Me despedi dos dois e caminhei de volta para casa, o céu já escurecia e as ruas perdia sua movimentação, o tempo estava fresco e a caminhada, até em casa seria tranquila, enquanto andava, pude ouvir passos atrás de mim, dei uma olhada rápida mais não vi absolutamente nada, pensei que-era coisa da minha cabeça então voltei andar.“Parece que você tá ficando doida, o dia hoje foi agitado. Balancei a cabeça e respirei fundo continuando a andar.”De repente voltei a ouvir novamente os sons de passos olhei novamente para trás mais não tinha nada, estava na metade do caminho então havia mais casas do que outras coisas relacionado ao comércio, voltei a andar, mas rápido do que o normal, parei de ouvir logo fiquei mais tranquila, talvez fosse algum animal, ou um criança quem sabe. Quando cheguei em casa o céu já estava completamente escuro, olhei rápido para a casa da Flora já fazia alguns dias que não a via desde o jantar, “Talvez devesse dar uma olhada nela. Como estava em frente sua casa
O tempo que demorei para chegar até a altura da chave no gancho foi a coisa mais difícil e traumatizante peguei a chaves com as mãos trêmulas enquanto intercalava o olhar entre o animal e tentar acertar a pequena ponta da chave no maldito buraco da fechadura, enquanto tentava o bicho que estava em pé se abaixou e o ouvi arrastar alguma coisa de ferro que havia caído, aquele foi o meu momento olhei para a fechadura e acertei a chave a girando uma vez e abrindo a porta ao mesmo tempo que ouvi o animal correr atrás de mim.– Argh! – Grunhi quando bati a porta e ouvi o animal batendo na mesma com um barulho oco, talvez deveria ter deixado o animal sair mais como? Se agora era eu que estava do lado de fora.– Crrr! Ruuu! – Larguei a porta quando ouvi o animal a arranhando, olhei para os lados sem saber o que fazer.– Ethan! – Sai correndo da varanda descalça até o outro lado da rua, tropeçando em seu degrau.– ETHAN! ETHAN! – Bati desesperada quando consegui me levantar, de repente outro b
Demos os primeiros passos para trás, o urso na nossa frente ainda nos olhava, rodeando e fazendo seus barulhos, quando passamos da porta aberta abaixei a mão livre peguei na maçaneta devagarinho, e enquanto caminhávamos para trás ia trazendo a porta junto, quando já estávamos bem distantes e mais próximos de estar dentro de casa Ethan soltou da minha mão e pegou na maçaneta junto a fechando enquanto ele mesmo me colocava atrás do seu corpo, confesso que nunca havia visto um urso negro na minha frente em toda a minha vida e aqueles segundos ou minutos foram os mais assustadores possíveis, enquanto Ethan segurava a porta fui olhar na janela ao lado, vendo o animal cheirar o ar e se afastar, suspirei aliviada quando vi o bicho sair do meu quintal e sumir pelo lado direito da rua.– Ele já foi! – Assim que Ethan ouviu soltou a porta, seu rosto parecia igualmente aliviado.– Você se machucou? – Veio ao meu encontro com um olhar preocupado, me fazendo examinar meu corpo rapidamente.– Não,
Terminei de tomar banho me secar e vestir, dei uma boa olhada no meu cabelo que se encontrava em um caos, o penteei com todo o ódio pelo dia e noite de ontem e o coloquei em um coque frouxo com alguns fios caídos em meu rosto, passei uma maquiagem leve que escondesse o quanto estava cansada e pálida e sai do banheiro, fui até a cozinha e preparei um café, sem me importar muito com a bagunça que ainda estava, peguei alguns biscoitos no armário e assim que o café ficou pronto me sentei na bancada para comer. Tenho que admitir a vida de adulto algumas vezes eram insuportáveis, você tinha que fazer coisas que não gostava e às vezes se metia em outras que nem pensava em se meter e no fim das contas a única coisa que saia direito ere acordar de manhã tomar cafe e ir trabalhar, era um saco mais fazer o que, minha vida no orfanato era pior então não dava para reclamar muito, pois toda vez que estava desanimada ou cansada lembrava das crianças que ainda precisariam frequentar aquele lugar.Qu
