Havia levado alguns segundos para entender que não estava mais sendo pressionada na cama por aquele monstro e que Ethan havia chegado, quando ouvi sua voz estava assustadoramente raivosa.– COF! COF!... COF! COF… – Lutei tentando recuperar todo o ar que havia perdido, meus olhos haviam ficado embaçados e a sensação da sua mão em meu pescoço e seu peso em cima de mim, me deixa completamente sem fôlego algum.– COF! COF!... – Tossi, desorientada, tentando recuperar o fôlego e, ao mesmo tempo, minha visão, me virei procurando por Ethan e o conseguindo encontrar quando ouvi sua voz.– Vai ser você quem vai morrer hoje! – Nunca havia visto Ethan falar daquele jeito e quando ele tirou o homem de cima de mim, eu não tinha reação, só o que podia fazer era chorar enquanto via meu salvador ao pé da minha cama com os punhos cerrados e um olhar mortal para aquele monstro, não senti nenhum medo dele. Naquele momento havia entendido que Ethan mesmo não me conhecendo estava ali por mim, o homem par
– Eu estou aqui! Tá tudo bem agora!... Nada de ruim aconteceu com você, estou tão aliviado que cheguei a tempo! Meu Deus… Como estou aliviado! – Ethan acariciou meu rosto, e naquele momento comecei a enxergá-lo de outra forma, ele não era, mas o Ethan meu vizinho, ele era algo a mais, algo que nunca havia sentido por ninguém, e chorei novamente, mas eram lágrimas de alívio, por ele estar ali. Reuni toda força que me restou e passei meus braços pelo seu pescoço o abraçando com toda força que tinha, o senti apertar minha cintura e afundar o rosto em meu pescoço, enquanto eu mesma me afogava em desespero e alívio, o sentia molhar meu pescoço, de repente ouvi um barulho baixo vindo do banheiro, e em seguida barulhos de patas arranhando o piso de madeira, em seguida um chorinho baixo, Ethan levantou a cabeça e olhou para trás, enquanto eu abria os olhos, era Akira, assim que ele nos viu correu em nossa direção.Ah, como estava aliviada por vê-lo bem, assim que ele se aproximou soltei o pe
– Ai meu Deus! Você tá bem menina?! O que aconteceu?! – Flora, sussurrou desesperada, e sabia que a mulher estava se contendo devido à filha, mas só dela perguntar por mim já me deixava feliz, eu ficava feliz só de saber que alguém estava preocupado comigo, mas naquele momento aquela ligação me deixou, mas emotiva do que já estava, comecei a respirar forte, meu peito subia e descia rápido, minha garganta estava se fechando e meus olhos começaram a lacrimejar, juro com todas as minhas forças que tentei segurar, mas voltei a desabar enquanto segurava o celular em meu ouvido.– Eu tô bem! Oh!… Meu Deus! Me desculpe! Eu tô bem! – Tentei responder o mais claramente possível, mas meus soluços voltaram mais fortes, enquanto meus olhos voltaram a banhar meu rosto, Ethan me olhou preocupado e se levantou imediatamente me abraçando forte, agarrei sua blusa com a mão que estava livre.– Oh meu amor! Calma querida! Tá tudo bem! Meu Deus o que eu faço!? – A mulher do outro lado entrou em desespero
– Tá melhor? – Concordei com a cabeça enquanto sentia suas mãos em cada lado do meu braço e o mesmo me olhando fixamente.– Ótimo, vou pegar suas chaves e trancar a porta. – O mesmo falou enquanto esticava a mão para pegar o objeto pendurado na parede, assim que ele olhou para a mesma fez uma cara feia, e então foi que entendi, não tinha como trancar, estava quebrado, definitivamente estava.– Deixa assim mesmo. – Falei triste, afinal eu havia pago por aquela casa, com um dinheiro que saiu do meu suor e esforço.– Vamos, irei voltar aqui e trancar, mas antes vamos te tirar desse vento. – O mesmo apenas fechou a porta e me levou para fora.Senti o vento frio passar por minhas pernas e isso me fez abraçar Akira e puxar um lado do casaco para nos tapar, a chuva havia apenas diminuído, já era bom o suficiente afinal só precisávamos atravessar a rua, assim que ele terminou de encostar a porta, passou o braço pelos meus ombros puxando o casaco para nos tapar, mas ainda é o fechou com os pró
