Estava pronta para aceitar minha morte, ou pelo menos ficar em coma, ou toda quebrada, mas nada, absolutamente nada disso aconteceu, estava de olhos fechados quando senti meu corpo bater em algo, e um cheiro familiar e o som de uma respiração alta tomou conta dos meus sentidos, quando abri os olhos a primeira coisa que vi foi a escuridão em minha volta, depois a silhueta branca de Draven na janela que havia acabado de pular, e por fim o rosto de Ethan, seus olhos eram de puro terror e alívio, ele me segurava forte, parecia com medo de que fosse me perder a qualquer momento, e para ser sincera, acreditei que não o veria mas.– Ethan?! – Minha voz saiu como um grunhido engasgado, ainda não acreditava que estava com ele.– Graças a Deus pude chegar a tempo. – A tensão em sua voz era tão preocupante de se ouvir, como se ele estivesse totalmente sem fôlego, como se afogar. Sem muito o que pensar, abracei forte seu pescoço, sentindo nossos corações acelerados em um só ritmo.– Fo-oi o Drave
Quanto mas o tempo passava, mas me sentia ansiosa, Akira estava deitado com a cabeça em minhas pernas enquanto o acariciava em sua cabeça, estava sentada no chão mesmo, olhando para onde o farol dos carros podiam iluminar, era onde o carro de Draven estava estacionado, nenhum sinal deles e as pessoas que estavam aqui foi me dito que eram paramédicos para um possível ferimento grave, o que me deixou aterrorizada, se eles estavam ali era sinal de que Ethan podia se machucar muito, não entendia muita coisa sobre hospitais, pessoas da saúde e nem de policial, só que Ethan falava em casa, mas ele esqueceu de dizer sobre essa parte de pessoas que andam em carros para socorrer feridos. – Senhora, por favor precisa tratar seus ferimentos. – Uma mulher com uma roupa parecida com a de polícia só que com símbolos vermelhos falava pela quinta vez o mesmo, balancei a cabeça novamente pela quinta vez recusando, não estava machucada, não sentia nada, eles precisavam guardar as coisas para Ethan se
Lembro me como se fosse ontem, quando voltamos para casa naquela noite assustadora, tive uma surpresa que doeu o coração em saber que perdi, a casa de Ethan estava impecavelmente limpa e a mesa estava posta como um jantar romântico, mas ao saber que o macarrão que ele havia feito ficou ruim por não ser tirado da água ele se sentiu decepcionado, e meu coração se partiu ao vê-lo naquele estado, lembro de segurar seu rosto e olhar profundamente em seus olhos, se aquele jantar era importante para Ethan então faríamos acontecer.– Vamos jantar, o que você fez e eu vou agradecê-lo de todo o coração por isso, o que importa é que estamos juntos Ethan Black. – Beijei seus lábios no processo e quando me afastei voltei a olhar em seus olhos procurando algum sinal de conforto.– Mas esse jantar era para mim lhe entregar algo importante. – Suas sobrancelhas ainda estavam caídas e seu olhar para o chão.– Então me dá agora, não posso esperar e nem quero esperar, mas para essa surpresa. – Soltei seu
Antigamente para mim a vida era apenas a vida, confuso né, vou explicar melhor, para mim a vida era apenas existir, não ter realmente um significado, algo para se acreditar, pessoas para cuidar e sorrir juntas, para chorar ou apenas amar, para mim a vida era apenas uma vida, não tinha forma e era sem cor, usava tinta para dar cor a um belo quadro, mas nada pintava minha própria vida. Agora é diferente, a minha vida tem um significado, e descobri que além de amar Ethan podia amar uma profissão, que era ser professora, mas para ser específica professora de desenho, é minha primeira aluna era finalmente Megan, que sempre estava feliz em minhas aulas, ela começaria a estudar no próximo ano e estava tão animada.Flora também, agora tinha, mas tempo para si e podia se cuidar muito mais, tinha um tempo para si, e sabe naquele dia Draven não mentiu, era verdade que Liliana queria comprar meu quadro, dias, mas tarde ela me ligou, disse que demorou um pouco para achar meu número, mas conseguiu
