fazer o que estava planejado.– Não precisa, vou chamar aquele senhor. – Avisou, mas sabia que ela só não queria incomodar.– Não se preocupe, eu vou aí de qualquer maneira. – Não queria deixar espaço para a mesma recusar. – Quero que você fique com
Ayanne levantou seu braço e tocou meu rosto levemente com a mão, seu toque era tão suave, em minha pele áspera, senti a necessidade de me afastar, não queria que meu rosto machucasse sua mão, mas, ao mesmo tempo, queria continuar ali com aquele toque, era como seda tocando um pedaço da casca da madeira, olhei com os olhos arregalados, para a mulher que sorriu graciosamente, meu coração estava tão acelerado que podia ser ouvido como batidas na porta no fundo dos meus ouvidos, soltei inconscientemente o ar pela boca quando a mesma acariciou levemente minha bochecha.– Você deveria dormir um pouco, não tem como mentir para mim. – Ayanne sorriu e por alguns instantes meu coração perdeu algumas batidas.– Não… Precisa se preocupar comigo, eu estou bem, preciso… fazer o café da manhã ainda. – Queria não ter demonstrado que estava nervoso, mas acredito que era quase impossível enquanto sentia o calor do seu toque.– Mas você já fez muito por mim, eu posso fazer isso por você. – A mulher tinh
– Pronta? – Sussurrei para a mesma que apenas concordou com a cabeça, e no final nós dirigimos para o carro. Dentro do mesmo não se ouvia nada além do barulho de sua respiração, ela olhava para os lados em alerta mesmo estando em um lugar fechado como aquele, é principalmente para o taxista, quanto, mas ela olhava, mais se aproximava do meu corpo, ela tinha consciência de que não eram todos os homens que eram maus, mas não podia evitar sentir medo, eu a entendo, de verdade, nos meus primeiros meses aqui, foi muito difícil me adaptar a conviver com muitas pessoas, principalmente em volta, quando estava sozinho com meu tio era uma coisa, mas quando haviam outras pessoas em volta, não podia evitar ficar amedrontado, pois sabia em minha mente que alguém ali poderia fazer o mesmo que aquele homem ou a minha mãe fez, principalmente por terem uma idade semelhante às deles. Quando chegamos e saímos do carro, seu aperto em meu braço me fez afastar do mesmo e a envolver em meus braços, a abrace
– Primeiro… a parte de trás das suas coxas. – A médica sussurrou e meu coração se despedaçou, continuou caindo em pedaços, a cada clique meu corpo tremia e um gemido saia da minha boca, a cada disparo daquela câmera me sentia sufocada.“Por favor… para! Por favor! Pensa em algo diferente, Ayanne! Por favor, pense em algo diferente, vai ficar tudo bem. Tentei focar meus pensamentos em outra coisa, mas nada me vinha à memória, mesmo que me esforçasse nada de bom, apenas as cenas repetidas da minha infância, apenas cada sensação de dor que senti em cada corte e queimadura.”– Essas cicatrizes, tem muito tempo certo? – A policial perguntou, concordei com um gemido enquanto balançava a cabeça soluçando enquanto minhas lágrimas molharam meu rosto.– O quanto? – A mesma voltou a perguntar.“Por quê? Porque você continua, tá na cara que não tem nada a ver com aquele homem, por favor para de olhar, por favor. Supliquei não conseguindo formar sequer uma palavra.”– Tudo bem já acabou. – A mulhe
Foi difícil, sair dos braços de Ethan foi extremamente difícil, mesmo que fosse apenas para trocar a roupa que estava, mas sabia que ele não poderia fazer aquilo, e eu não queria ficar sozinha, como uma criança amedrontada, mas sabia que conseguiria fazer aquilo sem que ele me visse realmente trocando de roupa, de qualquer jeito, não queria ficar sozinha, sabia que se ficasse, os monstros voltariam, quando aquele beijo acabou, não sabia exatamente o que falar, mas não eram uma minhas preocupações naquele momento, e agradeci por Ethan não perguntar nada, e apenas me pedir para levantar e trocar de roupa.– Você não vai sair mesmo né? – Perguntei baixo enquanto o homem dava as costas para mim.– Juro que não vou sair, estarei aqui de costas e com os olhos fechados apenas. – E foi o que ele fez, o vi levantar as mãos na altura dos olhos e permanecer com eles ali, primeiro peguei minha calça e coloquei por baixo do vestido estranho que elas me deram, e depois tirei as mangas da roupa e de