Não sei quanto tempo levei para sair do banheiro, na verdade, não queria nem mesmo ter saído de lá, mas lembrei que Ethan poderia estar me esperando, poderia estar preocupado, e não podia dificultar a vida dele, mas do que já estava fazendo, terminei de colocar a roupa que ele me emprestou e assim que peguei a minha no chão do banheiro, abri a porta e sai, talvez não tivesse realmente notado, mas aquele parecia ser o quarto do mesmo, não era um simples quarto de hóspedes, percebi que não podia demorar, mas sendo esse o caso, andei até a saída do cômodo e abri a porta, assim que o fiz me surpreendi, Ethan estava sentado no chão encostado na parede enquanto segurava Akira em seus braços que dormia bem tranquilo, e seu dono parecia ter seguido o exemplo, já que não abriu os olhos quando abri a porta, me abaixei ao seu lado sem saber se deveria ou não acordá-lo.Olhá-lo com aquela expressão tão serena no rosto enquanto dormia, era algo surreal, suas sobrancelhas, olhos, nariz, boca e quei
“– Acho que você já notou. – A mulher disse, mas não havia entendido exatamente.” “– O que eu notei? – Indaguei completamente confusa.”“– Ethan, você já notou o tipo de pessoa que ele é. – Sim, apenas isso eu tinha certeza naquela história toda, meu vizinho não era alguém que se irritava fácil.”“Posso não saber sobre a história dele ou como ele adquiriu aquelas cicatrizes e nem quem as fez, mas tinha certeza, aquele homem havia sofrido em algum momento da vida, e a partir desse momento o homem entendeu que as outras coisas externas só são passageiras em sua vida.”“– Acho que sei mais ou menos. – Respondi ainda pensativa.”“Para quem o conhecia há mais tempo era fácil saber o tipo de pessoa que a outra é, mas sinceramente vivi em famílias com ótimas aparências, mas que no final me deixaram uma marca.”“– Fica tranquila, com o tempo você vai entendê-lo completamente como se já o conhecesse há anos. – Flora tentou me acalmar.”“– Tudo bem. – Respondi desviando meu olhar para a casa
Ódio, ódio era exatamente a palavra que definia melhor o sentimento que estava sentindo naquela madrugada, queria muito, muito mesmo matar aquele homem, aquele desgraçado, como ele foi capaz de fazer aquilo com ela, se os policiais não tivessem chegado com certeza teria matado aquele cara, não iria parar até abrir um buraco em seu rosto, deveria, deveria ter feito, deveria tê-lo castrado.“Aquele bastardo, filho da mãe, desgraçado de merda! Só de pensar o que ele poderia ter feito com ela, meu corpo parecia que estava queimando, como se formigas-de-fogo estivessem sobre mim.”“Deus! Se não tivesse chegado a tempo! Mesmo que tenhamos saído da sua casa ainda não conseguia me acalmar, o tempo que esperei do lado de fora da porta do meu quarto foi o único momento que havia pregado os olhos.”Mas agora a vendo deitada no sofá encolhida, tão frágil, seu corpo tão pequeno e delicado, ainda não acredito que alguém teria a coragem de fazer isso com ela, me aproximei do sofá em que ela estava d
Ódio, ódio era exatamente a palavra que definia melhor o sentimento que estava sentindo naquela madrugada, queria muito, muito mesmo matar aquele homem, aquele desgraçado, como ele foi capaz de fazer aquilo com ela, se os policiais não tivessem chegado com certeza teria matado aquele cara, não iria parar até abrir um buraco em seu rosto, deveria, deveria ter feito, deveria tê-lo castrado.“Aquele bastardo, filho da mãe, desgraçado de merda! Só de pensar o que ele poderia ter feito com ela, meu corpo parecia que estava queimando, como se formigas-de-fogo estivessem sobre mim.”“Deus! Se não tivesse chegado a tempo! Mesmo que tenhamos saído da sua casa ainda não conseguia me acalmar, o tempo que esperei do lado de fora da porta do meu quarto foi o único momento que havia pregado os olhos.”Mas agora a vendo deitada no sofá encolhida, tão frágil, seu corpo tão pequeno e delicado, ainda não acredito que alguém teria a coragem de fazer isso com ela, me aproximei do sofá em que ela estava d