Flora havia dito que Ethan iria se apaixonar por mim novamente, mas naquele momento quem se apaixonou pela segunda vez havia disso eu, meu coração estava tão aquecido com suas palavras que nem vi a hora em que o padre estava falando, só pude ouvi-lo quando o mesmo disse. – Por favor, as alianças. – Não sabia quem havia entregar as mesmas, mas quando olhei para o começo do quintal e vi Akira entrar com uma gravatinha borboleta e com uma cestinha na boca meu coração derreteu, ele vinha em nossa direção com tanta calma e elegância que nem parecia a bola de pelos, agitada. – Você ensinou isso a ele? – Olhei incrédula para o homem ao meu lado que sorriu balançando a cabeça. – Esse era o nosso segredo. – Quando o filhote chegou, Ethan fez um sinal com o dedo que o fez sentar automaticamente sem largar a mini cestinha. – Bom garoto! – Ethan acariciou sua cabeça e me abaixei para fazer o mesmo enquanto ele pegava a cesta. – Bom menino! Akira! Assim que tínhamos as alianças na mão, voltamo
Meus passos, ecoavam por todo o andar naquele enorme edifício, o suor escorria pelo meu rosto e se depositava em minha blusa a deixando encharcada, correr naquele lugar mal iluminado era desesperador, precisava sair dali quanto antes.— Meu amor, por favor volte! — Os gritos daquele lunático me chamando ecoaram em meus ouvidos me fazendo estremecer de pavor. Apertei o passo continuando a procurar alguma saída, naquele labirinto sem fim, atraída para uma armadilha, como uma mariposa guiada para a luz.— Amor, vamos conversar! Eu te amo, não vamos brigar, eu prometo! — Continuou gritando, só que dessa vez parecia mais perto.O desespero corria pelo meu corpo, qualquer barulho me deixava alarmada e assustada."Eu preciso sair daqui, mas por onde! Pensava desesperada.”"Meu amor, por favor me ajude! Supliquei na esperança que meus pensamentos chegassem até ele. “— Achei você! — Ele gritou me fazendo olhar em volta assustada não estava o vendo em lugar algum, porém em uma medida desesper
A vida parece querer te mostrar, que você não é nada. E que ela tem poder para te forçar a escolhas que não seriam necessárias se algumas pessoas não entrassem no seu caminho, lhe força a mudar de direção, quando fazemos escolhas tanto erradas quanto certas. Olhando para essas árvores altas, flores de diversas cores eu pude perceber o quão pequena sou, cada detalhe que aparece ao nosso redor tem o mínimo da perfeição, tudo é belo, esplendidamente majestoso. Tirando minha vida que não passa de puras decepções, mágoas e mentiras, mudanças constantes tudo é perfeito. Talvez hoje minha vida mude para melhor, talvez finalmente eu consiga melhorar tudo ao meu redor. Olhei novamente para a vista do lado de fora do ônibus, me sentindo tranquila, eu não gostava da minha vida, mas eu me sentia grata por finalmente estar saindo do lugar que tanto me decepcionei. Respirei fundo e olhei para o papel em minha mão onde estava escrito o endereço da casa onde vou morar, uma casa pequena, porém aconch
Peguei a primeira caixa que vi e caminhei até a porta abrindo com um pouco de dificuldade, coloquei a caixa no chão para ver em qual cômodo a colocaria, era apenas algumas louças então seria na cozinha. Algumas horas depois o caminhão já havia partido então eu me encontrava arrumando ao menos o essencial para passar aquele dia já que teria que fazer aquilo tudo sozinha não adiantava me apressar, ainda havia muitas caixas em meu quarto e a cozinha já estava até arrumadinha e isso eu gastando apenas a tarde toda, pura ironia ainda tinham tantas coisas para arrumar em todos os cômodos que se eu parasse para pensar me sentiria desanimada.O cansaço dominava meu corpo, ainda, sim, pude ouvir a campainha tocando me fazendo dar um suspiro em desgosto, com certeza não era o momento certo para uma visita, arrumei o cabelo e seguir até a porta abrindo e dando de cara com uma mulher baixinha com uma cabeleira cacheada ruiva muito fofa com traços delicados me lançando um sorriso, enquanto segurav