Meu coração batia tão rápido que temia que Draven pudesse ouvir, sentia sua respiração em meu rosto, e só naquele momento que pude ver claramente nossa diferença de tamanho, o homem não era musculoso, mas era alto e tinha um ótimo físico, seu perfume invadia minhas narinas, quanto mais ele se aproximava mais sentia as borboletas em meu estômago e um nó em minha cabeça.– Por que não vamos a um encontro? – Seu sorriso pareceu travesso e parecia que ele gostava de brincar comigo.– U-um encontro? – Perguntei confusa.– Por que o que estava passando nessa sua cabeça!? – Seu tom de voz ficou malicioso, o que me fez morrer de vergonha naquela hora.– Ha! Ha! Ha! Okay, okay, encontrou certo! – Sorri nervosamente sem saber ao certo o que responder.“O que você estava pensando Ayanne?! Draven com certeza deve te achar maluca agora! Minha mente me martirizou e eu literalmente me mordi por dentro nervosa com a hipótese.“– Sim, vamos a um encontro. – Reforçou o pedido, mas antes que eu pudesse
Você se entregar de corpo e alma para uma única pessoa deve ser a coisa mais maravilhosa do mundo, e é isso o que o branco representa, mais o preto, o tom mais escuro, a cor que impede de ver o mais além, a cor da tristeza, da morte, a cor que te deixa triste, mesmo que a cor não tenha existido para isso ainda é assim que ela vai ser transmitida por que o ser humano a criou assim a marcou assim, não foi de propósito afinal que não gosta de olhar para aquele céu escuro pintado de pequenos pontos brilhantes. Sabe é assim que funciona as coisas, me conte quantas pessoas preferem viver no preto? Não poder enxergar além daquela cor, não pude sorrir porque nada, mas parece feliz, ninguém é triste por que quer, mais esse é o preto, a cor que cobre todas as cores, que esconde tudo o que estiver pela frente, para alguns pode ser solitário, mas para outros também é uma cor de conforto, afinal nem tudo o que reluz é ouro então, nem tudo que parece feliz e alegre e de verdade.Quando terminei a
Após o almoço que no caso foi lanche, voltamos para o ateliê, na lanchonete apenas jogamos conversa fora, nada de muito importante realmente aconteceu, não que fosse um momento banal ou algo do tipo, temos que aceitar que a vida nem sempre vai nos trazer momentos inesquecíveis como uma simples ida em um restaurante e você acaba conhecendo sua alma gêmea, ou andando na rua e você encontra um parente que nunca tenha conhecido, a vida sim nos traz muitas surpresas é obvio, mas temo que aceitar que mesmo as coisas, mas monótonas como um simples conversa em uma lanchonete é algo para se sentir feliz e grato. Afinal de estar vivo já é algo para se comemorar, talvez pareça que sou uma boba ao pensar assim, mas quando você é alguém que já experimentou o lado obscuro da vida e conseguiu sair dessa você já tem motivos para agradecer, quando voltamos ao estúdio a tinta a havia secado na maior parte que precisava, escolhi os vários tons de marrom para começar com o contorno do corpo, talvez não
– Você pode pensar assim, mas creio que os outros não vão gostar de saber disso. – Continuei sustentando meu argumento.– Tudo bem, então vou te propor algo, aí cabe você decidir se vai ou não aceitar. – Começou.– E isso seria? – Perguntei quando o vi fazer uma pausa para falar.– Por que não fazer um teste sem muito compromisso? Se der certo você pode considerar minha proposta inicial, afinal nunca a certeza se não houver tentativa. – Naquele momento meu estômago abriu espaço para um salão de borboletas dançantes.Draven estava realmente convencido que era sim uma boa ideia começar com aquilo, e eu não sabia como de fato me sentir em relação a isso, não sabia se ficaria grata pela primeira vez alguém gostar de mim, afinal isso nunca aconteceu antes, nunca namorei, nunca fui a encontros, não realmente segurei na mão de um homem que não fosse para ser jogada em algum canto do quarto escuro, nunca tive uma boa relação com as pessoas mesmo que tivesse ainda desconfiava profundamente.E